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Vice-prefeito de Chã Grande tem arma apreendida em ação que investiga fraude em licitação e desvio de verbas em prefeituras

24.8.21

/ por casinhas agreste

Sandro Corrêa (Avante) foi alvo de um mandado de busca e apreensão na operação Sequência Real, que investiga irregularidades nas prefeituras de Amaraji e Gameleira.
 G1 PE

Revólver e munições foram apreendidos na casa do vice-prefeito de Chã Grande, Sandro Corrêa — Foto: Polícia Civil/Divulgação


O vice-prefeito de Chã Grande, na Zona da Mata de Pernambuco, teve um revólver e munições apreendidos durante uma operação da Polícia Civil, nesta terça (24). Sandro Corrêa (Avante) foi alvo de um mandado de busca e apreensão na operação Sequência Real, que investiga fraudes em licitações e desvio de dinheiro público nas prefeituras de Amaraji e Gameleira.

Ao todo, na operação, foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão no Recife e nas cidades de Chã Grande, Gameleira e Amaraji, na Zona da Mata, e em Gravatá, no Agreste. Esta foi a segunda fase da investigação, que começou em 2019.

De acordo com a delegada Isabella Veras, adjunta da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), no momento do cumprimento do mandado, o vice-prefeito, conhecido como Sandro Advogado, não estava em casa.



Sandro Corrêa (Avante) é vice-prefeito de Chã Grande, cidade da Zona da Mata de Pernambuco — Foto: Reprodução/Instagram


"A Polícia Civil apreendeu documentos diversos, entre comprovantes de pagamento, certidões de propriedade, celulares, notebooks, CPUs e, de suma importância, uma arma de fogo, revólver, e munições, que serão submetidos a perícias", declarou a delegada. Ele não tem direito a manter nem a portar armamentos, segundo a corporação.

Resposta
Em entrevista ao G1, o vice-prefeito de Chã Grande afirmou que estava ausente da cidade por causa de uma viagem a Brasília, programada desde julho, para participar de um evento com vereadores e com o prefeito.

Sando Advogado disse, ainda, que está à disposição da polícia e da Justiça para prestar esclarecimentos. "Não sei bem do que se trata a operação e chamei um advogado para falar com a delegada do caso", disse.

Sandro afirmou também que prestou serviços para o município, atendendo as pessoas em várias áreas da advocacia. "Recebia salário baixo", comentou.

Sobre a apreensão da armas, ele declarou que "é um revólver antigo, que não usa mais, e que pode estar até sem funcionar".

A operação
A Polícia Civil informou que, entre os alvos da busca e apreensão, estão a prefeita de Amaraji, Aline Gouveia (PSB) e a mãe dela.

Também são investigados um ex-prefeito da mesma cidade e a esposa dele, que é ex-presidente da Câmara Municipal, e, por fim, um ex-presidente da Câmara de Gameleira. Esses últimos não tiveram os nomes divulgados.

O G1 entrou em contato com as prefeituras das duas cidades, mas não obteve resposta. Foram solicitadas medidas cautelares diversas como busca e apreensão, quebra de sigilos bancário e fiscal.

No esquema, segundo a polícia, as prefeituras contratavam advogados para assessoria jurídica, por meio de licitação na modalidade convite.

"Essa licitação na modalidade convite o órgão público tem que convidar, no mínimo, três pessoas. Identificamos que sempre eram convidadas as mesmas pessoas, numa espécie de rodízio entre elas, de forma a não chamar atenção. Sempre, nesses convites, vencia a mesma pessoa", afirmou a delegada Isabella Veras.


Por meio de diligências e pesquisas com relatórios do Tribunal de Contas, a Polícia Civil conseguiu identificar cinco fraudes licitatórias na modalidade convite, realizadas pela prefeitura de Amaraji, na gestão de um ex-prefeito, bem como outras fraudes que ocorreram através de dispensa de licitação.

Falsidade ideológica de documentos apresentados e lavagem de dinheiro também são crimes investigados.

"As pessoas contratadas foram advogados. Temos vários advogados sendo beneficiados com essas contratações fraudulentas. A atual prefeita apareceu na quebra bancária. Dessa forma, o Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil detectou várias transações suspeitas por parte dela, com intermediários ligando ao grupo criminoso", explicou a delegada.

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