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Pezão, Governador do Rio de Janeiro é preso pela Força Tarefa da Lava Jato

29.11.18

/ por casinhas agreste
Pezão é levado para presídio após prestar depoimento à PF
Governador foi preso nesta quinta-feira pela força-tarefa da Lava Jato no Rio. 
Após sair da Polícia Federal, ele passou por Benfica e foi para sala especial na Unidade Prisional da PM, em Niterói.

Por Lívia Torres e Anne Lottermann, G1 Rio e TV Globo

 O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB)(d), que foi preso na manhã desta quinta-feira, 29, em mais uma etapa da Operação Lava Jato, chega a Niterói, onde ficará preso em uma sala especial no Batalhão Especial Prisional — Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB)(d), que foi preso na manhã desta quinta-feira, 29, em mais uma etapa da Operação Lava Jato, chega a Niterói, onde ficará preso em uma sala especial no Batalhão Especial Prisional — Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB)(d), que foi preso na manhã desta quinta-feira, 29, em mais uma etapa da Operação Lava Jato, chega a Niterói, onde ficará preso em uma sala especial no Batalhão Especial Prisional — Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo

O governador Luiz Fernando Pezão deu entrada na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, às 16h06 desta quinta-feira (29).

Preso nas primeiras horas da manhã pela força-tarefa da Lava Jato, no Palácio Laranjeiras ele prestou depoimento por cerca de três horas na sede da Polícia Federal, de onde saiu pouco antes das 15h.

Pezão chega a Unidade Prisional da Polícia Militar em Niterói

Na chegada do comboio da PF que levou o governador, alguns manifestantes xingaram o governador. Na unidade, ele ficará em uma área especial, a Sala do Estado Maior, à qual tem direito por lei por ter sido preso no exercício do cargo.

Antes de ser levado para Niterói, ele passou por triagem na Cadeia Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte.

Pezão chega à unidade prisional da PM em Niterói/RJ

Após a prisão, o vice-governador, Francisco Dornelles, assumirá o governo interinamente. Ele comentou a prisão em entrevista à Globonews na tarde desta quinta.

“É um violência contra Pezão. Foi uma surpresa. Em primeiro lugar, vamos dar prosseguimento a todas as ações do regime de recuperação fiscal. Já conversei por telefone com o presidente Michel Temer, garantindo isso. Vamos também continuar com os trabalhos de transição. Falei hoje o governador eleito e já dei essa garantia a ele. Vamos procurar ter o melhor relacionamento com os principais poderes. Já conversei também por telefone com o presidente da Alerj, André Ceciliano. Marcamos de conversar pessoalmente agora pela tarde", disse.

Caso se ausente do cargo, como o presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani (MDB), também está preso, quem assume é o presidente do Tribunal de Justiça, Milton Fernandes de Souza.

O governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão é escoltado ao chegar à sede da Polícia Federal no Rio. Pezão foi preso nesta quinta (29) durante a operação 'Boca de Lobo' — Foto: Mauro Pimentel/AFP O governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão é escoltado ao chegar à sede da Polícia Federal no Rio. Pezão foi preso nesta quinta (29) durante a operação 'Boca de Lobo' — Foto: Mauro Pimentel/AFP
O governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão é escoltado ao chegar à sede da Polícia Federal no Rio. Pezão foi preso nesta quinta (29) durante a operação 'Boca de Lobo' — Foto: Mauro Pimentel/AFP

Operação Boca de Lobo
A força-tarefa da Lava Jato deu voz de prisão ao governador por volta das 6h no Palácio Laranjeiras, residência oficial do chefe do estado.

De acordo com os agentes, o governador se surpreendeu com a chegada da Polícia Federal e achou que era para cumprir um mandado de busca e apreensão no local, e não de prisão. No entanto, Pezão reagiu bem e chamou os advogados imediatamente – mas pediu aos policiais federais que o aguardassem tomar café.

Além do governador, outras seis pessoas foram presas nesta manhã. Entre elas, os secretários de Obras, Iran Peixoto Júnior, e de Governo, Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz, e o sobrinho do governador, Marcelo Santos Amorim.

Ao todo, 9 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça (veja lista abaixo).

Pezão deixa sede da PF rumo a Benfica fazendo sinal de positivo — Foto: Reprodução/TV Globo Pezão deixa sede da PF rumo a Benfica fazendo sinal de positivo — Foto: Reprodução/TV Globo
Pezão deixa sede da PF rumo a Benfica fazendo sinal de positivo — Foto: Reprodução/TV Globo

Batizada de Boca de Lobo, a operação é baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro de Sérgio Cabral. O ex-governador, de quem Pezão foi vice, também está preso.

Segundo o MPF, Pezão não só fez parte do esquema de corrupção de Sérgio Cabral como também desenvolveu um mecanismo próprio de desvios quando seu antecessor deixou o poder.

Segundo o MPF, há provas documentais do pagamento em espécie a Pezão de quase R$ 40 milhões, em valores de hoje, entre 2007 e 2015. De acordo com á PF, ele cobrava até 8% de propina dos contratos do governo em benefício próprio.

De acordo com o MPF, o valor é incompatível com o patrimônio declarado pelo emedebista à Receita Federal.

Na avaliação da força-tarefa da Lava Jato, solto, o governador poderia dificultar ainda mais a recuperação dos valores, além de dissipar o patrimônio adquirido em decorrência da prática criminosa. Segundo o MPF, o esquema de corrupção ainda estava ativo.

Resumo
A prisão preventiva foi determinada pelo STJ;
São nove mandados de prisão, incluindo a de Pezão, e 30 de busca e apreensão;
A decisão foi baseada em delação de Carlos Miranda, operador financeiro de Cabral;
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 39 milhões em bens;
São investigados os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.
Pezão é o quarto governador do Rio a ser preso
Prisão provocou manifestações, fogos, buzinaço e bolo em comemoração.
Nove mandados de prisão
Luiz Fernando Pezão, governador do Estado do Rio de Janeiro
José Iran Peixoto Júnior, secretário de Obras de Pezão
Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz, secretário de Governo de Pezão
Luiz Carlos Vidal Barroso, servidor da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico
Marcelo Santos Amorim, sobrinho do governador
Cláudio Fernandes Vidal, sócio da JRO Pavimentação
Luiz Alberto Gomes Gonçalves, sócio da JRO Pavimentação

César Augusto Craveiro de Amorim, sócio da High Control Luis
Com a prisão de Luiz Fernando Pezão nesta quarta-feira (29), quatro dos últimos cinco governadores eleitos do Rio de Janeiro estão ou já foram presos. Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus foram presos quando já não eram mais governadores do RJ. A exceção é Wilson Witzel, que toma posse em 1º de janeiro de 2019.

Crimes continuavam, diz Dodge
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que havia "infrações criminosas muito graves" ocorrendo no Rio de Janeiro ao explicar a prisão do governador.

Dodge afirmou que, embora as investigações sejam realizadas há algum tempo, as prisões foram necessárias porque crimes como o de organização criminosa e lavagem de dinheiro ainda estão em curso.

"Um dos crimes em curso é o de organização criminosa, continua atuando e especialmente à lavagem de dinheiro. A lavagem é o crime que se pratica após a corrupção e que consiste em ocultar onde o dinheiro está. Pelas informações, continua a ser feito", disse a procuradora.

"O crime de lavagem de dinheiro ainda está em curso", afirmou, ao justificar a prisão de Pezão às vésperas de fim do mandato, que se encerra em 31 de dezembro.




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