A polêmica sobre o acesso aos dados que embasaram o texto da reforma da Previdência deve movimentar as discussões da sessão desta terça-feira (23) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). É o que prevê o deputado federal Danilo Cabral (PSB), integrante do colegiado da Câmara dos Deputados. Em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, nesta terça-feira (23), o socialista, que já havia prometido entrar na justiça para ter acesso aos estudos da reforma, criticou mais uma vez o governo Jair Bolsonaro (PSL).
“A novidade hoje na discussão sobre a reforma é sobre os dados que o governo não quer liberar os estudos da Previdência. Precisamos ter acesso porque é necessário ver quem são os beneficiários desses sistema, tem toda uma norma técnica e até agora ninguém viu esses números”, disse o parlamentar pernambucano.
O secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, alegou, em entrevista mais cedo à Rádio CBN também nesta terça (23), que os dados serão fornecidos a partir da discussão do texto na Comissão Especial. Segundo ele, não houve decretação de sigilo dos estudos.
“Se os dados são conclusivos, é preciso que eles sejam apresentados. Se não for algo conclusivo, não poderia ter mandado essa nova proposta para a Câmara”, disse Danilo Cabral.
O socialista refirmou que a retirada de pontos do texto da proposta, como o Benefício de Prestação Continuada e a aposentadoria rural, não mudarão a posição da bancada do PSB sobre a reforma.
“Esses pontos não farão o PSB mudar de opinião sobre a questão da inconstitucionalidade. Esse núcleo que se chama Centrão quer mandar uma resposta para o governo de Jair Bolsonaro de que, sem eles, também não conseguirá aprovar a proposta da reforma. Quando mais mexer no relatório e menos prejudicar a população, será melhor. Mas mesmo assim vamos votar contra o parecer”, disse o deputado.
Blog do Jamildo
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