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Paraíba: Greve dos caminhoneiros chega ao 9º dia com falta de gás de cozinha e alimentos

29.5.18

/ por casinhas agreste

Paralisação acontece desde a segunda-feira (21) contra a alta no preço dos combustíveis.
Por G1 PB

Greve dos caminhoneiros chega ao 9º dia com falta de gás de cozinha e alimentos na Paraíba
A greve dos caminhoneiros chegou ao 9º dia na Paraíba, nesta terça-feira (29). Mesmo após uma nova proposta do Governo Federal, com novas medidas para a redução no valor do diesel, a categoria permanece com a greve e até a tarde da segunda-feira (28) havia 14 pontos de interdição em rodovias, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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Os pontos de interdição não foram divulgados porque desde a segunda-feira, a PRF, por ordem do Ministério Extraordinário da Segurança Pública (MESP), em Brasília, só está compartilhando a quantidade de pontos de interdição, sem especificar as localidades, uma vez ao dia. O objetivo é uniformizar e padronizar as informações.

Paralisação dos caminhoneiros continua nesta terça-feira (29), na BR-101, em João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1) Paralisação dos caminhoneiros continua nesta terça-feira (29), na BR-101, em João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Paralisação dos caminhoneiros continua nesta terça-feira (29), na BR-101, em João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)
O G1 identificou que a interdição na BR-101, em João Pessoa, próximo a Gauchinha, continua de forma parcial. No Porto de Cabedelo, onde os caminhões que abastecem os postos de gasolina estavam parados, a quantidade de veículos parados já reduziu, após uma liminar que determinou a distribuição de 100% do combustível para abastecimento na Paraíba.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Passageiros e Cargas do Estado da Paraíba, Antônio de Pádua, o sindicato não vai se posicionar sobre o assunto, pois a situação se trata de "uma greve sem comando". O sindicato apoio o movimento, mas não vai se posicionar sobre o assunto.

Já o presidente do Sindicato de Condutores de Transporte de Combustíveis e Produtos Perigosos, Emerson Galdino, informou nesta segunda-feira, que os caminhoneiros estão dispostos a manter a movimentação no ponto de distribuição no Porto de Cabedelo. No entanto, ele afirmou que essa não é mais uma orientação do sindicato.

População tenta entrar em ônibus durante protestos contra o aumento no preço dos combustíveis, em João Pessoa (Foto: Zuíla David/TV Cabo Branco) População tenta entrar em ônibus durante protestos contra o aumento no preço dos combustíveis, em João Pessoa (Foto: Zuíla David/TV Cabo Branco)
População tenta entrar em ônibus durante protestos contra o aumento no preço dos combustíveis, em João Pessoa (Foto: Zuíla David/TV Cabo Branco)
Frota de ônibus reduzida
As frotas de ônibus de João Pessoa e Campina Grande comaçaram a ser reduzidas no 3º dia de paralisação, na quarta-feira (25). Na quarta-feira, em João Pessoa, a frota foi reduzida a 75%, circulando com o equivalente ao número de ônibus que atende aos passageiros nos sábados. Nesta terça-feira (29), a programação do Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de João Pessoa (Sintur-JP) é que 70% da frota de ônibus esteja nas ruas.

Em Campina Grande, a redução foi de 40% da frota de ônibus, circulando 60%, desde a quarta-feira (23) até esta terça-feira. Na Estação Ferroviária de João Pessoa, os trens estão funcionando normalmente, de acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

O Terminal de Integração de Campina Grande amanheceu cheio e com frota de ônibus reduzida (Foto: Felipe Valentim/TV Paraíba) O Terminal de Integração de Campina Grande amanheceu cheio e com frota de ônibus reduzida (Foto: Felipe Valentim/TV Paraíba)
O Terminal de Integração de Campina Grande amanheceu cheio e com frota de ônibus reduzida (Foto: Felipe Valentim/TV Paraíba)
Rodoviária
Segundo o administrador do Terminal Rodoviário de João Pessoa, Reinaldo Brasil, das 16 empresas que operam no local, três continuam paradas nesta terça-feira (29). “A previsão é que elas voltem a funcionar ainda na tarde desta terça. Só estão se organizando para abastecer os ônibus. Ainda hoje tudo vai se normalizar”, diz.

Ainda de acordo com Reinaldo Brasil, todas as outras 13 empresas estão funcionando com 100% dos horários.

Falta de combustível
Pelo menos sete caminhões tanques carregados com combustíveis chegaram a cidade de Campina Grande, na noite desta segunda-feira (28). A informação foi confirmada pela Polícia Militar, que escoltou os veículos até a cidade. Com esses carregamentos, oito postos voltam a ser abastecidos na manhã desta terça-feira.

Confira a lista de postos que foram reabastecidos em Campina Grande.

Postos de combustíveis de João Pessoa aumentaram preço da gasolina (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco) Postos de combustíveis de João Pessoa aumentaram preço da gasolina (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)
Postos de combustíveis de João Pessoa aumentaram preço da gasolina (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)
Em João Pessoa, as filas nos postos de gasolina já estão menores nesta terça-feira (29). Os estabelecimentos estão recebendo uma carga maior de combustíveis, pois a liberação dos caminhões no Porto de Cabedelo, na segunda-feira, aumentou. A quantidade de caminhões parados no Proto também diminuiu, porque os grevistas estão liberando os motoristas que querem carregar os veículos para abastecer os postos. No entanto, serviços que precisam do combustível, como transporte coletivo e intermunicipais, ainda estão afetados.

Confira a lista de postos que têm combustível em João Pessoa.
Falta de gás de cozinha
Por causa da paralisação dos caminhoneiros, paraibanos estão tendo dificuldades em encontrar gás de cozinha. De acordo com o sindicato dos revendedores de gás na Paraíba, as pequenas revendedoras estão sem botijões cheios no estoque e mesmo após o fim da paralisação, a distribuição deve demorar um pouco até normalizar. Em Campina Grande, o botijão que era vendido entre R$ 60 e R$ 70, chegou a custar R$ 130 para um estudante.

Carregamento de gás chegou em Campina Grande nesta segunda-feira (28) (Foto: Reprodução/TV Paraíba) Carregamento de gás chegou em Campina Grande nesta segunda-feira (28) (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
Carregamento de gás chegou em Campina Grande nesta segunda-feira (28) (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
Segundo o sindicato, na segunda-feira (28) chegaram duas carretas com gás que ficaram retidas na entrada de Campina Grande no início da paralisação. No entanto, nesta terça-feira (29), não há mais gás de cozinha no estoque.

Em João Pessoa, ainda não há previsão de reabastecimento. Segundo, o sindicato, o produto existe, mas não tem como sair do Porto. No Sertão da Paraíba, até o domingo (28), o gás de cozinha estava sendo vendido, mas nesta segunda-feira não há mais revendedoras com estoque.

Em nota, o Sindigás informou que algumas praças ainda possuem um estoque mínimo de GLP. "Grevistas e forças policiais estão permitindo apenas a passagem de caminhões com GLP granel para abastecer serviços essenciais, como hospitais, creches, escolas e presídios. Porém, caminhões com botijões de 13 kg, 20 kg, 45 kg vazios ou cheios com nota fiscal a caminho das revendas não são reconhecidos pelos grevistas como abastecimento de um serviço essencial".

Falta de alimentos
De acordo com o diretor presidente da Empasa, José Tavares, as situações de abastecimento de alimentos em Campina Grande, João Pessoa e Patos continua sem perspectiva nesta terça-feira (29).

Na unidade de João Pessoa, chegou nesta terça-feira um carregamento com cinco mil quilos de tomates, três mil quilos de batata e 3 mil quilos de cebola. Segundo José Tavares, o abastecimento foi um repasse de Campina Grande, que tinha um caminhão na barreira da paralisação e conseguiu cortar o bloqueio dos caminhoneiros. Em dias normais, a Empasa registra uma bastecimento de até 200 mil quilos de produtos.

Carregamento de tomate chegou na unidade da Empasa, em João Pessoa (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco) Carregamento de tomate chegou na unidade da Empasa, em João Pessoa (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)
Carregamento de tomate chegou na unidade da Empasa, em João Pessoa (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)
Na segunda-feira (28), chegaram na capital carregamentos de tubérculos e folhosos, que são produzidos no litoral da Paraíba e não precisaram cortar o bloqueio dos caminhoneiros. Em Campina Grande e em Patos, os carregamentos continuam sem chegar nas unidades. De acordo com José Tavares, as mercadorias podem se esgotar ainda nesta segunda-feira.

Hospitais
O fornecimento de refeições para acompanhantes e funcionários do Complexo Hospitalar de Mangabeira, o Trauminha, foi suspenso temporariamente, desde a segunda-feira (28), conforme informou a assessoria de imprensa da unidade de saúde. Além disso, as cirurgias eletivas que estavam marcadas também foram suspensas.

De acordo com a assessoria de imprensa do Trauminha, os pacientes continuam recebendo as refeições e medicamentos regularmente. No entanto, essas medidas foram adotadas para evitar o desabastecimento, já que os materiais necessários não estariam chegando ao local, tendo em vista a greve dos caminhoneiros.

Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) fechou ala pediátrica (Foto: Reprodução/TV Paraíba) Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) fechou ala pediátrica (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) fechou ala pediátrica (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
No Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande, referência para tratamentos de câncer, os alimentos já estão precisando ser racionados para não faltar. De acordo com o diretor do hospital, Helder Macedo, as medidas são para controlar o número de refeições servidas no refeitório e priorizar os pacientes.

Além disso, a maioria dos pacientes que fazem hemodiálise no hospital da FAP são de outras cidades da Paraíba e precisam se locomover até Campina Grande. No entanto, além da dificuldade de passar pelas estradas, esbarram no problema da falta de combustível.

Aeroportos
De acordo com um boletim emitido pela Infraero nesta terça-feira (29), o Aeroporto Internacional de João Pessoa está sem combustível desde o domingo. No Aeroporto João Suassuna, em Campina Grande, o superintendente informou que há previsão de chegada de combustível para abastecimento de aeronaves na tarde desta terça-feira. Até às 10h desta terça-feira, nenhum voo foi cancelado nos dois aeroportos.

Apesar da falta de combustível, o órgão lembra que os aeroportos estão abertos para pousos e decolagens. Aos passageiros, a Infraero recomenda que procurem as companhias para consultar a situação dos voos.

Escolas e universidade
O desabastecimento e as interdições em estradas têm causado suspensão de aulas e serviços, atrasos e faltas de funcionários, professores e alunos de escolas e universidades públicas e particulares na Paraíba.

Estacionamento do CCHLA, na UFPB, fica quase vazio em pleno horário de aula por causa da greve dos caminhoneiros (Foto: Saulo Costa/Arquivo Pessoal) Estacionamento do CCHLA, na UFPB, fica quase vazio em pleno horário de aula por causa da greve dos caminhoneiros (Foto: Saulo Costa/Arquivo Pessoal)
Estacionamento do CCHLA, na UFPB, fica quase vazio em pleno horário de aula por causa da greve dos caminhoneiros (Foto: Saulo Costa/Arquivo Pessoal)
Estacionamento do CCHLA, na UFPB, fica quase vazio em pleno horário de aula por causa da greve dos caminhoneiros (Foto: Saulo Costa/Arquivo Pessoal) Estacionamento do CCHLA, na UFPB, fica quase vazio em pleno horário de aula por causa da greve dos caminhoneiros (Foto: Saulo Costa/Arquivo Pessoal)
Estacionamento do CCHLA, na UFPB, fica quase vazio em pleno horário de aula por causa da greve dos caminhoneiros (Foto: Saulo Costa/Arquivo Pessoal)
As universidades públicas na Paraíba continuam com restrições nas atividades acadêmicas na terça-feira (29), durante a greve dos caminhoneiros. Em algumas instituições ainda estão sendo mantidas atividades administrativas e setores de serviço à população.

As aulas da rede municipal de ensino foram suspensas até a próxima sexta-feira (1º), apenas as creches estão funcionamento, mas até o meio dia, devido a falta de gás de cozinha e desabastecimento de alguns alimentos. As aulas da rede estadual de ensino e da rede privada estão normais nesta terça-feira.

Procon suspende audiências em Campina Grande
O Procon Municipal de Campina Grande suspendeu as audiências anteriormente marcadas pelo órgão, em função da crise de abastecimento provocada pela paralisação dos caminhoneiros, já que os advogados e as partes estão encontrando dificuldades para o deslocamento. O coordenador, Rivaldo Medeiros, informou que as audiências serão retomadas após a normalização da rotina da cidade, com o fim do desabastecimento. As outras atividades no órgão continuam normalmente.

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