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Sinpol denuncia assédio moral de delegada contra policiais na Delegacia da Mulher

27.12.16

/ por casinhas agreste

Servidoras teriam procurado a gestora do Departamento de Polícia da Mulher em abril, mas até o momento nada foi feito
Diário de PE

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) entrará com ações administrativas, civis e criminais a respeito dos casos de assédio moral que estão sendo denunciados na corporação. Na noite desta segunda-feira, o sindicato divulgou os abusos de uma delegada contra duas escrivãs e uma agente de polícia na Delegacia da Mulher do Paulista, na Região Metropolitana do Recife. De acordo com a entidade, as policiais Rita Cabral, Taciana Gouveia e Simone Araújo estariam sendo perseguidas pela delegada Anete Coutinho Marques. As servidoras já teriam até mesmo acionado a gestora do Departamento de Polícia da Mulher, delegada Inalva Regina, em abril passado, mas nada foi resolvido. 

"Com indignação, o Sinpol vem a público denunciar que policiais civis de Pernambuco estão adoecendo por estarem submetidos diariamente a um contexto de assédio moral", informou o sindicato em nota divulgada na noite desta segunda-feira. No documento, ainda consta o relato das vítimas sobre os abusos. "Sempre fizemos além do nosso papel legal para ajudar. Mas sempre éramos menosprezadas e humilhadas. Diariamente, ouvíamos questionamentos sobre nosso trabalho, inclusive com palavras de baixo calão", desabafou uma das vítimas.

Ainda segundo a denúncia do Sinpol, durante a operação padrão, quando as policiais se recusaram a fazer ouvidas sem a presença da delegada, houve represália. "O assédio moral aumentou. Intensificou-se um ciclo de ameaças e isolamento funcional. A equipe do cartório da delegacia foi reduzida em 50%, mas as metas aumentaram em 50%", declarou a entidade. A não intervenção por parte da gestora do Departamento da Mulher só agravou a situação. 

"Desde abril, ela já tem conhecimento da situação, mas não tomou nenhuma providência. Sua atitude demonstra um corporativismo que não condiz com o exercício de nenhuma função pública, incorrendo, no mínimo, em omissão. O fato é que essas circunstâncias além de prejudicarem as servidoras, que estão fazendo uso de remédios e necessitando de acompanhamento psiquiátrico, atingem os serviços prestados à população, pois elas estão afastadas de suas funções por licença médica, reduzindo ainda mais o já deficiente efetivo policial para atender o povo. O que nos deixa ainda mais estarrecidos é que atualmente a gestora está se negando a assinar os formulários de licença e perícia médicas, um direito das servidoras", concluiu.

Polícia Civil de Pernambuco
A equipe de reportagem procurou a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Pernambuco para questionar os gestores a respeito da denúncia das policiais e aguarda resposta.

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