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Lula se encontra com líderes católicos em São Paulo

17.10.22

/ por casinhas agreste

Segundo a campanha do petista, 200 religiosos participaram do evento. Pesquisas apontam que ex-presidente lidera no segmento católico, mas está atrás de Bolsonaro entre os evangélicos.
Por Kevin Lima, g1 — São Paulo e Brasília

O candidato do PT à Presidência, Lula, durante encontro com religiosos em SP — Foto: Reprodução/YouTube


O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, participou nesta segunda-feira (17) de encontro com lideranças católicas em São Paulo. De acordo com a campanha petista, 200 religiosos participaram do evento.

O ex-presidente estava acompanhado do candidato a vice-presidente na chapa, Geraldo Alckmin (PSB), e do candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad.

Na abertura do evento, o padre Paulo Adolfo Simões, secretário-executivo do Centro Nacional Fé e Política (Cefep), afirmou que a eleição de Lula na votação do segundo turno, no próximo dia 30, será a "vitória da democracia, dos pobres" do Brasil.

“Queremos dizer que estamos na luta pela sua vitória no dia 30 de outubro porque entendemos que esta será a vitória do povo brasileiro, da democracia, dos pobres deste país. Aqui somos muitos, mas também muitos padres e religiosas de todo o Brasil estão espalhados por aí e gostariam de estar aqui hoje e nós os representamos”, disse Simões, que é da Diocese de Pouso Alegre (MG).

Simões é um dos representantes dos movimentos Padres da Caminhada e Padres contra o Fascismo que participaram do encontro com Lula. Na última semana, os grupos divulgaram carta assinada por mais de 400 lideranças católicas na qual condenam a presença de Jair Bolsonaro no Santuário de Nossa Senhora de Aparecida, no último dia 12.

"O senhor Jair Bolsonaro profana a fé no Deus da vida fazendo uso dela para meros fins politiqueiros e vilipendia o Evangelho de Jesus de Nazaré que veio para que todos ‘tenham vida e a tenham em abundância'", afirmam no documento.

Estratégias de campanha
A reunião com os religiosos é mais uma das estratégias da campanha para aproximar o petista ao eleitorado religioso. As mudanças buscam alargar a vantagem de Lula no eleitor católico e frear o avanço do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), no eleitorado evangélico.

Segundo a mais recente pesquisa do instituto Datafolha, Lula lidera na intenção de votos entre os católicos no segundo turno (57% a 37%), mas está atrás no segmento evangélico do eleitorado – o presidente Jair Bolsonaro (PL) cresceu em relação ao último levantamento e tem 65% das intenções de voto nesse perfil, enquanto Lula, 31%.

No começo do mês, logo após o primeiro turno das eleições, além de se reunir com frades franciscanos no escritório da campanha, o ex-presidente gravou inserção para a propaganda em rádio e televisão na qual reafirma ser contrário ao aborto.

A declaração foi considerada como um aceno aos evangélicos e uma reformulação no discurso adotado por Lula durante a pré-campanha, quando defendeu uma abordagem do tema sob o aspecto da saúde pública.

“Não só eu sou contra o aborto como as mulheres com quem eu casei são contra o aborto. Eu acho que quase todo mundo é contra o aborto. Não só porque nós somos defensores da vida, mas porque deve ser uma coisa muito desagradável e dolorida alguém fazer um aborto”, disse o petista na propaganda.

O candidato do PT também já afirmou que mudanças legislativas em relação ao aborto no país devem ser discutidas pelo Congresso Nacional e não pelo presidente da República.

Em outro aceno aos evangélicos, a campanha petista ainda avalia o lançamento de uma carta, com uma série de compromissos, aos religiosos. O documento tem sido discutido com colaboração da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

Sem 'provocações'
Pela manhã, o candidato esteve no bairro de São Mateus, na zona leste de São Paulo. Ele participou de caminhada ao lado de Alckmin e do candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad.

Lula pediu aos apoiadores que tenham calma e que fujam de provocações de aliados de Bolsonaro.

“Quero pedir a cada um de vocês que até o dia 30 não aceitassem nenhuma provocação, não aceitassem provocação de bolsonarista. Se vocês encontrarem bolsonarista nervoso, vocês perguntem a ele qual é a obra que Bolsonaro fez em São Paulo. E se ele estiver muito nervoso, em vez de brigar, não brigue, vá para casa e mande ele morder a própria língua que ele vai saber o que é bom”, afirmou.

O ex-presidente ainda voltou a pedir empenho de apoiadores para conquistar votos de eleitores indecisos e que não foram às urnas no primeiro turno. A redução da taxa de abstenção na votação é uma das preocupações da campanha petista na nova rodada das eleições.

“Precisamos visitar pessoas que estão em dúvida, que não quiseram votar, que se abstiveram de votar para convencer a votarem no Haddad e no Lula”, declarou.

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