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Aos fatos: PSOL não está na lista da Odebrecht

2.4.16

/ por casinhas agreste

Nesta quarta-feira (23), o Jornal Nacional, da Rede Globo, divulgou de forma parcial informações sobre documentos apreendidos pela Operação Lava Jato na sede da empreiteira Odebrecht, que listam pagamentos que teriam sido feitos ou programados pela empresa para mais de 200 políticos de diversos partidos. A divulgação foi seguida por outros veículos de imprensa.

Os dados que constam ali são indícios importantes para a investigação e, na opinião do PSOL, devem ser apurados a fundo pela Justiça, cobrando explicações dos envolvidos.

O JN e parte da imprensa divulgaram, de forma abstrata, que o PSOL consta na lista como recebedor de dinheiro da Odebrecht. A Globo fez a escolha editorial de não explicar o que está de fato colocado nas planilhas da Odebrecht, argumentando “falta de tempo” e insegurança jurídica.

Nós, ao contrário da Globo, preferimos ir aos fatos.

Há duas menções ao PSOL na lista: o senador Randolfe Rodrigues (AP) e o candidato do partido ao Senado pelo Rio de Janeiro em 2010, Milton Temer.

Randolfe Rodrigues nem sequer está filiado ao PSOL – o senador migrou para a Rede Sustentabilidade em 2015. Sua última declaração eleitoral como filiado ao partido foi em 2010, quando se elegeu senador, e teve menos de R$190 mil gastos, valor muito abaixo do que consta nos documentos da empresa. Em nota, o senador alegou não ter nenhuma relação com qualquer pessoa da Odebrecht, ressaltando o fato de não ter sido candidato em 2012 ou 2014, anos abarcados pelos documentos. Consideramos que os dados devem ser averiguados e, caso haja indício de ilegalidades, que o senador preste as explicações necessárias à Justiça.

No caso de Milton Temer, o próprio explica: “O PSOL aparece em função de doação feita diretamente em minha conta de campanha, sem passar pelo partido, por empresas distribuidoras de bebidas”. Milton Temer se colocou à disposição dos órgãos internos do PSOL para as explicações que forem necessárias, ainda que ressaltando o caráter legal da doação de empresas que não são vetadas pelos estatutos partidários.

Como explicado em nota pública do presidente nacional do partido, Luiz Araújo, os estatutos do PSOL vetam explicitamente o recebimento de doações de empreiteiras, bancos e do agronegócio. Assim, a doação recebida por Temer não fere as regras partidárias.

A Globo preferiu, por exemplo, não dizer que além de políticos as planilhas de fato citam doações milionárias a partidos através de seus diretórios nacionais. O PSOL não está nessa lista. A divulgação de informações dessa forma representa uma escolha editorial da emissora irresponsável com a democracia e a verdade dos fatos. Sem explicação, a reportagem fere diretamente o direito do público à informação correta e sem distorções.

O JN passa uma mensagem clara de que todos os políticos seriam iguais, na tentativa de, colocando todos “no mesmo saco”, impedir o fortalecimento de alternativas independentes e de esquerda, como é o caso do PSOL. Não é a primeira vez que a emissora tenta nos vincular ao escândalo investigado pela Lava Jato – há pouco tempo, o mesmo Jornal Nacional trocou a logomarca do Solidariedade, partido com um deputado investigado, pela do PSOL em matéria sobre o tema.

O PSOL lembra ainda que é o único partido com representação institucional que não recebeu sequer um centavo de empreiteiras nas últimas eleições. Nossa posição de combate à corrupção parte, também, da coerência de se manter independente a esse jogo.

Nosso departamento jurídico avalia neste momento as medidas cabíveis contra a emissora, em caso de não retratação formal.

Fonte: PSOL

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