A sociedade precisa ser ouvida no planejamento da festa, saber o quanto se gasta e indicar valores locais, inovações, iniciativas populares para o recebimento de verbas de apoio cultural. Pois o que se vê desses grupos políticos é que se gasta muito mal e a cada ano menos tradicional e atrativo para o povo e para o turismo está o São João.
“A tradição do São João está se perdendo no tempo. Os nossos governantes preferem atrações milionárias e midiáticas do quê a essência de uma das épocas mais bonitas do ano”, disse o deputado estadual Edilson Silva.
“A gestão pública e a sociedade civil enquanto forças democráticas que defendem a emancipação da nossa cidade, devem compreender que o São João, mais do que super produção de shows com artistas de fora, é uma festa que precisa ser tratada com mais carinho e atenção”, completou o Parlamentar.
Frente às recentes polêmicas envolvendo os altos cachês supostamente pagos a artistas, sobretudo “estrangeiros”, alheios aos ritmos e tradições locais, com recursos públicos, como aconteceu com Wesley Safadão, em Caruaru, por exemplo, o deputado Edilson Silva apresentou em 19 de novembro de 2015 o Projeto de Lei Ordinária de n°. 620/2015, visando coibir essas distorções e estabelecer uma responsabilidade cultural por parte dos gestores públicos.
O Projeto está ainda tramitando na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) e estabelece que cachês acima de R$ 70 mil devem gerar por parte das Prefeituras ou do Estado a obrigatoriedade de investimento três vezes superior a este valor em cultura popular e equipamentos culturais, tudo isto no prazo máximo de 1 ano após a realização do referido show. O projeto está em discussão com o meio artístico e cultural e ainda pode ser aperfeiçoado. É o que chamamos de Lei de Responsabilidade Cultural.
Confira a íntegra do Projeto de Lei aqui: http://bit.ly/28PP7hU Como nossa atenção está mais voltada para o caso “Safadão”, esquecemos dos artistas populares (repentistas, bacamarteiros, bandas de pífano, mamulengos, bois, forrós pé-de-serra etc.), sobretudo os mais humildes, que sofrem com tabelamentos de cachês, atrasos, espaços precários e secundários para suas apresentações. Deles ninguém lembra, ninguém fala nada... Só do Palco Principal. Já existem leis estipulando prazos para pagamentos, mas não há previsão de sanções e outras penalidades para os gestores maus pagadores.
Novamente o PSOL, o partido mais identificado com a Cultura Popular, apresentou Projeto de Lei 290/2015, de 17 de junho de 2015, através do deputado Edilson Silva, buscando corrigir esta situação irregular. Esse Projeto, que ainda tramita na Casa Legislativa Estadual, estabelece prazo máximo de 30 dias para o efetivo pagamento de cachês e garante também que o não pagamento tornará a referida gestão pública impossibilitada de contratar novos artistas enquanto não honrar seus compromissos com quem deve. Confira a proposição clicando AQUI.
Moisés Bonifácio
Secretário de Comunicação do PSOL-Caruaru
Marciel N. Silva
Presidente PSOL-Brejo da Madre de Deus
Allisson Oliveira
Presidente PSOL-Santa Cruz do Capibaribe
Do: Blog Agreste Notícia Fonte: Assessoria
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