Informações de bastidores, da bancada de deputados federais de Pernambuco, já dão conta que Marília Arraes deve disputar a eleição de 2022 fora do PT. O cargo ainda ficará para ser definido, governadora, senadora, vice ou a reeleição como deputada federal.
A relação dela com a legenda de Lula, que já vinha desgastada desde as eleições de 2020, azedou de vez com a decisão da deputada disputar uma vaga na mesa como “avulsa”, ou seja, sem a aprovação da bancada.
Marília até tentou se viabilizar como a candidata oficial do partido, mas, por duas vezes, a bancada preferiu indicar outros nomes.
No PT, agora Marília está sendo criticada por ter vencido o nome oficial do partido com a suposta ajuda do grupo de Arthur Lira (PP-AL), novo presidente da Câmara de Deputados e ligado ao presidente Bolsonaro.
Da parte de Marília, as queixas com o PT começaram em 2018, quando foi “rifada” pelo diretório nacional do PT, apesar de liderar as pesquisas para governador.
Em 2020, novas queixas, pois o PT não mandou recursos para a sua candidatura. O PSB mandou o máximo de recursos permitidos na lei eleitoral para a candidatura de João Campos. Com a decisão do PT de não reforçar financeiramente a campanha, a legenda ficou sem nenhuma prefeitura de capital.
A deputada, contudo, não deve deixar o PT de imediato. Há risco de pedirem o mandato de deputada e ela perder a vaga de segunda-secretária na mesa diretora. A vaga de segunda-secretária garante a Marília pelo menos mais 25 indicações de assessores na Câmara.
Mais provável que Marília deixe para 2022, na janela partidária dos deputados seis meses antes da eleição, a mudança oficial da legenda.
“O certo é que o clima ficará irrespirável para Marília nas reuniões de bancada”, diz um parlamentar sob reserva.
Sinal de que Marília já vislumbrava novos rumos foi ter presenteado o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, apoiador de Bolsonaro, com um jogo de tabuleiro de estratégia War.
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