Foto: Reprodução/Pixabay
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a variante Delta, que é muito contagiosa e já é responsável por mais de 75% dos novos casos de Covid-19 em muitos países, vai se tornar a cepa predominante nos próximos meses.
Detectada pela primeira vez na Índia, esta variante está agora presente em 124 países e territórios. São 13 a mais do que na semana passada, em comparação com 180 (seis a mais) para a Alfa, que surgiu no Reino Unido; 130 (sete a mais) para a Beta, identificada pela primeira vez na África do Sul; e 78 (três a mais) para a Gamma, que apareceu no Brasil, ressaltou a OMS.
"A expectativa é que (a variante Delta) suplante rapidamente as outras variantes e se torne a cepa dominante (da Covid-19) em circulação nos próximos meses", afirmou esta agência da ONU, com sede em Genebra.
Entre os países onde a variante Delta já é a causa de mais de 75% dos novos casos da doença, estão Índia, China, Rússia, Indonésia, Austrália, Bangladesh, Reino Unido, África do Sul, Portugal e Israel.
"Ainda não está claro, porém, qual o mecanismo exato que causa a maior transmissibilidade" dessa variante em comparação com as outras, reconheceu a OMS.
Cerca de 3,4 milhões de casos adicionais de Covid-19 foram identificados na semana de 12 a 18 de julho, o que supõe um aumento de 12% em relação à semana anterior, ressaltou o organismo.
"Nesse ritmo, o número acumulado de casos notificados (desde o início da pandemia) em todo mundo deve ultrapassar 200 milhões nas próximas três semanas", alertou a OMS.
Quatro fatores explicam essa tendência, segundo a organização: variantes mais transmissíveis, relaxamento das medidas de saúde pública, maior interação social e o fato de que muitas pessoas ainda não foram vacinadas.
Na semana passada, o número de novos casos aumentou 30% na região do Pacífico Ocidental, e 21%, na região da Europa, conforme definição da OMS.
A Indonésia registrou o maior número: 350.273 casos, o que representa um aumento de 44%, seguida do Reino Unido (296.447, +41%) e do Brasil (287.610, em queda de 14%).
Já o número semanal de vítimas fatais, de 57.000, permaneceu estável, em comparação com a semana anterior.
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