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Alemães protestam em massa contra xenofobia e extrema direita: 'Unidos contra o racismo'

13.10.18

/ por casinhas agreste

Organizadores estimaram mais de 150 mil pessoas na manifestação. Partido de extrema-direite AfD pode se sair bem na Bavária nas eleições estaduais neste domingo.
Por G1
 Milhares de pessoas se manifestam neste sábado (13) em frente ao Portão de Brandeburgo, em Berlim — Foto: Michele Tantussi/Reuters


Manifestantes de toda a Alemanha marcharam em Berlim neste sábado (13) contra a xenofobia e a extrema direita em um dos maiores protestos do país nos últimos anos.

Os organizadores estimaram, segundo a agência Reuters mais de 150 mil pessoas na manifestação. De acordo com a Associated Press, o número chegou a 240 mil, também segundo relatos de organizadores.

A manifestação deste sábado seguiu protestos contra a imigração em várias cidades do leste e um aumento no apoio ao partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) antes das eleições estaduais no domingo.

Um porta-voz da polícia se recusou a estimar o tamanho da multidão no protesto, que foi organizado por grupos de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional.

Protesto contra xenofobia e extrema-direita é realizado neste sábado (13) em Berlim, na Alemanha — Foto: John Macdougall/ AFP Protesto contra xenofobia e extrema-direita é realizado neste sábado (13) em Berlim, na Alemanha — Foto: John Macdougall/ AFP
Protesto contra xenofobia e extrema-direita é realizado neste sábado (13) em Berlim, na Alemanha — Foto: John Macdougall/ AFP

Os manifestantes carregavam cartazes em que diziam "Construa pontes, não paredes", "Unidos contra o racismo" e "Somos indivisíveis - por uma sociedade aberta e livre". Alguns dançavam música pop em um dia quente de outono.

A chegada de mais de um milhão de migrantes, muitos de zonas de guerra no Oriente Médio, aumentou o apoio à AfD. Estima-se que a legenda se saia bem na eleição na Bavária, que costumava ser uma fortaleza do partido conservador União Social Cristã, que integra o governo de coalizão federal da chanceler Angela Merkel.

Repercussão política
Entre os apoiadores, está o ministro de Relações Exterioires Heiko Maas. Ele elogiou a manifestação ao jornal "Funke", e disse que os protestos são um "grande sinal" de que "a maioria do nosso país é a favor da tolerância e da abertura política".

O braço em Berlim da CDU, o partido conservador moderado de Angela Merkel, no entanto, tomou distância dos protestos. O oficial sênior da legenda, Stefan Evers, argumentou que há várias "organizações suspeitas" incluídas entre os manifestantes, segundo a agência Associated Press.

Ataques contra estrangeiros
Em agosto, grupos de extrema-direita na cidade de Chemnitz, no leste do país, entraram em confronto com a polícia e perseguiram pessoas que acreditavam ser estrangeiras após o esfaqueamento fatal de um alemão ter sido atribuído a dois migrantes.

Protestos semelhantes ocorreram em Dresden, Koethen e outras cidades do leste.

No entanto, o número de ataques violentos contra refugiados e contra abrigos na Alemanha caiu drasticamente no primeiro semestre deste ano.

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