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Teremos dias piores e não chegamos ao pico da epidemia ainda', diz secretário de Saúde de Pernambuco

9.5.20

/ por casinhas agreste
São mais de 927 mortos pela Covid-19 em Pernambuco, o que, segundo André Longo, é mais que o número de óbitos registrados, em 2018, pelas causas mais comuns.
G1 PE
Coletiva de imprensa detalhou situação da pandemia de coronavírus em Pernambuco — Foto: Reprodução/Governo de Pernambuco
"Ainda teremos dias piores. Infelizmente, não chegamos ao pico da epidemia ainda, em nosso estado. É provável que a doença chegue a muitos outros lugares em Pernambuco". A declaração é do secretário estadual de Saúde, André Longo, sobre a situação de grande tensionamento do sistema de saúde devido à pandemia de coronavírus. Na quinta (7), o estado teve recorde no número de casos, com 943 confirmações, e, nesta sexta (8), houve 82 óbitos, maior número já registrado em 24 horas.
Em coletiva de imprensa transmitida pela internet, nesta sexta, André Longo disse que, apesar dos números impactantes, eles podem ainda não ser os piores do que o estado pode ter. Isso ocorre, principalmente, devido a um relaxamento maior no isolamento social adotado pela população.


"São dias terríveis para 927 famílias que perderam entes queridos e que, há quatro meses, não imaginavam uma pandemia assim. São dias dificílimos para os profissionais que estão nas Unidades de Pronto Atendimento, sem conseguir transferir os pacientes para unidades de referência, e são dias muito difíceis para quem está acompanhando esses pacientes nas enfermarias", declarou André Longo.


Ainda segundo o secretário, o número expressivo de mortos pela Covid-19 já supera algumas das causas de óbitos mais comuns no estado.


"Esses óbitos já superam o número de mortes registradas em 2018 por arma branca, e também que alguns tipos de câncer, como de mama, que vitimou 818 mulheres; próstata, que vitimou 199 homens e colo de útero que vitimou 325 pessoas. Também são maiores que o número de mortos em acidentes de moto, que são, em média, 800 por ano", declarou.


Atualmente, segundo a secretaria de Saúde, há mais de 200 pacientes à espera de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).



"Abrimos 932 leitos dedicados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), sendo 471 de UTI, mas a velocidade de avanço do vírus tem se ampliado e gerado maior demanda por vagas. Hoje, nossa taxa de ocupação geral é de 93%, com mais de 96% da UTI", afirmou.


Segundo o secretário de Saúde do Recife, Jaílson Correia, a projeção da curva aponta dias difíceis também na capital. " Temos uma procura crescente dos serviços de saúde. Hoje, dia 8, temos aqui no Recife o dia em que se confirmou o maior número de óbitos num único dia. Esses números estão sendo ampliados e, com eles, a aceleração da curva. Isso aponta que um período mais difícil ainda está por vir", explicou.


De acordo com o médico infectologista Demétrius Montenegro, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), o adiamento do pico é a medida mais desejada porque, quanto mais tempo se ganha, mais o sistema de saúde tem condições se estruturar para atender os doentes.


"O adiamento do pico é o que faz com que pessoas pensem que dias piorem não virão. Quanto mais empurrarmos esse pico para frente, mais vai dar tempo dos leitos serem adequados. Precisamos acreditar que a guerra existe, mas muita gente não acredita ainda. As pessoas precisam se conscientizar da necessidade de ficar em casa", declarou o infectologista.

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