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Assaltantes colocam fogo em carro com repórter da afiliada da Globo na mala

20.6.19

/ por casinhas agreste
'Terror psicológico dos assaltantes ainda me tira o sono', disse repórter em suas 
Carro ficou completamente destruído; jornalista conseguiu fugir pelo banco do carro, que abriu por dentro
Fotos: Reprodução
Do Correio 24 horas para o Rede Nordeste

O jornalista Jony Torres foi trancado na mala do próprio carro durante uma tentativa de assalto no início da noite dessa segunda-feira (17) na zona rural da cidade de Esplanada, região nordeste da Bahia. Os ladrões ainda atearam fogo ao veículo, mas Jony conseguiu escapar antes das chamas consumirem seu veículo, um modelo Nissan Tiida de quatro portas. O carro teve perda total. O jornalista da TV Bahia - afliada da Globo -, tem uma fazenda com o sogro no município.

Nesta quarta-feira (19), Jony Torres usou as redes sociais para comentar a tentativa de assalto que sofreu.


No texto, Jony agradeceu o apoio das pessoas após o episódio e falou sobre o terror psicológico que sofreu. "Este talvez seja o momento mais difícil da minha vida pra mim e minha família, estamos todos muito angustiados, com medo, mas confiantes que este pesadelo vai acabar e o mais rápido possivel iremos retomar nossa rotina de vida. Eu estou bem, fisicamente eu só levei uns poucos 'tapas na cara', saí sem praticamente nenhum arranhão do assalto, mas o terror psicológico aplicado pelos assaltantes ainda me tira o sono", escreveu o jornalista.

Na publicação, o repórter da TV Bahia postou uma foto trabalhando e fez um pedido por paz. "Escolhi postar esta foto que tirei enquanto trabalhava cobrindo o desfile dos Filhos de Gandhy que sempre levam uma mensagem de paz. E é isso que nós todos precisamos hoje e sempre. Paz!! Quero aproveitar pra agradecer a Polícia Militar e a Polícia Civil de Acajutiba e Esplanada que me deram todo suporte e apoio. Mais uma vez, agradeço a todos, nestes momentos o carinho e amor de quem nos quer bem é realmente o que nos acalenta o espírito", publicou. 

Leia relato na íntegra
"Meus amigos, meus colegas de trabalho de todas as midias e veículos, as pessoas que ontem me abraçaram nas ruas, que estao trazendo força e palavras de força e solidariedade, eu quero dizer muito OBRIGADO!

Este talvez seja o momento mais difícil da minha vida pra mim e minha família, estamos todos muito angustiados, com medo, mas confiantes que este pesadelo vai acabar e o mais rápido possivel iremos retomar nossa rotina de vida.

Eu estou bem, fisicamente eu só levei uns poucos "tapas na cara", sai sem praticamente nenhum arranhão do assalto, mas o terror psicológico aplicado pelos assaltantes ainda me tira o sono.

Por isso escolhi postar esta foto que tirei enquanto trabalhava cobrindo o desfile dos Filhos de Gandhy que sempre levam uma mensagem de paz. E é isso que nós todos precisamos hoje e sempre.
Paz!! Quero aproveitar pra agradecer a Policia Militar e a Policia Civil de Acajutiba e Esplanada que me deram todo suporte e apoio. Mais uma vez, agradeço a todos, nestes momentos o carinho e amor de quem nos quer bem é realmente o que nos acalenta o espírito."

Como aconteceu o crime
O crime foi cometido por dois homens que estavam numa moto. Segundo o jornalista, um deles aparentava ser adolescente, mas foi o mais velho que comandou toda a ação. O jornalista contou que o assalto durou, aproximadamente, 30 minutos. Ele ainda chegou a ser reconhecido pelo mais jovem, mas foi confundido com um policial.

Para ele, foi mais uma violência psicológica do que física. Segundo ele, os dois assaltantes aparentavam estar embriagados e drogados. "Eles só queriam o celular, na hora do nervoso, nem lembrei que tinha deixado na fazenda e falei que devia ter caído no carro", conta. O jornalista entregou a carteira com R$ 400, mas mesmo assim os ladrões ficaram irritados.

Jony contou ao CORREIO que precisou ir resolver um problema na fazenda de última hora e saiu, por volta das 18h30, para fazer um lanche em um posto de gasolina na BR-101. Para chegar até o local, trafegou por uma estrada de terra de cerca de 3 km. Quando estava voltando, precisou diminuir a velocidade por conta de uma linha férrea que tem na região e foi nesse momento que o jornalista foi abordado pelos assaltantes.

Só quando ouviu o barulho da moto dando partida é que o jornalista teve coragem de tentar sair do carro. "Meu carro era daqueles que tem uma cordinha para baixar o banco, eu consegui baixar e sair pelas portas do fundo. Só então vi que a parte da frente do carro já estava toda em chamas. Jogaram cachaça no carro e tocaram fogo", relembra.

O jornalista não soube estimar quanto tempo ficou preso no porta-malas. Mas quando achou que os bandidos já tinham saído do local, conseguiu sair do carro. Primeiro ele se escondeu no mato e depois começou a correr, pra sair dali. "Na estrada de chão me deram socorro e acionaram a Polícia Militar, que foi no local e encontrou meus documentos jogados no chão", conta.

Quase 24 horas depois do assalto, o jornalista conta que até agora está praticamente sem dormir. "Só pensava nos meus filhos", diz. Ele já havia sofrido um assalto em Salvador, mas nada que fizesse com que ele temesse tanto pela sua vida. "Foi terrível. Uma maldade sem sentido. Queriam me matar só por causa de um celular", comentou Jony, destacando que os bandidos estavam visivelmente transtornados.

Ele conta que ainda se sente como se estivesse "dentro de um pesadelo". "A vontade que da é de ir dormir pra acordar depois e descobrir que era apenas um sonho ruim", finaliza.

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