Divulgação - Aeroporto de Brasília
O Ministério da Saúde começou, no sábado (1°), a distribuição de 6,9 milhões de doses de vacina contra Covid-19 para estados e municípios. Ao todo, a pasta vai entregar às regiões 6,5 milhões de doses da AstraZeneca, desenvolvida pela Oxford e produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e outras 420 mil doses da CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan. A distribuição ocorre quando o país passou a marca de 400 mil mortos por coronavírus e especialistas temem uma terceira onda igualmente perigosa. Um total de 2.656 pessoas morreram nas últimas 24h em consequência da doença, e o número registrado de infectados foi de 66.964.
Com capitais ficando sem vacina e pessoas do grupo prioritário sofrendo com atrasos para receber a dose de reforço dos imunizantes, a orientação do ministério é 'para que a população tome a segunda dose da vacina contra a Covid-19 mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório'. Com as 6,9 mil doses, a expectativa é ampliar os grupos prioritários e imunizar portadores de comorbidades, pessoas com deficiência permanente, além de grávidas e parturientes, e idosos com idades entre 60 e 64 anos. Outro grupo que deve ser beneficiado é o de agentes da segurança pública e militares das Forças Armadas destacados para a linha de frente do combate à crise sanitária.
De acordo com divulgação do próprio ministério, 'a vacina da Fiocruz é destinada para a primeira dose de pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas, pessoas com deficiência permanente e idosos entre 60 e 64 anos'. 'Já a vacina do Butantan será para a primeira e segunda dose de agentes das forças de segurança e salvamento e Forças Armadas e para a segunda aplicação em trabalhadores da saúde'. A pasta também afirmou revisar a estratégia de distribuição de imunizantes semanalmente, junto a representantes do governo federal, estados e municípios.
Consta do 14º Informe Técnico do Ministério da Saúde que o Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid-19 (PNO) foi elaborado levando em conta 'os riscos de agravamento e óbito pela Covid-19 e de vulnerabilidade social'. 'Estes têm como objetivo promover a redução da morbimortalidade causada pelo novo coronavírus, bem como a manutenção do funcionamento da força de trabalho dos serviços de saúde e a manutenção do funcionamento dos serviços essenciais', informa o documento. Agentes de saúde já aplicaram mais de 69,5 milhões de injeções em cerca de 43,3 milhões de brasileiros.
Esforço conjunto
Com apoio da Organização Panamericana de Saúde (Opas), o Ministério da Saúde anunciou que o Brasil receberá, este mês, 4 milhões de vacinas contra a Covid-19. A expectativa era o recebimento de 2 milhões, mas a pasta conseguiu antecipar uma segunda remessa do imunizante AstraZeneca.
De acordo com o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, a antecipação de 2 milhões de doses foi possível graças ao trabalho do ministério e da Organização Panamericana de Saúde (Opas). 'O trabalho em conjunto do ministério com a Opas resultou na antecipação de 2 milhões de doses que estão fazendo um total de 4 milhões para maio e um total de 34,4 milhões de doses', disse o secretário.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, o país tem um acordo com o consórcio global Covax Facility para 42,5 milhões de doses da vacina. O consórcio é coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Aliança Global de Vacinas, 'Em um primeiro momento, foram destinadas 9,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, fabricadas na Coreia do Sul – dessas, pouco mais de 1 milhão chegaram ao país em março. Outras 4 milhões de doses do mesmo imunizante estão previstas para o terceiro trimestre. Além disso, já estão destinadas ao Brasil 842 mil doses da vacina da Pfizer/BioNTech, que devem chegar até junho, também via Covax', informou a pasta.
Balanço da pandemia
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 2.656 mortos por coronavírus, com um total de 406.437 pessoas que perderam a luta contra a doença. O número de infectados no período foi de 66.964, com um acumulado de 14,7 milhões de casos. A taxa de letalidade do vírus é de 2,8%, com 193,4 mortos a cada 100 mil habitantes. Os dados são do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).
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