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Eduardo Bolsonaro afirma que imigrantes brasileiros ilegais são vergonha

17.3.19

/ por casinhas agreste

Eduardo Bolsonaro diz em Washington que brasileiros ilegais no exterior são ‘vergonha nossa’
Deputado afirma que EUA precisam exigir vistos para evitar que brasileiros se passem por turistas para emigrar
Paola De Orte, especial para O Globo

O Globo

WASHINGTON - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse na noite deste sábado em Washington que os brasileiros que estão em situação migratória irregular fora do país são uma “vergonha nossa”. A declaração foi feita quando o deputado comentava a possibilidade de o governo brasileiro isentar americanos da exigência de vistos para entrar no Brasil, sem a contrapartida do governo americano para liberação de vistos para brasileiros.

— Quantos americanos vão vir morar ilegalmente no Brasil, aproveitar essa brecha para entrar aqui como turista e passar a viver ilegalmente? — disse o deputado, que na quinta-feira foi eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. —  Agora vamos fazer a pergunta contrária: se os EUA permitirem que o brasileiro entre lá sem visto, quantos brasileiros vão para os Estados Unidos se passando por turistas e vão passar a viver ilegalmente aqui?

Quando questionado sobre por que o governo se preocupa com a situação dos brasileiros que entram de maneira irregular nos Estados Unidos, o deputado respondeu:

— Um brasileiro ilegalmente fora do país é problema do Brasil, isso é vergonha nossa, para a gente. Uma pessoa, um brasileiro que vai para o exterior e comete qualquer tipo de delito, eu me sinto envergonhado — afirmou. — Por exemplo, quando foram para a Indonésia e condenados à morte aqueles traficantes, eu fiquei com vergonha, poxa.

Em sua visita a Washington, onde chega neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro anunciará a liberação da exigência de visto para o ingresso de americanos, canadenses, australianos e japoneses no Brasil. A medida acontece de modo unilateral, ou seja, sem a exigência de reciprocidade.

Cerca de três milhões de brasileiros vivem no exterior, sendo mais de, 1,4 milhão nos Estados Unidos, de acordo com o Itamaraty. Segundo o Instituto Pew, de Washington, cerca de 130 mil brasileiros encontravam-se em situação irregular nos Estados Unidos em 2016. O número de brasileiros que ingressa nos Estados Unidos “caiu sensivelmente” de 2007 a 2017, diz o instituto, e a imigração irregular total nos EUA encontra-se no ponto mais baixo em 10 anos.

Jair Bolsonaro obteve 81,7% dos votos válidos nos EUA no segundo turno das eleições de 2018. Segundo uma pesquisa feita pela Época , 85% dos brasileiros que moram nos EUA dizem que as políticas de Donald Trump não melhoraram a vida de quem mora nos EUA, e 79% dos entrevistados consideram a política de imigração o pior ponto do governo do republicano.

'Jardim das aflições'
As declarações de Eduardo foram feitas após uma exibição do documentário “O Jardim das Aflições”, sobre o escritor Olavo de Carvalho, em um evento em sua homenagem no Trump International Hotel. Durante o evento, promovido por Steve Bannon, ex-estrategista do presidente americano Donald Trump, e pelo executivo do mercado financeiro Gerald Brant, o deputado disse que “sem Olavo, não haveria a eleição de Jair Bolsonaro”.

No evento, tanto Eduardo Bolsonaro quanto Olavo de Carvalho criticaram a imprensa brasileira. Olavo também criticou o candidato do PT às eleições do ano passado, Fernando Haddad, e “o comunismo”. Já Bannon disse querer apresentar o pensamento do filósofo para outros públicos além do brasileiro.

Duas vezes perguntado se estava otimista com o governo, Olavo de Carvalho respondeu que “não”, sem justificar o pessimismo. Ele também disse que o presidente está cercado de traidores. Há semanas, Carvalho tem usado as redes sociais para atacar setores militares do governo, sobretudo o vice-presidente, Hamilton Mourão, a quem já chamou de “vaidoso palpiteiro”. Ele chegou a escrever que “o maior erro da minha vida de eleitor foi apoiar o general Mourão”

Também estava na sessão o ex subsecretário para Assuntos Políticos dos Estados Unidos Thomas Shannon. Ao final da sessão, ele disse que a sessão foi “muito interessante” e que “nunca havia visto uma visita presidencial começar com um filósofo”.  Shannon também foi embaixador dos Estados Unidos no Brasil.

Olavo de Carvalho mora no estado americano da Virginia e participa amanhã de um jantar com o presidente Jair Bolsonaro, no primeiro compromisso do presidente brasileiro depois de desembarcar na capital americana, ao lado de Bannon e de jornalistas e intelectuais conservadores americanos.

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