Casos prováveis de dengue tiveram varição discreta, mas casos suspeitos de chikungunya e zika aumentaram até 415%
Do Correio PB
Dengue
Mosquito da dengue (Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) publicou, nesta quinta-feira (1º), o Boletim Epidemiológico das Arboviroses nº 6 (BE), referente à 25ª Semana Epidemiológica (SE) – até 26 de junho, que aponta um aumento expressivo no número de casos prováveis de dengue, chigungunya e zika na Paraíba, com relação à publicação anterior. O boletim indica que o número de casos pode ser ainda maior e que os dados podem sofrer alterações devido à alimentação tardia dos sistemas.
No BE nº 6 foram registrados 4.618 casos prováveis de dengue, 2.692 de chikungunya e ainda 366 de zika. Em comparação com a anterior, a publicação atual indica um acréscimo de 2.001 casos prováveis de dengue. Os dados são igualmente alarmantes para os casos prováveis de chikungunya, que somam 1.012 a mais, já a zika apresentou um total de 196 casos prováveis a mais, em relação ao BE nº 5.
A técnica da SES responsável pelas arboviroses, Carla Jaciara, explica que o número de casos prováveis pode ser superior. “Gostaríamos de destacar que muitos casos suspeitos de dengue podem estar camuflados com a semelhança clínica da Covid-19, e como consequência disto não estão sendo notificados de forma oportuna. Pensando em uma infecção simultânea de dengue e Covid-19, reforçamos as recomendações para obtermos um diagnóstico diferencial”, afirma.
Carla Jaciara explica que, com relação ao mesmo período de 2020, observa-se um aumento de variação discreta para os casos prováveis de dengue. “Já para os casos prováveis de chikungunya, é notado um importante acréscimo de 415%, também comparados ao mesmo período do ano anterior. Para os casos prováveis de zika, houve um aumento considerável de 161%.”
Segundo ela, os municípios mais afetados são Alagoa Nova, Algodão de Jandaíra, Baraúna, Brejo dos Santos, Cachoeira dos Índios, Caraúbas, Cuité, Dona Inês, Itapororoca, Mamanguape, Massaranduba, Montadas, Mogeiro, Patos, Pedra Lavrada, Queimadas, Remígio e Riachão do Bacamarte, que registraram mais de 300 casos suspeitos e confirmados de arboviroses em 2021. Ainda de acordo com o boletim, houve sete registros de óbitos suspeitos por arbovirose, distribuídos nos municípios de Conde, João Pessoa, Sapé e Patos. Desses casos, quatro foram descartados, dois confirmados e um segue em investigação.
Apesar do cenário atual do Covid-19, as Atividades de Controle das Arboviroses seguem ativas, e as Secretarias Municipais de Saúde continuam sendo orientadas a intensificar as ações de modo integrado; sensibilizando a população quanto ao autocuidado para eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
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