Oficialmente, o regime de Vladimir Putin diz que seu objetivo é "desmilitarizar" e "desnazificar" o país.
A Rússia negou nesta quarta-feira, 9, que seu objetivo com a invasão à Ucrânia seja derrubar o governo do presidente Volodymyr Zelenski, que alega ser o principal alvo da ofensiva de Moscou.
Em um briefing com jornalistas, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, afirmou que houve "algum progresso" nas negociações em Belarus, garantindo que as Forças Armadas não receberam a tarefa de "derrubar o atual governo".
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, durante entrevista coletiva em Moscou
Foto: Shamil Zhumatov
Oficialmente, o regime de Vladimir Putin diz que seu objetivo é "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia e obter o reconhecimento da anexação da Crimeia e da soberania de Donetsk e Lugansk.
No entanto, potências ocidentais acusam a Rússia de querer instalar um governo fantoche pró-Kremlin em Kiev, assim como já acontece em Belarus, para evitar a aproximação de mais uma ex-república soviética com a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Além disso, o próprio Zelenski disse ser o "alvo número 1" da ofensiva russa na Ucrânia.
Os dois países fecharam um acordo para manter seis corredores humanitários abertos nesta quarta-feira, envolvendo cidades como Enerhodar, Sumy, Mariupol, Volnovakha, Izium e os arredores da capital Kiev.
"Faço um apelo para que a Federação Russa assuma um compromisso público formal [de respeitar os corredores]", disse a vice-premiê da Ucrânia, Iryna Vereshchuk. "Habitantes de Volnovakha falaram comigo e me pediram que a promessa da Federação Russa seja respeitada. As pessoas precisam sair dos lugares onde estão se escondendo da chuva de mísseis que as está matando", acrescentou.
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Apenas em Sumy, cerca de 5 mil civis foram evacuados na última terça-feira, 8, e levados para Poltava, que ainda não é alvo da invasão russa. Até o momento, a guerra na Ucrânia já gerou cerca de 2,2 milhões de refugiados, segundo a ONU, e centenas de milhares de deslocados internos.
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