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A maior festa cristã:: Religiões e culturas variadas têm formas distintas de comemorar o nascimento de Jesus Cristo

24.12.13

/ por casinhas agreste
KATIUSCIA PESSONI

O Natal não é só presentes e festa. A data celebra o nascimento de Jesus e é representada de várias formas e sentidos diferentes em cada religião. A igreja católica encara o Natal como um momento de renovação. Para os espíritas, a data lembra o nascimento do espírito mais evoluído que encarnou na terra. Já os evangélicos, comemoram a data com um foco diferente. Para eles, a maior mensagem do período é a da humildade.

Nem todas as pessoas comemoram o Natal no dia 25 de dezembro. Algumas culturas, nem sequer comemoram o Natal, como referência ao nascimento de Jesus Cristo (ou Jesus de Nazaré). Natal é um feriado e festival religioso cristão originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno e adaptado pela Igreja Católica, no terceiro século d.C., pelo imperador Constantino para comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.

Para os cristãos

O Natal que hoje quase toda a humanidade conhece como sendo uma festa de caráter cristão, comemorando o nascimento de Jesus Cristo, é na verdade de origem pagã. Nada referente a esta festividade se encontra na Bíblia a não ser versos que condenam tal prática, por se tratar de um costume dos povos pagãos em adoração ao “Deus Sol”. É muito importante observar que os cristãos primitivos nunca comemoraram tal costume, ou seja, na Igreja dos primeiros séculos não havia festa em 25 de dezembro. Ao mesmo tempo sabe-se que esta  festividade, já era comemorada muito tempo antes de Jesus Cristo nascer. Documentos da própria Igreja Católica Romana confirmam tal afirmativa.
“O Natal não se encontrava entre as primitivas festividades da igreja ... A primeira evidência da festa procede do Egito” (The Catholic Encyclopedia). Como então se encontra esta festa pagã entre os que hoje se chamam cristãos? A primeira referência ao Natale Domini na igreja romana, é datada no ano 336 d.C. Porém as igrejas orientais não concordaram com a data de 25 de dezembro, devido que esta era referente as Saturnais da Roma pagã e as comemorações ao sol invicto. A comemoração no oriente, então, se transferiu para o dia 6 de janeiro. Assim os católicos armênios acusavam os católicos de Roma de idólatras e pagãos, porque eles celebravam o Natal em 25 de dezembro. Aproximadamente no ano 354 d.C. A igreja católica ordenou a guarda do 25 de dezembro, como sendo o dia do nascimento de Jesus Cristo, pela ordem do bispo Libério.

Como as igrejas de hoje tem toda sua origem na igreja de Roma, assimilaram junto os costumes adotados pelo romanismo no passado, costumes não bíblicos, entre outros o Natal e suas celebrações e cerimônias.

O Nascimento de Jesus

Encontra-se no Evangelho segundo Mateus o relato de que Jesus nasceu em Belém da Judeia no tempo do rei Herodes, não especificando em que dia nem mês e nem ano. Marcos e João em seus evangelhos, não falaram nada sobre o nascimento de Jesus Cristo, pois começam seus evangelhos apresentando-o somente no seu batismo, fato acontecido no Rio Jordão, e ministrado por João Batista.

O Evangelho de Lucas é o único que dá as informações sobre o nascimento de João Batista e Jesus Cristo com mais detalhes. Lucas informa que na noite em que Jesus nasceu havia pastores no campo. Lucas e o mês correspondente ao de dezembro no calendário judaico é o nono mês, isto é, Quisleu (Chisleu), a Bíblia  conta sobre o tempo e a temperatura em Quisleu. Sendo assim, o rebanho não poderia estar no campo à noite, e nem os pastores, pois dezembro ou Quisleu é um rigoroso inverno na Palestina, com muito frio e chuvoso. Com estas considerações, vê-se que a data de 25 de dezembro não corresponde ao nascimento de Jesus Cristo, e sim a uma festa pagã (as Saturnais que eram as comemorações do nascimento do sol invicto). Esta festa idólatra foi introduzida na igreja romana para agradar os pagãos, mas, a festa foi aceita pela maioria dos cristãos da atualidade.

O bispo da Diocese de Goiás, Dom Eugênio Rixen conta que para os católicos o Natal lembra o nascimento de Jesus, mas que eles comemoram o dia como se o Salvador estivesse nascendo novamente. “É uma atualização, Ele é o filho de Deus e nos traz paz e alegria, como cantavam os anjos. Mas estamos preocupados com a propagação errada que é a festa hoje, as pessoas só pensam em presentes, comidas e bebidas e esquecem o verdadeiro significado do dia”, lamenta.

Para os evangélicos

O Natal significa o nascimento de Jesus, que marca o início de uma nova era, que traz esperança, libertação, perdão, paz e uma nova vida com Deus. Em todos os Templos são realizados cultos de adoração e agradecimento a Deus por ter enviado Seu Filho Jesus Cristo ao mundo, como forma de resgatar, salvar e restaurar a comunhão entre Deus e o homem. Jesus é considerado como a terceira pessoa da Trindade e não apenas um grande profeta. Além de se comemorar o nascimento virginal de Jesus que marcou o início de uma nova era, é lembrado também, que todo ser humano pode, simbolicamente, oferecer seu coração, como uma manjedoura, para que nele, Jesus possa nascer espiritualmente, proporcionando uma nova vida de paz e alegria, dando a certeza de salvação. Os evangélicos costumam se reunir em família e com amigos. Também trocam presentes, porém, tudo é feito com modéstia e sem extravagâncias.

De acordo com o pastor Israel de Gouveia, os evangélicos comemoram a data com uma visão do que realmente significa a palavra Natal, que é nascimento. “Comemoramos o nascimento de Jesus Cristo e excluímos alguns conceitos como o Papai Noel, árvore-de-natal e o consumismo. Ainda que saibamos que o dia 25 de dezembro não é a data exata que Jesus nasceu, usamos o dia para celebrar e glorificar seu nome”, conta o pastor.

Para os espíritas

O importante no Natal, não é o dia em que é comemorado, mas a razão de se comemorar. Se reúnem com irmãos entre diversas religiões, para reavivar os ensinamentos de Jesus, perdão, amor e caridade. Entendem que o Natal deveria ser uma filosofia de vida e não uma data a ser comemorada. Apesar de se reunirem, fazerem ceia e trocar presentes, se esforçam para não caírem no consumismo e se lembrarem mais do Papai Noel do que de Jesus.

Para a espírita Mara Ganzarolli o nascimento de Jesus em Belém significaria, assim, o início de uma nova era em que a justiça se converteu em amor, e o racional foi espiritualizado através de seu perfeito equilíbrio com o emocional. “Historicamente, não há certeza sobre Jesus ter nascido em Belém ou Nazaré. O que realmente importa, porém, é apropriarmos de seu sentido reeducativo, é saber que, para que o Cristo nasça em nossa intimidade é necessário agir equilibrando sentimento e razão, intelecto e moral, conhecimento e aplicação. Pois, se no plano horizontal necessitamos da ciência em nossas movimentações cotidianas, para verticalizarmos nossas conquistas não podemos prescindir de uma moral elevada consoante aos ensinamentos contidos no Evangelho”, lembra ela.

*O natal em outras religiões *Budismo
Cristo nem sequer é mencionado pelos textos sagrados desta religião. Sua festa mais importante ocorre em maio, quando os devotos rememoram o nascimento e a morte de Buda. Nessa ocasião, dão banhos de chá em uma imagem de elefante com um bebê em cima. Ela depois é colocada em um altar enfeitado.

Hinduísmo
Os adeptos dessa religião reconhecem Cristo como um avatar (encarnação de Vishnu, uma de suas entidades divinas mais importantes). O dia 25 de dezembro é reservado à comemoração da Festa das Luzes. Neste dia, para eles, o nascimento da luz venceu a escuridão.

Islamismo
Para os islâmicos, Cristo é uma espécie de profeta. Mas mesmo dando relativa importância a sua figura, os fiéis não possuem uma data especial para comemorar seu nascimento. As duas principais festas da religião são a Eid el-Fitr, celebração do desjejum realizada após o Ramadã, e o Eid el-Adha, que marca o encerramento da peregrinação a Meca.

Judaísmo
Os judeus não reconhecem Jesus Cristo como Filho de Deus e, portanto, não comemoram seu nascimento. No período do Natal, eles realizam o Chanuká, ou a Festa das Luzes. Ela relembra a reinauguração do Grande Templo de Jerusalém, reconquistado pelos judeus após 3 anos de guerras. Quando foi retomado, o local estava cheio de imagens pagãs e sediava costumes profanos. Para purificá-lo, foi necessário acender diversas luzes. Por isso, o principal símbolo do Chanuká, que dura 8 dias, é a menorá (candelabro judaico). As oito velas que o adornam são acesas, uma a cada dia, durante a festividade.

Testemunhas de Jeová
Como entendem que festas de aniversário são um costume pagão, as Testemunhas de Jeová, apesar de prestarem devoção a Cristo, não fazem nenhuma comemoração no dia 25 de dezembro. Elas preferem negligenciar a data também porque não há nada na Bíblia que ateste ser este o dia do nascimento do Messias.

Umbanda
A religião associa Cristo a Oxalá, maior de todos os Orixás. No dia 25 de dezembro, os umbandistas agradecem à entidade que, segundo sua crença, comanda todas as forças da natureza.

Wicca
Desde tempos pré-cristãos, os adeptos das tradições pagãs comemoram o solstício de inverno, batiza de Yule, em 21 de dezembro. As comemorações se estendem até janeiro, e deram origem às festas de fim de ano adaptadas pela cultural cristã ocidental.

Kemetismo
Os seguidores dessa religião do Antigo Egito comemoram em 21 de dezembro o Dia do Retorno da Deusa Errante, desde 4.500 a.C. Celebra-se o retorno da deusa Hathor a seu pai Ra, e a restauração de sua relação.

Neopagãos
O grupo que idolatra deuses da Roma Antiga celebra as tradicionais festas da Saturnália, que coincidem com o solstício de inverno (21 de dezembro).

Zoroastrismo
Os adeptos desta religião fundada na antiga Pérsia relembram o aniversário de morte de Zaratustra em 26 de dezembro. É o dia mais importante do calendário dos fiéis, que aproveitam para recitar preces e visitar templos de adoração.
Casinhas Agreste
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