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Doença dos Macacos é notificada na cidade de Paulista, em Pernambuco

7.7.22

/ por casinhas agreste

Primeiro caso suspeito de varíola dos macacos é notificado pelo governo de Pernambuco
Segundo Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), paciente tem 25 anos, mora em São Paulo, teve contato com europeus e veio visitar parentes em Paulista, no Grande Recife.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) fez a primeira notificação de um caso suspeito de Monkeypox, doença conhecida como varíola dos macacos, no estado. Segundo o governo, o paciente, de 25 anos, mora em Guarulhos (SP) e veio visitar parentes em Paulista, na Região Metropolitana do Recife.
A notificação pelas autoridades de saúde foi feita na terça (5) e confirmada, por meio de nota, nesta quarta (6). Ainda de acordo com o governo, o paciente com o caso suspeito chegou a Pernambuco no dia 23 de junho (veja vídeo abaixo).
Ministério da Saúde confirma 76 casos de varíola dos macacos no país
Até o domingo (3), o Ministério da Saúde havia confirmado 76 casos de varíola dos macacos no país. As notificações foram registradas em seis estados e no Distrito Federal (DF).

Em junho, a Secretaria Estadual de Saúde emitiu nota técnica para os serviços de saúde sobre as diretrizes a serem adotadas para vigilância da doença.

Até esta quarta, conforme o governo, nenhum familiar do paciente tinha apresentado sintomas da doença.

Investigação
Ainda de acordo com o estado, a investigação epidemiológica constatou que o paciente teve contato com europeus em uma comemoração em São Paulo, onde mora.

A SES-PE disse, ainda, que, no dia 30 de junho, ele começou a apresentar quadro de febre, aumento dos linfonodos do pescoço, erupção cutânea, além de linfonodos inchados na região genital e virilha.

Diante disso, o paciente procurou atendimento na AHF Brasil - Clínica do Homem Recife, na segunda (4).

A AHF é uma unidade especializada em prevenção, diagnóstico e tratamento de IST, com foco no público masculino. A unidade atua em parceria com o Programa de IST/HIV/Aids, da SES-PE.
No serviço, foi realizado teste de triagem para detecção de sífilis, que apresentou resultado negativo, além da coleta de swab nasofaríngeo e esfregaço da lesão para análise e determinação de diagnóstico.

As amostras coletadas serão encaminhadas para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, referência para o diagnóstico da Monkeypox.

“O Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) também realizará investigação para detecção de outras doenças (arboviroses, exantemáticas, enterovirus, vírus respiratórios clamídia”, informou a SES-PE.

Ainda de acordo com informações do estado, o paciente apresenta quadro de saúde considerado estável e está em isolamento domiciliar.

Secretaria também realizou a notificação do caso ao Ministério da Saúde (MS) e monitora o caso junto à Secretaria Municipal de Saúde de Paulista.

O município faz o acompanhamento, coleta de exames complementares e a vigilância dos contatos próximos.

Doença
Apesar do nome, a doença viral não tem origem nos macacos, apenas foi identificada pela primeira vez nesses animais. A transmissão pode ocorrer através do contato com animal ou humano infectado.

O contágio entre humanos ocorre por meio do contato direto com secreções respiratórias, lesões na pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, ou a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados.

Veja formas de transmissão
Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
Da mãe para o feto através da placenta;
Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Conheça os sintomas
Os principais sintomas da varíola dos macacos são:

febre
dor de cabeça
dores musculares
dor nas costas
gânglios (linfonodos) inchados
calafrios
exaustão
Como se proteger
O uso de máscaras, distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.

G1 PE

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