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Pernambuco tem 74 cidades com risco de surto de dengue, zika e chikungunya

1.5.19

/ por casinhas agreste
Outros 84 municípios estão em alerta para as doenças. Dados são do 2º Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) do governo estadual.
Por G1 PE
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, tem pintinhas brancas por todo o corpo. — Foto: Reprodução/EPTV

Dos 184 municípios pernambucanos, 74 estão em risco de apresentar surto de dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Os dados são do 2º Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) e constam no boletim de arboviroses, divulgado pela Secretaria de Saúde do estado esta terça-feira (30).

No último levantamento do estado, divulgado o começo do ano, eram 59 em risco, ou seja, um aumento de 25,42%. Os dados do primeiro LIRAa também constam no relatório divulgado nesta terça pelo Ministério das Saúde, que apontam que quase mil cidades têm risco de surto no país.

O objetivo do LIRAa é indicar o risco de transmissão das arboviroses em uma população. Outras 84 cidades estão em alerta para a doença no estado, enquanto 25 têm situação considerada satisfatória. Apenas um município não informou dados sobre infestação.
Índice aponta risco de transmissão das arboviroses em uma população
Surto: 40,22 %
Alerta: 45,65 %
Satisfatória: 13,59 %
Não informado: 0,54 %
Fonte: Secretaria de Saúde de Pernambuco
Rodrigo Said, coordenador geral dos Programas Nacionais de Controle e Prevenção da Malária e das Doenças Transmitidas pelo Aedes, aponta que é preciso combater os focos de mosquito. "Desde o final do ano passado, as condições ambientais foram propícias, regime de chuvas mais prolongados", apontou.

Arboviroses
O boletim de arboviroses aponta para um aumento nas notificações de dengue, zika e chikungunya em Pernambuco até o dia 20 de abril, considerada a 16ª semana.


Casos suspeitos de arboviroses até 20 de abril

Doença 2018 2019 Aumento (%)
Dengue 7.882 8.856 12,4
Chikungunya 1.138 1.415 24,3
Zika 284 679 139,1
Fonte: Secretaria de Saúde de Perambuco
O estado já confirmou, neste ano, 1.563 casos de dengue, outros 50 de chikungunya e 17 de zika. Foram notificadas 21 mortes por arboviroses, mas não houve nenhuma confirmação até o momento.

Dados federais
O governo federal trabalha com casos prováveis, que são os suspeitos menos os que já foram descartados. De acordo com o Ministério da Saúde, de janeiro até o dia 15 de abril, foram registrados, no estado, 6.334 casos de dengue. Isso representa um aumento de 79,1% em relação ao mesmo período de 2018, quando houve 3.537 ocorrências da doença.

Com relação aos casos de chikungunya, houve aumento de 194,7% no número de casos, subindo de 300 para 884 ocorrências entre os dois períodos nos dois anos. Os casos de zika tiveram o aumento mais expressivo, subindo de 12 para 119, com uma variação de 891,7%.

Apesar do aumento, o coordenador geral dos Programas Nacionais de Controle e Prevenção da Malária e das Doenças Transmitidas pelo Aedes, Rodrigo Said, afirma que a situação é considerada satisfatória em Pernambuco.

"O estado ainda não apresenta uma incidência significativa, mas alguns municípios na região do Sertão apresentam mais casos [de arboviroses]. Quanto ao zika, a gente sempre permaneceu com circulação do vírus. Por enquanto, apesar do aumento, a gente classifica a situação como satisfatória em relação ao tamanho da população", diz.


Dados estaduais
Segundo o governo de Pernambuco, de janeiro até 13 de abril, foram registrados no estado 272 casos prováveis de zika, que correspondem às notificações sem os casos descartados. No mesmo período em 2018, foram 190 casos, o que equivale a um aumento de 43%.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) afirma que "a divergência com as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde (MS), que fala de um aumento de 891%, está relacionada ao sistema utilizado para consolidação das informações".

Ainda segundo a SES, o Ministério da Saúde utiliza exclusivamente o SinanNET, sistema oficial do órgão federal utilizado por todos os estados.

"Ele possui registro manual realizado pelos profissionais das unidades de saúde, cuja ficha é enviada às Secretarias Municipais de Saúde para digitação dos dados que só chegarão ao MS após passarem pelas instâncias regionais e central da SES/PE, o que pode retardar o processo", diz na nota.

Além desse sistema, o governo de Pernambuco também utiliza o registro eletrônico do FormSUS, criado em 2015 pela administração estadual.

"O sistema pernambucano possibilita que o Estado tenha acesso às informações em tempo real, algo indispensável para tomada de decisões em saúde pública, e facilita a notificação dos serviços de saúde diretamente nesse ambiente, além de permitir a inclusão de dados importantes relacionados à clínica do paciente (sinais, sintomas) e ao diagnóstico laboratorial", explica a SES.

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