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Cubano recusado para vaga de gari por ser médico é contratado por funerária no Piauí

25.7.19

/ por casinhas agreste
Raymel Kessel contou ao G1 que tentou vaga de gari, mas não foi admitido porque tem formação em medicina.
Por Gilcilene Araújo, G1 PI

Médico cubano conseguiu emprego como auxiliar administrativo em funerária no Piauí — Foto: Arquivo Pessoal
Depois de sete meses desempregado, Raymel Kessel, 39 anos, cubano que decidiu continuar no Brasil após o fim do programa Mais Médicos, conseguiu um emprego. Há três dias, ele trabalha como auxiliar de escritório de uma funerária na cidade de Parnaíba, no Litoral do Piauí.

Raymel Kessel contou ao G1 que tentou vaga de gari, mas não foi admitido porque tem formação em medicina. Após quatro anos e meio trabalhando como médico na rede de atenção básica do município de Ilha Grande, no Litoral do Piauí, Raymel se casou com uma piauiense e é pai de um menino brasileiro, e por isso decidiu ficar no Brasil.

“Me sinto parte da Ilha Grande, me sinto filho daqui”, afirmou o médico.
A empresária Teresinha Medeiros afirmou que revolveu contratar o médico depois que soube, através de uma amiga, que ele estava passando por dificuldades e precisava trabalhar.

"Estava buscando uma pessoa para ser agente funerário, mas acreditei que ele não se enquadrava no perfil do cargo e disse que iria ver uma vaga na área administrativa, pois fiquei um pouco preocupada em colocá-lo em um posto que teria contato direto com as pessoas, já que não sei se ele compreende muito bem nossa língua. E para lidar com a morte de um ente querido, requer uma sensibilização", explicou.


Médico cubano constituiu família no Piauí e decidiu ficar: “Me sinto filho de Ilha Grande” — Foto: Arquivo Pessoal Médico cubano constituiu família no Piauí e decidiu ficar: “Me sinto filho de Ilha Grande” — Foto: Arquivo Pessoal
Médico cubano constituiu família no Piauí e decidiu ficar: “Me sinto filho de Ilha Grande” — Foto: Arquivo Pessoal

A empresária disse que conversou com Raymel Kessel e explicou que não tinha condições de pagar para ele o salário que ganhava como médico e que, se ele quisesse, ela estava disposta a contratá-lo com salário de auxiliar administrativo.

Raymel Kessel aceitou a proposta e trabalha fazendo cadastro de clientes. Ele cumpre uma carga horária de 44 horas semanais. "Eu acho que agora tudo vai começar a andar na minha vida. Era só eu achar um emprego que o resto vai vir com o tempo", comemorou.

O cubano acrescentou que após a reportagem do G1 sobre sua história já dispensou outras oportunidades de emprego, porque já tinha sido contratado.

Apesar de estar trabalhando, Raymel Kessel aguarda ansiosamente a realização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida), para retornar aos postos de saúde e hospitais.

No entanto, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por aplicar a prova, disse que “não há ainda o cronograma para a próxima edição do Revalida”.

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