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Operação policial deixou 18 mortos no Rio de Janeiro

24.7.22

/ por casinhas agreste

18 pessoas morreram no dia da operação, incluindo PM e uma mulher que passava pela região.
Quinze são apontados como suspeitos. Entre eles, oito possuem anotações criminais.
Cenas de guerra no Alemão: o que se sabe sobre uma das operações mais letais no Rio

Dos 18 mortos na operação das polícias Civil e Militar no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (21), 15 são apontados pelas forças de segurança como suspeitos pela Polícia Civil (veja os nomes abaixo).
Também morreram na ação um policial militar e uma mulher que passava de carro pela região e foi baleada.
No dia seguinte à operação, sexta-feira (22), após reforço policial na comunidade, uma moradora morreu depois de ser baleada. São, portanto, 18 mortos na comunidade em dois dias – 18 deles durante a operação (veja a lista abaixo).
A ação é a quarta mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro.
Dentre os 15 mortos apontados pela polícia como suspeitos, dez tinham anotações criminais. A lista com a identificação e antecedentes criminais deles foi atualizada no final desta sexta-feira. Até então, a polícia havia informado que apenas oito deles tinham registros de crimes.

Entre os mortos, possuem anotações criminais:

Anderson Luiz Bezerra Fonseca, vulgo Andinho - 2 anotações por tráfico de drogas.
Bruno Neves Leal, vulgo Borro - 2 anotações criminais por tráfico e associação ao tráfico de drogas. Evadido do sistema penitenciário e com um mandado de prisão pendente.
Diego Barboza da Silva, vulgo DG - uma anotação criminal por tráfico de drogas.
Emerson de Souza Teixeira, vulgo 2D ou Familhão - 7 anotações criminais por tráfico e associação ao tráfico de drogas, dano qualificado, resistência e porte ilegal de arma de fogo.
Fernando Nascimento da Silva, vulgo Feio - 2 anotações criminais por tráfico de drogas e porte de arma de fogo de uso restrito.
Gabriel Farias da Silva, vulgo Biel - 6 anotações criminais por tráfico, associação ao tráfico de drogas, homicídio, resistência e roubo. Possuía um mandado de prisão pendente.
Luan de Araujo Rosário – 2 anotações criminais por roubo
Rafael Correia de Melo, vulgo Fafá ou Fafal – Mandado de prisão pendente por homicídio, além de anotações criminais por tráfico de drogas e associação criminosa. Todos no Estado de Alagoas.
Wellington Moura da Silva Júnior, vulgo Zoinho – uma anotação por furto como adolescente infrator.

Não possuem anotações, mas a polícia diz que são suspeitos:

Emerson José Costa Junior
Jhonathan Vitor Ferreira Nunes
Luiz Cláudio Rozendo Lopes Júnior, vulgo “Presuntinho e “Marley”
Marcos Paulo Nascimento da Silva, vulgo Marquim
Wanderlei Gomes de Lacerda
Não possuem anotações criminais e não são suspeitos:

Bruno de Paula Costa - policial militar que atuava na operação
Letícia Marinho Salles - morta dentro do carro quando saída da comunidade

Um dos baleados no Alemão participou do assalto ao Village Mall, diz polícia
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Policial morto
Cartaz do Disque-denúncia pedindo informações sobre a morte do cabo da Polícia Militar Bruno de Paula Costa — Foto: Reprodução


O cabo da Polícia Militar Bruno de Paula Costa, de 38 anos, também morreu na operação no Complexo do Alemão. Ele foi baleado por criminosos e não resistiu aos ferimentos. O agente estava na corporação há 8 anos.
Bruno estava de plantão na Unidade de Polícia Pacificadora – UPP/Nova Brasília, onde era lotado. Ele foi atingido no pescoço. O policial deixa mulher e dois filhos portadores de espectro de autismo.
O Portal dos Procurados, um programa do Disque Denúncia, divulgou um cartaz pedindo informações que auxiliem na apuração da morte do policial.

Mulher atingida em carro
Letícia Marinho Sales, morta no Complexo do Alemão — Foto: Arquivo Pessoal
Letícia Marinho Sales, morta no Complexo do Alemão — Foto: Arquivo Pessoal

Também morreu na operação Letícia Marinho Sales, de 50 anos, que estava com o namorado em um carro que passava pela região.


Segundo Denilson Glória, companheiro da vítima, ele levava Letícia para casa de carro, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, quando o veículo foi alvejado em um sinal de trânsito na rua Itararé.

“Eu estava levando ela para casa dela. Não estava havendo confronto, chegando no sinal eu parei. Mesmo assim, eles vendo os vidros abertos, alvejaram o carro”, contou.

‘Vi ela caindo pro meu lado, tinha um furo no peito’, diz namorado de vítima no Alemão
‘Vi ela caindo pro meu lado, tinha um furo no peito’, diz namorado de vítima no Alemão

Letícia foi atingida no peito e morreu na hora.

“Eu vi ela caindo para o meu lado, quando olhei tinha um furo no peito”, disse.

O casal estava ainda acompanhado pelo primo de Denílson, que ficou ferido por estilhaços.


Mulher baleada um dia após operação
Solange Martins, baleada e morta no Alemão  — Foto: Reprodução
Solange Martins, baleada e morta no Alemão — Foto: Reprodução

Na sexta-feira, um dia após a operação, a moradora do Alemão Solange Martins morreu depois de ser baleada na localidade da Caixa D'Água. Houve registro de intensos tiroteios entre traficantes e policiais no dia seguinte à operação, em meio ao reforço policial na localidade.

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