Riacho das Almas e Santa Cruz do Capibaribe ficarão sem água até sábado.
Balsa será instalada para retirar água do volume morto do reservatório.
Do G1 Caruaru
Barragem de Jucazinho, em Pernambuco, em imagem de setembro de 2015 (Foto: Paula Cavalcante/ G1)
A barragem de Jucazinho em Surubim, no Agreste de Pernambuco, vai parar pelos próximos dois dias. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), uma balsa flutuante será instalada para captar água pelos próximos dois meses para evitar o colapso do reservatório. O sistema será paralisado das 6h da quinta-feira (14) até às 6h do sábado (16). Com a suspensão do abastecimento, Santa Cruz do Capibaribe e Riacho das Almas ficarão sem água.
Segundo George Ramos, coordenador técnico da Gerência Regional do Alto Capibaribe, apenas hospitais, escolas e postos de saúde terão água fornecida por carros-pipa - o restante da população precisará aguardar o retorno do abastecimento conforme o calendário da Compesa.
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Ao G1, Ramos explicou que a barragem vive um dos piores momentos dos últimos 15 anos. Ela está com 1,8%, o que corresponde a 5,8 milhões de metros cúbicos - a capacidade total é de 327 milhões de metros cúbicos. Ele disse que a suspensão no abastecimento será necessária para instalar uma balsa flutuante que irá permitir a captação da água do ponto mais profundo da barragem.
De acordo com a assessoria de imprensa da Compesa, "a iniciativa irá prolongar a retirada de água por mais dois meses, evitando o colapso do abastecimento para 12 cidades do Agreste atendidas pelo Sistema de Jucazinho". O volume morto da barragem vem sendo explorado desde novembro de 2015 com uma bomba instalada de forma provisória. Com a redução do nível da barragem, a bomba será remanejada para a balsa flutuante.
Ainda segundo a assessoria, "se não chover até março, a barragem entrará em colapso". Os municípios abastecidos por Jucazinho são: Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Surubim, Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Frei Miguelinho, Vertentes e Toritama. A vazão é de 50 litros de água por segundo. “Temos esperança que chova nos próximos meses e que Jucazinho consiga recuperar o seu nível para que possamos melhorar a distribuição de água nessas cidades”, afirmou George Ramos.


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