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Dólar bate R$ 5,73 com a saída de Moro do Governo Bolsonaro

24.4.20

/ por casinhas agreste
Correio Braziliense
Foto: Marcelo Casall Jr./Agência Brasil
O dólar bateu R$ 5,73 depois que o ex-juiz Sergio Moro deixou o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública. O novo recorde levou o Banco Central (BC) a intervir novamente no mercado. Ainda assim, o dólar opera na casa dos R$ 5,67, com alta de 2,5% às 12h desta sexta-feira (24). Às 12h22 a Bovespa abriu em queda com recuo de 9,58%, aos 72 mil pontos. Depois, as 13h09 já caía com menos intensidade, em cerca de 6%.


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O dólar começou o dia cotado a R$ 5,52, depois de dois dias consecutivos de alta. Mas continuou batendo recordes desde o início do pregão porque o mercado financeiro entende que a saída de Moro deixa o governo de Jair Bolsonaro ainda mais enfraquecido, já que o ex-juiz era considerado um dos pilares do Executivo. 

A disparada de mais de R$ 0,15 em pouco menos de três horas, já fez o Banco Central intervir diversas vezes no mercado hoje. Primeiro, a autoridade monetária ofertou 10 mil contratos de swaps cambiais. Depois, fez mais um leilão extraordinária de swaps. E, por fim, vendeu US$ 545 milhões em moeda à vista no mercado.

Ainda assim, o dólar não voltou mais para a casa dos R$ 5,65. E a Bolsa segue acumulando perdas. O Ibovespa opera com queda de 6%.

"A saída do ministro Sérgio Moro da pasta da Justiça é mais uma notícia negativa em meio a outros graves problemas gerados a partir do agravamento do impacto da crise do coronavírus. Instabilidade gera volatilidade", comentou o estrategista-chefe da Clear Corretora, Roberto Indech. Ele lembrou que "o mercado sempre antecipa movimentos e sinalizações, sejam elas financeiras ou políticas", mas pediu cautela aos investidores nesse momento de incertezas sobre o rumo do Ministério da Justiça e Segurança Pública. "A recomendação para os investidores é de cautela até que o presidente Bolsonaro nomeie um novo ministro para a pasta da Justiça, quando teremos uma sinalização mais clara da diretriz que o governo irá seguir", disse. 

Histórico

Este é o terceiro dia consecutivo de recordes na cotação do dólar. Na quarta-feira (22/4), a moeda saiu de R$ 5,32 para R$ 5,41 por conta da percepção do mercado de que o Banco Central (BC) vai cortar a taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), reduzindo a rentabilidade das aplicações da renda fixa. Na quinta (23/4), subiu de R$ 5,41 para R$ 5,52, influenciado pelos juros e também pela incerteza política que ronda o governo federal desde a notícia de que o ministro Moro pediu demissão. E, nesta sexta, começou o dia batendo os R$ 5,65, já que esses ruídos se intensificaram com a exoneração de Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal. E, logo depois, tocou nos R$ 5,71 quando Moro confirmou o pedido de demissão do governo.

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