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Petrobras reavalia ativos e tem prejuízo de R$ 16,4 bilhões no 3º tri

10.11.16

/ por casinhas agreste

Resultado é o terceiro maior prejuízo trimestral já registrado pela empresa.
Estatal lançou perdas de R$ 15,7 bilhões com revisão de valor de ativos.
Darlan Alvarenga e Daniel Silveira
Do G1, em São Paulo e no Rio

 Diretoria da Petrobras apresenta resultados trimestrais da empresa no Rio de Janeiro (Foto: Daniel Silveira / G1)
Diretoria da Petrobras apresenta resultados trimestrais da empresa no Rio de Janeiro (Foto: Daniel Silveira / G1)
A Petrobras teve prejuízo de R$ 16,458 bilhões no 3º trimestre de 2016, o terceiro maior já registrado na história da empresa. As perdas foram impactadas pela reavaliação de ativos da companhia, como campos de produção de óleo e gás, equipamentos, uma nova fase da construção da refinaria de Abreu e Lima e do complexo petroquímico de Suape.
Na prática, a Petrobras reconheceu que seus ativos valem menos e lançou isso no seu balanço financeiro. "Esse resultado decorre, principalmente, do impairment de ativos (reavaliação de ativos) e de investimentos em coligadas no valor de R$ 15,709 bilhões", disse a estatal em comunicado.
Segundo Mário Jorge, gerente Executivo da companhia, sem a reavaliação a Petrobrás “estaria reportando um lucro líquido de quase R$ 600 milhões”.
No balanço, a empresa citou ainda como fatores que influenciaram o resultado a apreciação do real frente ao dólar, a variação do preço do petróleo e despesas maiores com o programa de demissão voluntária.
Mário Jorge destacou que a companhia reduziu, em um ano, 10% no número de empregados. Há quase 12 mil inscritos no programa de demissão voluntária (PDV) e mais cortes serão feitos. "Em um ano reduziremos em mais 10% o número de empregados, o que conversa com o nosso plano de negócios", disse o executivo.
No 2º trimestre, a Petrobras tinha registrado lucro líquido de R$ 370 milhões, após uma sequência 3 trimestres de prejuízo. No mesmo período do ano passado, a empresa tinha registrado perda de R$ 3,759 bilhões.
lucro petrobras (Foto: G1)

Reavaliação de ativos
Em comunicado, a empresa disse que realizou  em setembro um "teste de impairment", ou seja, uma reavaliação de ativos. O resultado foi impactado pela apreciação do real, revisão de conjuntos de premissas, como o preço do barril de petróleo e a taxa de câmbio de longo prazo, e o plano de investimento da empresa.
“As perdas oriundas dos testes realizados foram reconhecidas no resultado do trimestre no montante de R$ 15,292 bilhões nos ativos e R$ 417 milhões nos investimentos”, disse o relatório.
A maior revisão de valores foi feita nos campos de exploração e produção de petróleo (R$ 5,6 bilhões), seguida de equipamentos para explorar poços (R$2,7 bilhões), parte das instalações da refinaria de Abreu e Lima (R$ 2,5 bilhões) e do complexo petroquímico do Suape (R$ 2 bilhões).
Também foram citados ajustes, mas em menor proporção, no Comperj, nas unidades de fertilizantes, nos ativos no Chile, no conjunto de usinas térmicas, no conjunto de navios da Transpetro, na usina de biodiesel de Quixadá (no Ceará) e na unidade de Araucária (no Paraná).
De acordo com o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobrás, Ivan Monteiro, o maior impacto das reavaliações foi a variação cambial. Ele destacou que a empresa não espera que ocorram nos próximos trimestres "outros eventos com impactos do teste de paridade" como os reportados no terceiro trimestre.


CRISE DA PETROBRAS
Dívidas e preço do petróleo afetam o caixa.
plano de negócios
venda de ativos
prejuízos e lucros
preço da gasolina
mudança no pré-sal
ações contra a empresa
perda de grau de investimento
Desinvestimentos
Na apresentação de resultados, a Petrobras divulgou ainda detalhes sobre seu programa de venda de ativos. A empresa diz que já alcançou 65% da meta de vendas, com US$ 9,8 bilhões em transações já assinadas.
Endividamento cai
Segundo o balanço, o endividamento  líquido da companha caiu para R$ 325,56 bilhões, o que representa uma queda de 17% no ano – no final de 2015 estava em R$ 392 bilhões.

Crise e cortes
Em meio à crise detonada pela Lava Jato e pela queda dos preços internacionais do petróleo, o endividamento líquido da Petrobras passou de um patamar de R$ 100 bilhões no final de 2011 para R$ 332,39 bilhões no final de junho.
Para melhorar suas finanças, a estatal anunciou em setembro um corte de 25% nos investimentos previstos para os próximos 5 anos, além de um plano de venda de ativos.
O novo plano de negócios da Petrobras prevê arrecadar US$ 19,5 bilhões com a venda de ativos (os chamados desinvestimentos) e parcerias entre 2017 e 2018, além de US$ 15,1 bilhões projetados em vendas de ativos entre 2015-2016.

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