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Polícia descobre novo plano para matar parlamentar no Rio

13.12.18

/ por casinhas agreste

O GLOBO teve acesso a relatório confidencial dos investigadores
Antônio Werneck


Polícia do Rio intercepta plano para assassinar o deputado Marcelo Freixo, às véspera da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) completar nove meses sem esclarecimento Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo

RIO - A Polícia Civil do Rio descobriu um plano para assassinar o deputado estadual Marcelo Freixo. O crime aconteceria durante uma agenda programada pelo parlamentar para o próximo sábado, em Campo Grande.

Segundo mais votado para deputado federal na eleição de outubro (com 342.491 votos), Freixo é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e conta com proteção policial desde 2008, depois de receber inúmeras ameaças concretas de morte após presidir a CPI das Milícias. Agora, a Polícia Civil montou um relatório confidencial que aponta um novo plano para executar o parlamentar. Leia, na íntegra, matéria exclusiva do GLOBO que revela detalhes do documento .
Apuração
Em sua conta no Twitter, Freixo cobrou investigações sobre a atuação das milícias no estado, lembrando que o tema foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) relatada por ele, há dez anos.

“No mês em que a CPI das Milícias completa 10 anos, voltei a ser ameaçado. A CPI foi um marco no combate ao crime: mais de 200 indiciados e principais chefes presos. Apresentamos 48 medidas para enfrentar a máfia, mas nada foi feito.”

O deputado ressaltou a importância dos resultados da CPI. “O relatório da CPI é uma conquista porque é propositivo e indica caminhos para derrotarmos as milícias. Autoridades do Município, Estado e União receberam o documento, mas não avançamos. Milicianos continuam matando, ameaçando, tiranizando principalmente quem vive nas áreas mais pobres.”

Histórico
Freixo foi eleito deputado federal e a partir de fevereiro vai trabalhar na Câmara dos Deputados, em Brasília. No Rio, o parlamentar mantém escolta policial 24 horas por dia, desde que relatou a CPI das Milícias. A vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada há quase oito meses, foi auxiliar de Freixo na CPI das Milícias.

“Sou deputado estadual eleito e estou sendo ameaçado mais uma vez. Não é uma ameaça ao Freixo, mas à democracia. Não é uma questão pessoal, é muito mais que isso. A zona oeste está hoje sendo governada pelo crime. Desde 2008, quando presidi a CPI das Milícias, passei a contar com proteção policial por receber inúmeras ameaças concretas de morte. Apresentei medidas para o enfrentamento dos milicianos. O que foi feito? Nada”, disse Freixo em sua conta no Twitter.

PSOL
Em nota divulgada no início da noite, a bancada federal do PSOL repudiou "o hediondo plano de execução" de Freixo e também cobrou providências para a elucidação do caso Marielle, que completa 9 meses amanhã. "A bancada federal do PSOL repudia esta trama, exige redobrada proteção a Marcelo Freixo, inclusive em Brasília, e cobra resultados da investigação que vitimou Marielle e Anderson.

Os parlamentares citaram a "ineficiência" da Polícia Civil do Rio em dar respostas ao crime da vereadora correligionária de Freixo. "Essa ineficiência, que nutre a cultura da impunidade, faz com que criminosos se sintam à vontade para elaborar esse plano macabro de execução de Freixo. A planejada barbárie vulnerabiliza também a nossa já frágil democracia: a trama letal seria praticada em agenda pública do nosso parlamentar no próximo fim de semana", diz a nota, assinada pelo líder do PSOL na Câmara, deputado Chico Alencar.


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