Um ranking divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira (21), aponta que a chapa majoritária em Pernambuco mais à esquerda é a formada pela Frente Popular, que tem Danilo Cabral candidato a governador. Isso porque o socialista aglutina em seu palanque a grande maioria de partidos identificados com as causas progressistas, como o PT, PV, PCdoB e PDT, além do próprio PSB, o seu partido há mais de 30 anos. Dos partidos que compõem a coligação de Danilo, seis estão no campo progressista. Além de Danilo (PSB), a chapa da Frente Popular é formada por Luciana Santos (PCdoB), candidata a vice-governadora, e Teresa Leitão (PT), candidata ao Senado.
Não à toa, Danilo foi escolhido pelo ex-presidente Lula para representar seu projeto no estado. "Está chegando a hora de o Brasil voltar a crescer para todos e todas. Vamos tirar novamente o nosso país do Mapa da Fome, ampliar os programas sociais, retomar as grandes obras e gerar mais empregos. E pra isso, vou precisar de pessoas competentes e da minha total confiança. Em Pernambuco, meu governador é Danilo e a minha senadora é Teresa", afirma o ex-presidente Lula, em vídeo gravado recentemente.
Segundo o jornal, a coligação de Marília Arraes é formada 100% por partidos do centro e que integram o chamado “Centrão” no Congresso Nacional - bloco partidário liderado pelo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, e alinhado aos interesses do presidente Jair Bolsonaro. Pelo painel, os cinco partidos que estão no palanque da candidata a governadora - Solidariedade, PSD, Avante, Agir e PMN - se encontram nesse espectro político. O ranking cita, inclusive, o PSD, do candidato a senador de Marília, André de Paulo, como a legenda mais de centro do Brasil.
O palanque da candidata Raquel Lyra tem, de acordo com o ranking da Folha de S.Paulo, inclinações de centro-direita. A aliança formada pela ex-prefeita de Caruaru tem o PSDB e Cidadania incrustada no centro e o PRTB, na direita. Já Miguel Coelho e Anderson Ferreira (PL) disputam o voto da direita, mais ligados ao bolsonarismo.
O ranking da Folha de S.Paulo combina sete fatores em sua avaliação, observando como os partidos se comportam em relação aos seguintes indicadores: votação dos deputados das siglas na Câmara Federal; formação de coligações; autodeclaração dos congressistas; frente parlamentares, opinião de especialistas; migração partidária; e o posicionamento no GPS Ideológico da Folha - que se baseia nos seguidores do Twitter.
Os resultados dos indicadores são transformados em uma reta de 0 a 100, onde 0 representa posição mais à esquerda, enquanto 100, mais à direita. O ranking completo pode ser conferido em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/09/o-que-faz-um-partido-ser-de-direita-ou-esquerda-folha-cria-metrica-que-posiciona-legendas.shtml
Foto: Marcus Mendes
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