| Do Blog Magno Martins |
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Quem manda no PT
O PT de Pernambuco é de fato um case! Mas não para servir de referência quando se trata de algo invejável. Pelo contrário. Nasceu pequeno e nunca conseguiu se agigantar. Sua maior façanha foi conquistar a Prefeitura do Recife há 12 anos, muito mais pelos erros do ex-prefeito Roberto Magalhães (DEM).
Que, aliás, jogou a reeleição fora quando deu uma banana para militantes petistas em Boa Viagem, do que mesmo pelos méritos de João Paulo, eleito em 2000. Lideranças foram forjadas ao longo da história do PT no Estado e suas principais estrelas são o próprio João Paulo e Humberto Costa.
Só que, por incrível que pareça, nem o ex-prefeito nem o senador mandam no partido. Quem manda no PT pernambucano é São Paulo, é Lula, é Rui Falcão, é José Dirceu. Foi assim que se constatou com a cassação do prefeito João da Costa.
Foi assim, igualmente, com a imposição da candidatura de Humberto. E deve ser, assim, também, se a direção nacional se convencer de que só ganha à eleição no Recife para o PSB se João Paulo reforçar a chapa de Humberto como vice ou se vier a encabeçar a chapa, deixando o senador de fora, numa decisão mais extrema.
SUBLEGENDA- Apesar de todas as complicações no PT, as eleições no Recife acabarão servindo para o partido deixar de ser sublegenda do PSB. Desde a eleição do governador Eduardo Campos em 2006, o PT pernambucano perdeu a identidade e passou a sobreviver a reboque do humor e da vontade do líder socialista. Eduardo fez o que quis com o partido. Pegou o seu maior líder, João Paulo, e ale entregou uma secretaria esvaziada. A Humberto, que parecia mais fiel, deu um mandato de senador.
Descascando abacaxis - Depois que resolver o abacaxi do Recife, Eduardo vai se deparar com problemões da Frente Popular no resto do Estado. A espera dele estão ansiosos aliados em Caruaru (a briga de Queiroz com Lyra), Garanhuns (a imposição de um candidato que não decola) e Petrolina (o racha entre PT e PSB). Para não falar das dores de cabeça em Paulista, Igarassu e Ipojuca, na RMR.
Só com dobradinha - Em Araripina, o ex-deputado Emanuel Bringel (PSDB) só apoiaria a candidata do PSL, Socorro Pimentel, mulher do deputado Raimundo Pimentel (PSB), se este selasse um acordo com ele pelo qual fariam uma dobradinha em 2014, saindo Bringel estadual e Pimentel federal. Como Pimentel teme uma eleição para Câmara, Bringel vai mesmo apoiar a reeleição do prefeito Alexandre Arraes (PSB).
PSB com tucano - Em Ipojuca, o governador Eduardo Campos vai trabalhar efetivamente pela candidatura do deputado Carlos Santana (PSDB). O município entrou no acordo PSB-PSDB fechado com o presidente nacional tucano, Sérgio Guerra. Para a vice, o PSB já escolheu o presidente do Porto do Recife, Pedro Mendes. A aliança deve se repetir em mais oito ou 10 municípios.
Escola de FBC - Geraldo Júlio, provável candidato a prefeito pelo PSB no Recife ungido pelo governador Eduardo Campos, é cria do ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração). Entre os anos de 2004 e 2006, ele trabalhou na Prefeitura de Petrolina, primeiro como secretário de Finanças e depois na pata de Controle Interno. É, portanto, originalmente, do grupo e da escola de FBC.
CURTAS
APOIO – O prefeito de Salgueiro, Marcones Libório Sá (PSB), amarrou, ontem, o apoio do PTB depois de uma conversa com o senador Armando Monteiro Neto no Recife. Ganha assim mais um aliado para enfrentar a oposição, que se uniu em torno do vereador Alvinho Patriota, irmão do deputado Gonzaga Patriota.
SEGURO– Quem, na verdade, saiu ganhando com o racha do PT com o PSB no Recife foi o deputado Odacy Amorim, que está livre de qualquer intervenção do PT em relação à sua candidatura em Petrolina. Animado, Amorim quer atrair para a sua convenção lideranças nacionais do PT.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – Qual partido da Frente Popular vai indicar o vice na chapa de Geraldo Júlio no Recife?
'Como as águas profundas é o conselho no coração do homem; mas o homem de inteligência o trará para fora'. (Provérbios 20:5)
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