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Zona da Mata Sul de Pernambuco, mais uma vez, atingida por enchentes

22.7.17

/ por casinhas agreste


Municípios que enfrentam novas enchentes, na Mata Sul e Agreste, encontram-se em Estado de Emergência

Moradores de Escada, na Zona da Mata Sul, ficaram ilhados
Foto: Léo Mota/JC Imagem
Da Editoria Cidades
Do JC
A população ribeirinha da Zona da Mata Sul e do Agreste de Pernambuco enfrentou nesta sexta-feira (21/07) mais uma enchente que deixou ruas e casas alagadas, além de famílias desabrigadas e desalojadas. É a segunda cheia na região em menos de dois meses. De acordo com moradores de Escada e Ribeirão, na Mata Sul, os Rios Sapucagi, Ipojuca e Amaraji transbordaram com as chuvas dos últimos dias.

“Choveu terça, quarta e quinta-feira. O rio (Sapucagi) foi enchendo aos poucos e nessa madrugada a água entrou nas residências”, afirma Mônica Maria da Silva, que mora há mais de 15 anos na Rua do Recanto, no bairro Viradouro, em Escada. Antes de sair de casa com o marido e os dois filhos pequenos, para se abrigar na associação de moradores, ela botou os móveis em cima de tijolos, sobre a mesa e apoiado em tábuas nas paredes.

A última enchente, em 28 de maio de 2017, provocou rachaduras nas paredes e afundamento no piso da cozinha da casa de Mônica Maria. “Quando a água baixar nós vamos voltar, não tem outro jeito, só Deus sabe se a cozinha vai aguentar”, comenta. O autônomo Éverton Lima dos Santos, que vive na mesma rua, disse que mais de 20 famílias tiveram as residências invadidas pelo rio. “Quem mora em casa de primeiro andar ficou ilhado na parte de cima.”

Segundo Jocimere Maria da Silva, as famílias que optaram por ficar na Associação de Moradores do Viradouro não receberam assistência. “Até agora (10h da sexta-feira, 21) não comemos nada, não deu tempo de trazer comida de casa porque a prioridade é suspender os móveis”, destaca. Priscila Fernanda da Silva colocou a cama em cima de um barril e ficou nela com o marido e o filho. “Estou com água na altura dos joelhos, mas prefiro assim do que um abrigo”, declara a dona de casa.

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O Rio Ipojuca provocou alagamentos na Rua da Alegria (Viradouro) e no Centro de Escada: Rua Nova (da Lama), Avenida Samuel Campelo e a invasão do Coqueiro. “Minha casa, na Rua da Alegria, foi destruída na cheia de maio. Hoje (21/07), a água ficou no quintal, estou morando com minha filha”, diz Elza Maria Rodrigues. “Toda vez que chove essa área alaga, mas enchente mesmo é a segunda do ano. Para sair de casa as pessoas usam jangada ou caminham por dentro d’água”, declara Magna Valquíria de França, moradora do Centro.


ABRIGO

No município de Ribeirão, as casas mais próximas do Rio Amaraji ficaram inundadas ou ilhadas nos bairros Vila Rica, Beira-Rio e Ferroviária. “Com ajuda da família, levei os poucos móveis que sobraram da última enchente para a casa vizinha, que fica numa parte mais alta, às 2h da madrugada”, relata Maria José da Silva, a única que teve a casa alagada na Rua Macedônio de Cássio, em Vila Rica.

Seis casas em Beira-Rio tiveram de ser desocupadas durante a madrugada e as famílias foram orientadas pela Prefeitura de Ribeirão a ocupar a Escola Maria Cícera. “Moro no local há sete anos e passei por quatro cheias. Essa foi a mais curta, só fiz pernoitar no colégio. Cheguei às 2h da madrugada, vim andando com ventilador e colchões. Agora (13h30) estou voltando porque avisaram que o rio baixou”, declara Josefa Maria de Amorim, acompanhada das filhas, sobrinhas e neto.

Quando o rio começou a subir, Josefa Maria colocou os móveis em cavaletes e preparou-se para desocupar a casa, onde vivem oito pessoas. “Tinha pouca coisa, perdi quase tudo na cheia de maio, mas tenho fé em Deus que um dia essa situação será resolvida”, afirma, com um sorriso confiante.

Segundo o governo do Estado, as 13 cidades mais atingidas pelas enchentes provocadas chuvas recentes são: Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré, Barreiros, Ribeirão, Gameleira, Escada, Primavera, Cortês, Ipojuca (Mata Sul), Bonito, Barra de Guabiraba (Agreste) e Cabo de Santo Agostinho (Grande Recife). Quase todas encontram-se em Estado de Emergência, decretado para 27 municípios.

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