Portal Folha de Pernambuco
Nesta sexta-feira (23), o Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-PE) finalizou mais uma rodada de sequenciamento genético de amostras positivas para a Covid-19 colhidas no Estado.
Entre elas está a da profissional de saúde que atua em Pernambuco e testou positivo após ter contato com os tripulantes do navio cargueiro Shoveler, que é de bandeira cipriana e está atracado no Recife desde o começo do mês por causa de um surto da doença, com casos confirmados da variante Delta, oriunda de mutação ocorrida na Índia.
De acordo com o sequenciamento, a profissional havia sido infectada pela variante Gama (P.1), oriunda no Amazonas e predominante em Pernambuco há alguns meses.
No total, foram analisadas 147 amostras coletadas em 25 municípios pernambucanos entre os meses de abril e julho deste ano, além do material biológico de mais um filipino do Shoveler.
Desse montante, 144 (98%) positivaram para a P.1. Outras duas amostras (1,3%) positivaram para a variante Alpha, originária no Reino Unido. Ambas foram de pacientes de Caruaru, no Agreste: uma mulher de 45 anos e um homem de 22, que adoeceram entre abril e maio.
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Nessa nova análise, uma única amostra foi positiva para a Delta, de mais um tripulante do Shoveler, de 58 anos, que apresentou sintomas leves e já está recuperado.
O caso é o terceiro da variante Delta em Pernambuco, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Antes, dois outros filipinos foram diagnosticados com a cepa.
Um deles segue internado em um leito de enfermaria de uma unidade de saúde privada do Recife, mas tem quadro estável.
Além desses desses dois casos, um outro filipino foi encaminhado para uma UTI no Recife, mas não resistiu. Embora a amostra da vítima fatal não tenha tido carga viral suficiente para passar por sequenciamento, a SES-PE considera o caso dele também como infecção pela variante Delta, pelo contato com os demais passageiros.
Todos esses casos da cepa oriunda na Índia são considerados importados e, segundo a SES-PE, não há registro de transmissão comunitária no Estado.
“Os cuidados, com uso de máscara corretamente, distanciamento físico e cumprimento dos protocolos setoriais, precisam ser tomados independente do tipo de variante que seja identificada. A pandemia ainda não acabou, a variante P.1 é preocupante e todos precisam estar atentos para evitar um novo aumento no contágio”, ressaltou o secretário estadual de Saúde, André Longo.
Longo também alertou: "O vírus continua entre nós e, para que haja contaminação, só é preciso um descuido. O relaxamento nos cuidados poderá gerar novos casos e propiciar aumento nas internações, com mais perdas de vidas. Por isso, cuidado e vacina são o mantra para que possamos vencer o vírus e suas variantes".
Do todas as amostras analisadas pelo Aggeu Magalhães, 93 foram de pacientes de Caruaru. As demais foram de residentes em Afogados da Ingazeira, Angelim, Araripina, Arcoverde, Bodocó, Caetés, Carnaíba, Escada, Exu, Feira Nova, Garanhuns, Itapetim, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Orobó, Paranatama, Paulista, Recife, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Santa terezinha, São Vicente Ferrer, Tuparetama e Vertentes.
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