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Mercado reage bem à proposta do governo para equilibrar contas públicas

31.3.23

/ por casinhas agreste

O Ibovespa fechou em alta de 1,89% e o dólar comercial caiu 0,72%. Projeto precisa da aprovação do Congresso.


Por Jornal Nacional


O projeto da nova regra fiscal apresentado nesta quinta-feira (22) precisa da aprovação do Congresso, e foi bem recebido pelo mercado.
O economista Samuel Pessoa, da Fundação Getúlio Vargas, considerou positiva a proposta. Segundo ele, o novo governo demostra estar empenhado em colocar as contas em ordem, para estabilizar o crescimento da dívida pública.
“O tempo todo, se reconhece a situação atual como uma situação deficitária, se reconhece a necessidade de se reconstruir uma situação fiscal sólida e isso já é um começo que eu acho excelente. Eles propuseram uma trajetória de superávit primário com uma banda - acho esse princípio bom. E os números que eles projetam são números que, se obtidos, ajudarão na estabilidade da dívida, que ainda crescerá nos próximos anos, mas com uma perspectiva de estabilização à frente. O que - como o mercado financeiro olha pra frente -, se os números forem críveis, estabiliza muito os preços de mercado. É positivo”, afirma.
Marcos Mendes, pesquisador do Insper, defendeu que o superávit - a economia que o governo faz para pagar juros da dívida - seja maior.
“O ideal é que se caminhe da forma mais rápida possível em direção a um superávit que efetivamente estabilize a dívida. Com esses números colocados pelo governo, com as regras de receita e despesa e com as metas de superávit colocadas, a dívida não se estabiliza tão cedo”, afirmou.
A economista Vilma Pinto, diretora da Instituição Fiscal Independente do Senado, avaliou que é possível cumprir a nova regra e avançar para medidas que levem a um aumento do investimento público.
“É um esforço e um compromisso que o governo tem assumido com o ajuste fiscal. E esse esforço, se ele ocorrer da forma como está sendo proposto, zerando o déficit no ano que vem e chegando até um superávit em um médio prazo, eu acho que contribui positivamente para as contas públicas. Acredito que seja possível cumprir essa regra de crescimento de despesa, esse teto de gastos que foi definido. E foi definida uma banda, então tem um limite mínimo e um limite máximo ali como determinante desse teto de despesas. Mas acredito que seja, sim, possível o seu crescimento no médio prazo”, disse.
Pouco antes do anúncio oficial das medidas, em um evento do Banco Central, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, elogiou o esforço do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para construir a nova proposta. Nesta quinta-feira, o BC elevou de 1% para 1,2% a previsão de alta do PIB neste ano.
“Tenho bastante convicção que o ministro Haddad está muito bem-intencionado. Tem uma luta dura pela frente e tem que fazer. Nós temos que reconhecer isso. Temos trabalhado juntos. Então eu diria que, do nosso lado, nós estamos fazendo um trabalho técnico. Precisamos explicar que esse trabalho técnico tem um custo a curto prazo, mas que não fazê-lo tem um custo muito maior, e mostrar as vantagens de ter uma inflação sob controle, em específico do ponto de vista social”, afirmou Campos Neto.
Fernando Haddad afirmou que o governo vai enviar a proposta, um projeto de lei complementar, para análise do Congresso na semana que vem, e já negocia com parlamentares para que o texto seja aprovado o mais rapidamente possível.

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