Famílias permanecem assentadas em terrenos invadidos
Assentados aguardam diálogo com a Prefeita
"Dezenas de famílias invadiram um terreno da Prefeitura de Casinhas na manhã desta quarta (26),o terreno fica localizado próximo a Unidade Mista Cecília Leal de Miranda (UMCLM) na vila Feliz.
A ocupação iniciou sábado (23), informações que as famílias demarcaram o terreno e a Prefeita enviou um representante da Secretaria juntamente com a Polícia Militar de Pernambuco e propôs recebê-los na Prefeitura nesta quarta. Após a negociação, os moradores atenderam ao pedido e aguardaram até a data marcada.
De acordo com a constituição Federal, Todo cidadão brasileiro têm direito a uma moradia e vida digna para sobreviver juntamente com a família, é um dever do País, Estado e Município garantirem a todo cidadão brasileiro o direito a educação, saúde e habitação.
No Município de Casinhas, há uma grande desigualdade econômica e social, área territorialmente produtiva com cerca de 90% da população residente na área rural com terras produtivas em toda a sua extensão e com capacidade de exportar produtos para outros países, Estados e Municípios.
Na sede do Município, enfrenta um problema crônico que há longos anos têm marginalizado parte da população conhecidos como as mais pobres e carentes, a massa marginalizada, tomada pelo desemprego, saúde, educação, violência e um dos piores problemas destas famílias de não ter um teto para morar.
O Protesto e invasão.
"Diante a situação calamitosa, Um grupo formado por dezenas de moradores saíram às ruas em direção a Prefeitura Municipal de Casinhas para tentar um diálogo com a Prefeita do Município, Maria Rosineide Araújo Barbosa, que havia prometido na manhã de hoje (26), receber as famílias sem um teto para morar, o que seria um diálogo com a Prefeita virou um protesto pelas ruas da cidade. “O que foi motivado pela desatenção da Prefeita que não recebeu estas famílias”. Afirmou um agricultor.
Fato que revoltou a classe trabalhadora cansados de promessas saiu às ruas em passeata até a câmara de Vereadores da cidade, informações que chegaram a Casa Manoel Veiga de Lira e Silva, o Presidente José Edílson (Sinha do Junco) não recebeu às famílias que logo em seguida seguiram em direção às terras invadidas e decretando verbalmente o termo de posse.
Sem resposta da prefeitura e Presidente da câmara, os moradores permanecem definitivamente nos terrenos com a promessa de continuar até um posicionamento da Prefeita do Município.
Moradores afirmam que a posse da terra vai continuar
Em conversa com um agricultor, Antônio Andrade do Carmo (50) anos de idade, disse a reportagem. “Desde sábado (23) que começamos o movimento pela posse da terra, hoje é quarta feira estamos aqui, ninguém quer barulho com ninguém, apenas a gente quer o chão para agente construir que todo mundo precisa”.
Ainda continuando a reportagem o agricultor Everaldo Ulisses de Oliveira, pai de dois filhos. Disse. “A turma foi à prefeitura lá mandou avisar que quarta feira, que é hoje, estava esperando na Prefeitura para conversar com o pessoal, trocar diálogo a turma chegou lá e não estava ninguém, ela mandou o recado que não queria conversa com ninguém,assim agente ficou sabendo,mandou o fiscal que faz parte da prefeitura, agente quer que ela legalize o terreno para agente construir o barraco d agente, só isso que queremos. Dependo de R$ 70.00 (Setenta reais) que eu recebo da Bolsa Família”.
A doméstica conhecida como “D.Ina”, também realizou uma série de declarações a respeito da invasão do terreno. ”Isso aqui foi comprado pela Prefeitura prá fazer casas,até hoje não saiu,foi dado a algumas pessoas e todo mundo revoltou-se com isso, se um pode todo mundo têm direito, então um começou, dois começou, três começou e juntou todo mundo e vamos marcar, não têm líder aqui, não têm cabeça não têm nada é todo mundo junto.
Continuando a série de entrevistas, às famílias continuavam firme no que estavam declarando, embaixo do sol, com muita força de vontade de ganhar o terreno da Prefeitura a moradora Dona Maria José de Souza Silva, mãe de três filhos, disse: “Os meus três filhos não têm casa para morar, vivem em casa de aluguel, tenho um filho que recebe R$ 212,00, desse dinheiro é para tirar R$ 112,00 para fazer a feira e R$ 100 para pagar aluguel,quinta feira fui na Prefeitura cheguei lá de 06:00 horas da manhã saí de 5:00 da tarde, entrei no
gabinete dela (Prefeita) falei com ela, disse que não estava dando terreno de chão a ninguém,mas ela deu a um e outro não, ela deu a três pessoas,sabe que agente precisava ela não deu,aí agente se reuniu e invadiu. Outra moradora de nome Maria de Fátima,, disse. “ Agente quer uma casa para os filhos da gente, deram a um e a outro não. “Não adianta”.
Em conversa com uma mãe de família, falou das grandes dificuldades para ajudar os filhos que não têm um teto para morar, disse: “Têm muitas mães que têm seus cantos, mas todas elas têm netos, filhos, nora, tudo dentro de casa, porque não pode pagar o aluguel, eu vivo de uma bolsa família de R$ 112,00, não tenho marido,tenho dois filhos que precisam,estou aqui também e vou lutar junto com o povo, vai ser todo mundo junto, se sair um vai sair todos, se não um não vai sair nenhum”.
Outro morador falou da importância de ganhar um terreno, José Nivaldo (36) anos de idade, disse-nos. “Quero ter minha casa, como os meninos aí que não têm um lugarzinho para morar, aparece esse chão aqui, eu mais os outros peguei esse chão aqui para mim também, sou filho de Deus tenho esse direito, feito os meninos aí agente precisa, dinheiro agente não têm para comprar um chão agente precisa de um chãzinho para fazer uma moradia”
Continuando a conversa, ainda o Senhor Antônio disse-nos: “Quero dizer em nome de todos, que aqui ninguém está fazendo protesto para destruir patrimônio público, nem está fazendo rebelião, em está destruindo nada de ninguém, o que o povo quer é uma moradia digna, que todo mundo merece”. O morador encerra a conversa sobre aplausos.
Ana Maria, casada, ”não tenho casa para morar, moro de favor na casa de minha sogra, estou aqui na batalha de um terreno eu quero construir minha casa e não tenho casa para morar,.
Na reportagem quem colaborou foi Francineide Barbosa a Silva, fui quinta feira para falar com Rosineide Barbosa pedir um chão para fazer a minha casa, porque onde moro, é um terreno são dos meus sogros, e casa de sogro e sogra não é minha, quero um canto para fazer para mim, dizer que é meu, ela falou que não podia dá e não deu terreno a ninguém não, quando o pessoal falou que ela deu os terrenos, falou que não era para dizer, que o terreno era comprado, dizer que não foi ela que deu, todo mundo disse e todo mundo invadiu.
Dona Josefa, moradora do Sítio Umari de Casinhas. “Tenho uma filha que paga aluguel, todo mês é R$150 como é que vai? Como o povo invadiu, o rapaz foi e pegou um terreninho para ela, viu que ela não tem casa para morar, ela precisa como todos aqui precisam, ela é Prefeita, sou do partido dela, só que peço, ajude o pessoal que precisa que é necessitado, ainda não tivemos uma resposta, o fiscal pegou o nome de várias pessoas, como mãe veio representar a minha filha”.
O agricultor Edinaldo (53) anos de idade, conversou com a reportagem, Disse: “Estamos aqui desde sábado, até agora não tive nenhuma resposta, e estou para o que der e vier”.
Valdete,mãe de duas filhas, mora na casa da mãe há mais de quatro anos. “Não tenho casa ainda, e o terreno quero conseguir para construir a casa da gente, moro na casa da minha mãe ainda, aguardo uma resposta para construir a casa da gente”.
Casinhas Agreste
www.casinhasagreste.com.br
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