O ex-presidente criticou ainda a postura de Bolsonaro diante das mais de 680 mil mortes por covid-19
FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER
Com Estadão Conteúdo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alegou que o auxílio emergencial dado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) foi aprovado até dezembro como medida para garantir a reeleição. Ele participou de transmissão ao vivo no Facebook com o deputado federal André Janones (Avante-MG) na manhã deste sábado (13) e garantiu que o pagamento será mantido em 2023, caso ele seja eleito.
"Enquanto não acabar com a fome e a miséria não pode acabar com o auxílio emergencial. Você pode inclusive criar uma convulsão nesse país se tirar o pouquinho de possibilidade que esse povo tem", afirmou Lula. "Não há como tirar o benefício sem que a gente recupere a economia brasileira, sem gerar emprego, sem resolver a fome."
O ex-presidente criticou ainda a postura de Bolsonaro diante das mais de 680 mil mortes por covid-19 e afirmou que o governo "tentou fazer uma fábrica de corrupção com as vacinas".
“É um fundo que foi criado com objetivo eleitoral, poderia ter sido criado seis meses, um ano atrás, mas ele (Bolsonaro) deixou para criar perto das eleições para poder garantir uma ajuda na campanha. Nos meus discursos eu falo: ‘se esse dinheiro cair na sua conta, pegue e coma porque senão o Guedes toma’”, disse.
Janones, que retirou sua candidatura à presidência para apoiar o petista no primeiro turno, disse que fará outras transmissões com Lula, com espaço para comentários de eleitores. O deputado tem mais de oito milhões de seguidores no Facebook.
Janones destacou que a própria lei proposta pelo governo e aprovada pelo Congresso demonstra que, nos moldes atuais. o auxílio tem data para acabar: 31 de dezembro de 2022. “Oficialmente, Jair Bolsonaro determinou de forma indireta o fim do auxílio emergencial no nosso país a partir de dezembro. Como presidente ele teria o poder optar pela sequência, mas não fez, é oficial”, afirmou o deputado.
Por sua vez, Lula lembrou que há um projeto de lei de autoria no PT, estabelecendo o Bolsa Família, com acompanhamento escolar, de vacinas e todas as demais políticas sociais, no valor de R$ 600. Para ele, é a única maneira de cuidar do povo brasileiro.
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