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Aluno morre e instrutor fica ferido após salto de paraquedas; polícia interdita clube no Grande Recife

26.11.21

/ por casinhas agreste

Sérgio Eduardo Correia, de 54 anos, e instrutor identificado como Bruno usaram equipamentos do Vertical Jump, em Igarassu, que estava com documentação irregular, segundo governo.


Clube Vertical Jump, em Igarassu, no Grande Recife, foi interditado em ação da polícia e do Procon de Pernambuco, após morte de aluno de paraquedismo — Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação


Um aluno morreu e um instrutor ficou ferido após um salto de paraquedas, em Cruz de Rebouças, distrito de Igarassu, no Grande Recife. A Polícia Civil interditou o clube de paraquedismo e trata o caso como acidente.

A família de Sérgio Eduardo Rodrigues Correia, de 54 anos, o homem que morreu, cobra providências. “Ainda queremos saber o que aconteceu”, afirmou a irmã dele, Marília Correia.

Por meio de nota, divulgada nesta quinta, a polícia informou que o salto que provocou a morte ocorreu no sábado (20). Sérgio Eduardo e o instrutor, identificado como Bruno, saíram do clube Vertical Jump e tiveram problema no pouso.
Sérgio Eduardo, que morreu após salto de paraquedas, tinha 54 anos — Foto: Reprodução/WhatsApp


“Ele disse, quando ainda estava sendo levado para o hospital, que teria ouvido do instrutor que algo tinha dado errado”, contou Marília.

Sérgio foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Cruz de Rebouças, em Igarassu, e depois para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, mas teve que ser transferido para o Hospital da Restauração (HR), no Derby, na área central do Recife.

A irmã de Sérgio, Marília Correia, disse que ele sofreu três fraturas de costela e duas de vértebras, além de um problema na perna.

“Ele foi levado consciente para o hospital. Quando fizeram a cirurgia descobriram que o trauma era bem maior. ele não aguentou e morreu na terça (23)”, afirmou.


Na nota, a polícia informou que o instrutor está internado. A irmã de Sérgio Eduardo relatou que o instrutor é militar e está em um hospital das Forças Armadas, com fratura no tornozelo.

Marília afirmou, ainda, que, desde sábado, aguarda informações precisas do clube de paraquedismo sobre as circunstâncias da queda.

“A gente pediu as imagens das gravações e não nos entregaram até agora. O responsável pelo clube trouxe os objetos do meu irmão e não deixou a gente ir até lá”, declarou Marília.

De acordo com ela, Sérgio Eduardo era funcionário público e deixou uma filha, que está grávida. “É por ela que estamos lutando agora. Estamos pensando em processar a empresa. Não adianta só punir o instrutor. Queremos justiça”, afirmou.

Em entrevista ao g1, por telefone, o delegado Albéres Félix, que investiga o caso, disse que realizou uma operação para apreender documentos e objetos no clube de saltos.

“Pegamos o paraquedas para fazer análise. O clube fica interditado por causa da investigação. A princípio, estamos tratando com acidente., mas podemos descobrir depois se houve imprudência, imperícia ou outro problema”, comentou.

O policial afirmou que vai usar os 30 dias de prazo para concluir o inquérito. “Estamos ouvindo as pessoas e queremos saber qual problema houve pouso”, comentou.


Na nota a polícia a Delegacia de Cruz de Rebouças “está realizando todas as diligências necessárias para o esclarecimento do fato”.

Fiscalização
Procon interditou clube de paraquedismo após morte de aluno, em Igarassu, no Grande Recife — Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação
Procon interditou clube de paraquedismo após morte de aluno, em Igarassu, no Grande Recife — Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação

Nesta quinta, o Procon de Pernambuco realizou uma fiscalização, em parceria com a polícia, no aeródromo da Coroa do Avião, em Igarassu. Na ação, houve a interdição do clube de paraquedismo.

Segundo a Secretaria de Justiça do estado, o estabelecimento operava com documentação irregular. O certificado de pessoa jurídica (CNPJ) , segundo o secretário Pedro Eurico, era da Paraíba e a empresa não poderia operar em Pernambuco.

Por meio de nota, o Procon disse que um dos funcionários da Vertical Jump foi levado para delegacia para prestar esclarecimentos sobre os protocolos de emergência adotados e ao socorro prestado à vítima.


“O que aconteceu não pode se repetir. Manter o pleno funcionamento do estabelecimento mesmo após um acidente grave como o que ocorreu e ainda utilizando os mesmos instrumentos que podem ter sido a causa da ocorrência é uma irresponsabilidade e uma falta de respeito não só com a vítima, mas com todos os outros clientes”, afirmou o secretário de Justiça Pedro Eurico.

O Procon disse também oficiou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para conhecimento do caso e para que seja apurada a regularidade da empresa responsável pelo voo.

O g1 entrou em contato com a Vertical Jump. Na primeira ligação, uma mulher que se apresentou como funcionária repassou um outro número de telefone que seria do dono do clube. A reportagem tentou contato, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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