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Polícia Federal faz operação contra atos antidemocráticos em Campos dos Goytacazes

16.1.23

/ por casinhas agreste

Investigadores cumprem cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária de suspeitos de organizarem atos em frente à quartéis do Exército, e participar ou financiar dos atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília.
Por Matheus Moreira, g1


Bolsonarista radical durante ataques terroristas aos prédios dos poderes em Brasília, em 8 de janeiro  — Foto: Eraldo Peres/AP



A Polícia Federal deflagrou, nesta segunda-feira (16), uma operação em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, contra atos antidemocráticos após o segundo turno das eleições e naqueles que culminaram na invasão às sedes dos três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.

A operação, chamada de Ulysses, visa cumprir cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária de pessoas suspeitas de liderarem bloqueios de rodovias que passam pela cidade.

Os suspeitos são investigados por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.

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Os investigadores trabalham também para apurar a organização das manifestações em frente aos quartéis do Exército em Campos dos Goytacazes, bem como a participação dos investigados na organização e financiamento dos atos terroristas que levaram à invasão das sedes dos três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro.

"Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos. Além disso, com o cumprimento hoje dos mandados judiciais, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa.", diz comunicado da Polícia Federal.
Relembre os atos terroristas no DF
Bolsonaristas radicais, golpistas e criminosos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto —sede da Presidência da República, em Brasília.

Foi um ataque terrorista sem precedentes à democracia brasileira. Os terroristas bolsonaristas invadiram e depredaram às sedes dos três Poderes. Quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.

Ainda não é possível dizer qual foi o tamanho total do prejuízo ao patrimônio público. Pelo menos 1.300 pessoas foram presas, incluindo o ex-secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça Anderson Torres, indicado pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

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O ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto, também foi preso.

As prisões de Torres e Augusto aconteceram após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Lula decreta intervenção federal no DF
O presidente Lula, que estava em SP no momento dos atentados, voltou a Brasília ainda na noite daquele domingo (8) e decretou intervenção federal para assumir a segurança pública do Distrito Federal.

Lula escolheu o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública Ricardo Cappelli para ser o interventor e comandar a operação.

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Cappelli é jornalista e foi escolhido pelo ministro Flávio Dino para ser o segundo no comando da pasta da Justiça. O interventor federal foi secretário de comunicação de Flávio Dino quando o ministro governou o Maranhão.

O que é uma intervenção federal?
A intervenção acontece quando a União assume as funções da segurança pública, neste caso no Distrito Federal. Uma intervenção como essa é restrita às forças de segurança e não retira o governador Ibaneis Rocha do cargo.

Após o presidente decretar uma intervenção federal, o Congresso Nacional tem 24 horas para analisar o decreto. A análise pelos parlamentares da Câmara dos Deputados aconteceu em sessão extraordinária no dia 9 de janeiro e foi corroborada pelo Senado Federal no dia seguinte.

Com aval do Congresso, os órgãos de segurança no DF ficam sob responsabilidade de Cappelli como interventor federal. Durante o período, Cappelli responderá diretamente ao presidente da República.

Esta reportagem está em atualização.

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