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Governo Federal: Metrô do Recife pode parar a partir de julho

30.4.19

/ por casinhas agreste
Diario de Pernambuco

Foto: Malu Cavalcanti/ArquivoDP.)
No Recife, a tarifa do metrô não tem reajuste há pelo menos 13 anos. 

Mesmo com o reajuste tarifário progressivo, que começa a ser implantado no próximo domingo (5), as operações do MetroRec correm o risco de paralisar a partir de julho. Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos, a atividade metroviária no Recife tem uma defasagem de R$ 480 milhões, recebendo uma subvenção do Governo Federal de mais de 80%. Em maio, o sistema precisará de uma complementação de receita da União que, caso não seja liberada graças ao contingenciamento do Ministério da Economia, a operação corre o risco de parar de funcionar. CBTU não informou qual o valor está em tratativa com a pasta. Dívida de R$ 110 milhões do Grande Recife Consórcio também coloque em xeque o funcionamento do sistema na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

Segundo o diretor de Planejamento e Relações Institucionais da Companhia, Pedro Cunto, a atividade do MetroRec representa mais de 50% do total de custos da CBTU, comparando com as cinco cidades onde a companhia opera. E a receita não chega a 13%. “Para que o MetroRec opere de maneira mais sustentável, além do reajuste tarifário progressivo, que chegará a R$ 4 em março do próximo ano, outro passo precisa ser dado. É a repactuação da integração tarifária, que no Recife é completamente diferente do restante do país. Quem chega ao metrô pelos ônibus do Sistema Estrutural Integrado (SEI), que representa 56% dos nossos passageiros, não paga nada a CBTU. E quem acessa as plataformas dos trens com o VEM, só paga a CBTU 34%. E há dois anos, esse dinheiro não vem sendo pago pelo Governo do Estado”, denunciou o diretor da CBTU. No Recife, a tarifa do metrô não tem reajuste há pelo menos 13 anos. 

Em números reais, o custo anual do sistema na RMR é de R$ 541 milhões, mas a arrecadação com a tarifa não chega a R$ 70 milhões, de acordo com o superintendente da CBTU no Recife, Leonardo Villar Beltrão. "Dos 40 trens que temos no Recife, 13 estão parados por falta de recursos para fazer manutenção. E esses R$ 541 milhões é o valor necessário para pagar as contas do sistema, mas sem fazer investimentos", disse Villar. Segundo ele, hoje os maiores gastos da operação no Recife são em segurança e energia. 

Em nota, o Grande Recife Consórcio afirmou que o repasse tarifário dos valores do VEM para a CBTU é de responsabilidade da Urbana-PE “que quitou os pagamentos referentes ao ano de 2016. O valor do repasse referente ao ano de 2019 já foi realizado até o mês de março, pelo Grande Recife à CBTU. O Consórcio reconhece a dívida no valor atualizado de R$ 90.681.488,04. É importante ressaltar que o CTM judicializou o caso para que os pagamentos sejam efetuados pela Urbana-PE”. Sobre a repactuação tarifária, o Grande Recife informou que não chegou nada oficialmente ao órgão. A reportagem tentou contato com a assessoria de comunicação da Urbana-PE, que representa os donos das empresas de ônibus, mas não obteve sucesso. 

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