Quando aparece colado com Lula, candidato ao Governo fica em primeiro lugar

Em Pernambuco, expectativa é que Danilo Cabral (PSB) cresça conforme seja associado ao ex-presidente

Da TV Jornal

Pesquisa eleitoral divulgada pelo Instituto Quaest, em parceria com a Genial Investimentos, indica o poder de transferência de votos de Lula (PT) para as eleições deste ano. Atrás na pesquisa estimulada, Alexandre Kalil (PSD), quando associado ao petista, fica em primeiro lugar na intenção de voto para o Governo de Minas Gerais.

De acordo com o levantamento geral, na estimulada, o atual governador Romeu Zema (Novo) tem 44% de intenção de voto. Kalil, que é ex-prefeito de Belo Horizonte, está em segundo lugar, com 26%.

Quando a pesquisa indica aos entrevistados os apoios dos respectivos presidenciáveis, a situação se inverte. Kalil, com apoio explícito de Lula, chega a 42% de intenção de voto. Zema, apoiado por Luiz Felipe D'Ávila (Novo), vai para segundo lugar, com 26%.

Carlos Viana (PL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, fica com 15% de intenção de voto. A eleitoral ocorreu entre os dias 2 a 5 de julho, com 1.480 entrevistados.

A margem de erro, segundo o instituto, é de 2,5 pontos percentuais. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números MG-00322/2022 e BR-01319/2022.

Aposta no nome de Lula em Pernambuco

Em Pernambuco, Danilo Cabral (PSB) recebeu Lula na última semana. A expectativa é que o pré-candidato ao Governo de Pernambuco cresça com a associação ao ex-presidente. Ainda não é possível, porém, medir o impacto.

“Ao passo em que Lula comece a aparecer na campanha eleitoral de Danilo, a tendência é que isso se transforme em intenções de voto. Isso é normal, relativamente comum em termos de campanha. Só não é possível dizer se a aparição de Lula vai colocar Danilo no segundo turno”, analisou Leon Victor de Queiroz, professor do departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ao Estadão.

Mas há o fator Marília Arraes. De acordo com José Mário Wanderley, doutor em Ciência Política pela UFPE e professor da Unicap, o petista não deve fechar a porta para sua ex-filiada.

“Para Lula, esta é a melhor situação possível: ter os dois pedindo voto para ele. (...) Então, no fundo, quer sedimentar seu grande eleitorado no Estado ao mesmo tempo em que obtém novos apoios a partir do uso das campanhas, de ambos os candidatos, pedindo voto para ele", avalia, também ao Estadão.