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Ministério da Saúde assina contrato para compra de 10 milhões de doses da vacina Sputnik

12.3.21

/ por casinhas agreste

Cronograma anunciado prevê 400 mil doses até o final de abril, 2 milhões no fim de maio e 7,6 milhões em junho. Atual contrato ainda não prevê produção nacional em parceria com a União Química.
O Ministério da Saúde assinou nesta sexta-feira (12) contrato para compra de 10 milhões de doses da Sputnik V, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo instituto russo de pesquisa Gamaleya.
A vacina ainda não tem autorização para uso no Brasil. Os desenvolvedores firmaram parceria com a farmacêutica brasileira União Química.

“Agora, para que possamos efetivamente aplicar a Sputnik em nossa população e realizar os pagamentos após cada entrega de doses dessa vacina, só necessitamos que a União Química providencie com a Anvisa, o quanto antes, a autorização para uso emergencial e temporário" - Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde

De acordo com o ministério, a União Química afirmou que pretende fabricar o imunizante no Brasil, em São Paulo e no Distrito Federal.

A possibilidade de produção 100% nacional será avaliada pelo Ministério da Saúde nas próximas semanas e pode levar à concretização de outro acordo comercial.
A vacina Sputnik V teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados na revista científica "The Lancet", uma das mais respeitadas do mundo. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.


A vacina também funcionou em idosos: uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos mostrou eficácia de 91,8% neste grupo. Ela também foi bem tolerada nessa faixa etária.


A vacina é a quarta a ter resultados publicados em uma revista, depois de Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca e Moderna. Quando isso acontece, significa que os dados foram revisados e validados por outros cientistas.

Tecnologia: vetor viral



Profissional de saúde segura frasco da vacina Sputnik V em Moscou, na Rússia, no dia 18 de janeiro. — Foto: Shamil Zhumatov/Reuters



A Sputnik V usa a tecnologia de vetor viral. Nesse tipo de vacina, um outro vírus (nesse caso, o adenovírus) "leva" o material genético do coronavírus, o RNA, para dentro do nosso corpo. Mas esse adenovírus é modificado para não conseguir se replicar (reproduzir). Por isso, ele não causa doença.


No caso da Sputnik, o adenovírus que leva o coronavírus para dentro do corpo é diferente em cada dose: na primeira, é o Ad26 (mesmo da vacina da Johnson). Na segunda, é o Ad5, mais comum. Ambos são adenovírus humanos.
Os cientistas russos explicam que usar adenovírus diferentes pode ajudar a criar uma resposta imunológica mais poderosa – em comparação ao uso do mesmo vetor duas vezes –, pois diminui o risco de o sistema imunológico desenvolver resistência ao vetor inicial.

"Por isso que eles dão as duas doses com vetores diferentes – é para minimizar a resposta ao vetor. Essa abordagem da Sputnik de usar primeiro o Ad26 e depois o Ad5 é boa", explica Maurício Nogueira.

"Como pode ser também interessante o que havia sido colocado anteriormente: uma mistura da Sputnik com Oxford pode dar um resultado também legal", diz.


Em meados de dezembro, a AstraZeneca, que desenvolveu a vacina em parceria com a Universidade de Oxford, 8 que testaria o seu imunizante aplicado em conjunto com a Sputnik V. A vacina de Oxford também é de vetor viral – só que, diferente da russa, usa adenovírus de chimpanzé como vetor (que também não causa doença). Além disso, os vetores usados na primeira e na segunda dose são iguais.

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