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Surubim a Capital nacional da Vaquejada traz João Gomes, Tarcísio do Acordeon, Wesley Safadão e Raí Saia Rodada

7.7.22

/ por casinhas agreste
Vaquejada de Surubim Foto: reprodução Maluma Marques
Após dois anos distante do público, artistas se apresentam na tradicional vaquejada de Surubim, no Agreste de Pernambuco, o evento acontece nos dias 16 e 17 de setembro deste ano no Parque J. Galdino, às margens da rodovia PE-90. Este ano atrações de nome nacional estará se apresentando na sexta-feira, como Limão com Mel, Tarcísio do Acordeon , João Gomes e Vitor Fernandes. No sábado sobe ao palco Wesley Safadão, Erci Land, Raí Saia Rodada e Taty Guel. Os ingressos podem ser comprados pela internet no
Site recifeingressos .
O Parque J. Galdino após dois anos parado devido a pandemia, está passando por uma reforma estrutural para apresentar melhor comodidade para os forrozeiros de plantão.

A Voz do Planalto - A vaquejada é a manifestação esportiva mais genuína do povo brasileiro. Reflete o modo de vida do povo nordestino. Até o momento não teve esse reconhecimento amplamente credenciado, mas o descaso está com os dias contados.
Através de uma pesquisa detalhada, surge Memórias das Vaquejadas de Surubim – A História da Vaquejada Mais Antiga do Brasil, do jornalista, escritor e poeta Fernando Farias Guerra. O livro é um documento histórico, resultado de longos anos de pesquisa, e inclui imagens de reportagens feitas pelo Diário de Pernambuco em agosto de 1937 e anos posteriores, além da ampla cobertura da revista O Cruzeiro, a maior do Brasil à época, no ano de 1949.
O autor conta que desde 2003 procurou saber as raízes da vaquejada de Surubim. “Identificamos que a primeira ocorreu em 1937”. Foi introduzida pelo prefeito Paulo Mota. Ao recolher depoimentos, Fernando descobriu que a vaquejada nasceu no campo. Suas raízes estão ligadas ao trabalho do vaqueiro. “Com a diminuição dos cercados e a chegada do arame farpado, as fazendas que não tinham divisão foram sendo divididas. As festas de apartação, que era o ajuntamento do gado das fazendas da região, aconteciam nas fazendas mais estruturadas”, explica o escritor. Em geral, o vaqueiro fazia uma demonstração da queda do boi, mas esse tipo de exibição perdeu a finalidade porque as fazendas foram se isolando devido às divisões particulares.

Fernando conta que a origem da vaquejada deu-se dentro de uma “visão lúdica de corrida, de competição, que é próprio da natureza humana”. Foi através de pesquisas, que incluem fatos do século XIX e início do século XX, que o autor descobriu que a primeira vaquejada ocorrida no Brasil, dentro do perímetro urbano, foi em Surubim. O Estado do Ceará reivindica o título de detentor da primeira vaquejada do País, mas a pesquisa feita pelo escritor prova que essa afirmativa não condiz com a verdade dos fatos. Ele tem em mãos registros fotográficos e a histórica edição do Diário de Pernambuco de 7 de agosto de 1937. “Temos uma documentação farta”, garante.
No período, o poeta Ascenso Ferreira foi aclamado presidente da vaquejada. Ao Diário, Ascenso disse o seguinte: “Contam-me vitórias do povo de Caruaru e outros municípios nos jogos de futebol. Isso para mim é uma tristeza. Como seria interessante que em lugar desse esporte todo de fora, cuidássemos daquilo que é eminentemente nosso; uma derrubada, uma apartação de gado, etc. Poderíamos promover nesse sentido reuniões interessantíssimas em nossas fazendas, o que viria a contribuir para a perpetuação dos costumes da terra”.

O berço – Surubim é a terra e “berço da vaquejada urbana moderna”, escreveu o publicitário e escritor José Nivaldo Jr. em artigo publicado no jornal Terra da Gente. Nivaldo Jr. é prefaciador de Memórias das Vaquejadas de Surubim. “É um livro destinado a ficar como um marco da historiografia pernambucana”, frisou o publicitário.
“1949 foi o ano em que o Brasil inteiro tomou conhecimento da existência da vaquejada”, afirmou Fernando. Naquele ano foi feito um documentário, com o apoio do Ministério da Agricultura, que acabou sendo exibido nos cinemas de todo o Brasil. A revista do ministério também deu amplo espaço ao evento.
O livro traz o levantamento da história dos vaqueiros, um capítulo sobre o cavalo crioulo, animal usado nas primeiras vaquejadas, fotos ilustrativas que registram passagens inesquecíveis, grandes nomes e heróis das vaquejadas e a evolução do esporte.
O registro histórico foi dividido em três ciclos: os primeiros eventos, a ampla notoriedade país afora e a evolução das novas regras de vaquejada, além da criação do parque J. Galdino.

O filme de 1949 foi restaurado e está à disposição do público. O lançamento está marcado para o dia 13, no Restaurante Capitu, onde também funciona a sede do jornal Correio do Agreste, cujo diretor é o próprio Fernando Guerra, e no dia 14, no Parque J. Galdino. Na ocasião haverá o show da dupla Sirano e Sirino.
Não é à toa que Surubim é capital da vaquejada. A cidade pernambucana foi originada de uma fazenda de gado e seu nome foi dado em homenagem ao boi Surubim, atacado e devorado por uma onça. Essa história do homem nordestino e da lida com o gado é mantida até hoje. O tempo passou, a história tomou forma de festa e hoje a cidade é palco da mais famosa e tradicional das vaquejadas, realizada no Parque J. Galdino.
Este ano Surubim comemora 85 anos de vaquejada. A festa, que começou como brincadeira entre fazendeiros amigos, teve o apoio de seu Dão, patriarca da família Galdino, é responsável por tornar a cidade conhecida nacionalmente. A vaquejada acontece no Parque J. Galdino, localizado próxima a rodovia PE-90e. "O parque foi construído no início da década de 70 pelo meu avô, Dão Galdino", contou João Galdino Neto.
Netos de seu Dão, João e Guilherme aprenderam não só a correr, mas herdaram do avô o talento para organizar grandes vaquejadas. Atualmente eles são os responsáveis pela festa no Parque J. Galdino e recebem o apoio e colaboração de toda família. "É uma satisfação muito grande que sentimos em poder dar continuidade ao que nosso avô e nossa vó, Dona Tila, construíram. Sabemos da importância dessa festa não só para a história da cidade. A vaquejada de Surubim mantém a cultura local", disse João.
Muita gente se encontrou e viveu com toda intensidade a cultura nordestina nos arredores da vaquejada de Surubim. A festa foi imortalizada através de versos que viraram música, fosse pelo Quinteto Violado ou pela dupla Sirano e Sirino. A cada ano, cerca de 100 mil pessoas circulam pelo Parque J. Galdino nos quatro dias de festa.

Texto: Portal Vaquejada

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