Apesar de não existir uma cota oficial do PT na gestão PSB, que só vai ocorrer após oficialização de uma possível aliança entre os partidos, a legenda socialista tem acenado para o Partido dos Trabalhadores em Pernambuco. De olho nas eleições de 2022, aos poucos, figuras ligadas ao senador Humberto Costa (PT) estão retomando os espaços no governo de Paulo Câmara (PSB) após romper com o PSB, em janeiro.
A primeira nomeada, nessa última semana, foi a ex-chefe de gabinete do senador, Luciana Félix, para que passou a ocupar o cargo de gerência na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude. Outra contemplada foi a esposa do ex-prefeito do Recife João da Costa (PT), Marília Bezerra, que foi nomeada no Diário Oficial desse sábado, 22, para um cargo na Secretaria de Desenvolvimento Social de Pernambuco, comandada pelo presidente do PSB estadual, Sileno Guedes.
Já no início do mês, Oscar Barreto assumiu um cargo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que controla o Complexo Industrial Portuário de Suape. Apesar da especulação de que outros petistas também poderiam garantir um espaço no Governo do Estado, como Dilson Peixoto, que entregou a Secretaria Estadual de Agricultura no início do ano, uma liderança petista negou, em reserva.
Além disso, ressaltou que todos os cargos nomeados até hoje não se configuram do PT, pois, “a cota só vai acontecer quando for decidido se vai ter ou não a aliança”. “Quando definir essas questões, o PT vai definir se vai querer ou não estar no governo”, enfatizou a fonte.
Diante da pressão que correligionários sofreram no início do ano para que houvesse um rompimento entre o PT e o PSB, alguns deixaram seus cargos e outros, preferiram deixar suas funções no partido petista para seguir no governo, como o caso da filha de Dilson Peixoto, Maria Luisa Guarines, que ocupa o cargo de assessora do Projeto Novas Oportunidades ao Egresso na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude.
Em reserva, outra liderança do PT afirma que o partido não deveria ter rompido com o Governo do Estado e sim, com a Prefeitura do Recife e que atitude demonstrou que o senador Humberto Costa tentou fazer uma autocrítica, mas que errou.
A aproximação PT e PSB está sendo conversada desde que o ex-presidente Lula (PT) conseguiu sua elegibilidade. O líder do Partido dos Trabalhadores já participou de uma série de reuniões com correligionários do PSB e chegou a afirmar na semana passada, durante entrevista à Rádio Folha, que “não é por causa de divergência em um ou outro município que o PT e o PSB vão ficar de biquinho um com o outro”, fazendo referência a disputa entre os dois partidos que ficou mais inflamadas nas eleições municipais de 2020.
A dança das cadeiras ocorre devido a reforma administrativa do governador Paulo Câmara que, nessa última semana, contemplou os Republicanos, comandado pelo deputado federal Silvio Costa Filho, recém aliado da base socialista.
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