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São Paulo têm 23 mortes em 24 horas e 136 ao todo

31.3.20

/ por casinhas agreste
Subiu para 136 o número de mortes pelo novo coronavírus no estado de São Paulo, segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta terça-feira (31). Com 23 mortes registradas entre segunda (30) e terça-feira (31), o estado tem recorde de mortes desde o início da pandemia, com cerca de uma confirmação por hora.
G1 SP
Os casos notificados também registraram maior aumento até aqui: de 1.517 para 2.339 no estado, incremento de 54%. O Ministério Público de Contas cobrou nesta segunda-feira (30) que o estado de São Paulo não deve testar apenas pacientes com Covid-19 internados em estado grave, a partir de reportagem publicada no G1 que mostra essa orientação da Secretaria da Saúde.

Como o G1 e a TV Globo mostraram há cerca de 14 mil testes aguardando análise no instituto Adolfo Lutz.
Os 23 novos mortos são 13 mulheres e 10 homens. Entre as vítimas femininas, duas eram adultas de 42 e 54 anos, com comorbidades que, assim como os idosos, representam grupo mais vulnerável a complicações da COVID-19. As outras onze mulheres tinham 69, 85, 86, 76, 84, 72, 64, 81, duas de 65 e 68.
No grupo masculino, estão inclusos um de 43 anos com comorbidades e outros dez com idades de 66, 79, 86, 89, 68, 90, 83, 78 e 63.
Agora, são 13 cidades de São Paulo com mortes, incluindo Campinas, no interior, e São Caetano do Sul, Santo André, Caieiras, na Grande São Paulo. Até o meio da última semana, apenas a capital registrava óbitos relacionados à Covid-19. Entretanto, desde então, já ocorreu pelo menos um óbito nos municípios de Vargem Grande Paulista, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Taboão da Serra, Embu das Artes, Sorocaba, Osasco, e Ribeirão Preto, além dos 4 novos citados desta terça..
Segue em investigação, por parte da Prefeitura, o histórico dos jovens de 26 e 33 anos, cujas mortes foram confirmadas no domingo (29). O levantamento busca saber se eles possuíam comorbidades, por exemplo.
Pessoas com sintomas leves, especialmente aquelas que não sentem falta de ar, não são registradas como casos suspeitos ou confirmados de coronavírus no sistema oficial, tampouco são submetidas ao teste laboratorial. Especialistas afirmam que a nova metodologia de registro pode levar a subnotificação.
Segundo a Diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), Helena Sato, a medida é necessária para concentrar esforços nos casos graves.
"Isso não quer dizer que a gente vai ter menos dados, de jeito nenhum. Nós trabalhamos com vigilância epidemiológica. Então, nós tivemos um procedimento muito parecido na época da pandemia que aconteceu dez anos atrás, em relação ao vírus do H1N1. Antes a gente notificava os casos leves, moderados, depois, com o aumento, com o que se considera uma pandemia, a gente foca nos casos graves. Isso de modo nenhum vai alterar nossas ações de vigilância, não altera em nada", disse Sato em entrevista ao G1.
"É só uma forma de a gente poder acompanhar o que é mais importante nesse momento. Quando começa a ter mais casos, a gente começa a focar nos graves", completa.
Para Fernanda Campagnucci, diretora executiva da Open Knowledge Brazil e especialista em transparência de dados, a nova orientação mostra que as estatísticas estaduais precisam ser analisadas com cautela, já que não refletem mais o mesmo cenário que era analisado antes.
"É compreensível que haja mudanças no processo de coleta dos dados, porque a gente está aprendendo a lidar com o vírus, e não há testes suficientes. Mas qualquer mudança na metodologia impacta o resultado. Isso precisa ser comunicado, divulgado, para que as análises sejam feitas com base nessa informação importante da nova orientação", afirma Campagnucci.

Aumento de casos graves
"Os pacientes graves internados em UTI são agora 84. Neste último dia houve um acréscimo de 42%. Isso é mais ou menos característico da epidemia, ela tem dias de mais acréscimo e dias de menos acréscimo. Mas ela vem crescendo, o que mostra talvez para nós que as medidas de restrição de mobilidade estão sendo suficientes ou, pelo menos colaborando de forma bastante efetiva, para que a gente tenha 862 casos", afirmou Germann.


De acordo com ele, esse crescimento de mortos e pacientes graves é característico de uma epidemia. “Nós éramos praticamente 90% dos casos do Brasil e agora nós somos 30% dos casos do Brasil. O que significa que existe uma expansão da epidemia de forma acelerada. Se nós formos olhar o número de óbitos, nós tivemos no Brasil 57 óbitos, infelizmente, e no estado de São Paulo, 48. No estado de São Paulo ontem eu anunciei 40 óbitos, então, tivemos um acréscimo de 20% no número de óbitos", disse.


Representantes do comitê estadual de combate ao novo coronavírus em São Paulo afirmam que as medidas de restrição de circulação adotadas nas últimas semanas foram eficazes e ajudaram a conter a curva de crescimento de casos confirmados no estado. Segundo Helena Sato, médica que coordena o comitê, "muito provavelmente haveria um número muito maior [de casos] se as nossas famílias não estivessem em casa".



Em pronunciamento na terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro criticou medidas de isolamento adotadas por estados e municípios. Na quarta-feira (25), Bolsonaro discutiu com o governador de São Paulo, João Doria.
Quarentena
O estado de São Paulo adota estratégias de restrição de circulação contra o coronavírus desde 16 de março. A quarentena começou na terça-feira (24) e vai durar 15 dias, até o dia 7 de abril, para os 645 municípios do estado de São Paulo.


A medida obriga o fechamento do comércio e mantém apenas os serviços essenciais, como nas áreas de Saúde e Segurança. Assim, os hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas, públicas ou privadas, terão o funcionamento normal.


As transportadoras, armazéns, serviços de transporte público, serviços de call center, petshops, bancas de jornais, táxis e aplicativos de transporte continuam funcionando com as orientações dos sanitaristas.


Os serviços de Segurança Pública, tanto estadual, quanto municipais, continuam funcionando normalmente. Os bancos e lotéricas também continuam abertos. As indústrias devem continuam operando, já que não têm atendimento ao público em geral.

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