Foto: AFP
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanha, neste sábado (2), em São Bernardo do Campo, o velório do neto, Arthur Lula da Silva, de 7 anos. O garoto faleceu na sexta-feira, vítima de meningite. Ele chegou ao cemitério sob os gritos de "Lula, guerreiro do povo brasileiro" e de "Lula, Lula", entoado por militantes e apoiadores do PT.
Lula está escoltado por 26 agentes e dois delegados da Polícia Federal. A previsão é que o ex-presidente acompanhe o velório e a cremação, marcada para as 12h, e retorne ainda neste sábado para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena.
Lula deixou a carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, no Paraná, por volta de 7h deste sábado, e viajou, em um avião do governo do estado. Escoltado por policiais federais, ele chegou ao cemitério no fim da manhã. A juíza Carolina Lebbos, da 12.ª Vara Federal, autorizou, na sexta-feira, que o petista fosse à cerimônia.
Arthur Araújo Lula da Silva, filho de Sandro Luís Lula da Silva, um dos três filhos do ex-presidente com a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morreu na sexta, vítima de meningite meningocócica.
Carolina autorizou a participação de Lula no velório, mas ordenou o sigilo sobre os detalhes do deslocamento "a fim de preservar a intimidade da família e garantir não apenas a integridade do preso, mas a segurança pública".
Entrada de apoiadores
A entrada de apoiadores do ex-presidente foi liberada no Cemitério Jardim da Colina, onde ocorre o velório de Arthur. Foi pedido a eles que não se manifestassem dentro do cemitério, em respeito a Lula e a sua família. Antes da liberação, dezenas de apoiadores se aglomeravam na entrada do cemitério para prestar solidariedade. Eles ficaram em silêncio na maior parte do tempo. A grande maioria também não trajava camisas ligadas a Lula ou ao PT, nem portava bandeiras.
Preso
Lula está preso desde 7 de abril do ano passado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP). A pena é de 12 anos e um mês de prisão.
Em janeiro, o ex-presidente pediu autorização para sair da prisão e comparecer ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, que morreu em decorrência de câncer no pulmão. No entanto, o pedido foi negado pela juíza federal Carolina Lebbos.
A decisão foi confirmada pelo desembargador federal Leandro Paulsen, do TRF4, mas o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, aceitou recurso da defesa e autorizou a saída de Lula. A liminar foi proferida cerca de 30 minutos antes do sepultamento do corpo e Lula não foi ao enterro.
Com informações da Agência Brasil e Estado.
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