Bloqueio de caminhoneiros na altura do km 150, nos dois sentidos da Dutra, em São José dos Campos, interior de São Paulo, causou grandes congestionamentos na cidade na manhã desta terça-feira, 01 de novembro de 2022. — Foto: LUCAS LACAZ RUIZ/ESTADÃO CONTEÚDO
G1
As investigações da Polícia Federal sobre bloqueios de estradas mostram que eles não foram espontâneos, mas organizados pelas redes sociais em grupos de bolsonaristas nos aplicativos de mensagens Whatsapp e Telegram.
Segundo o blog apurou, vários desses grupos já foram bloqueados e, depois de solucionado o problema das interdições de estradas no país, as pessoas que articularam os protestos serão identificadas.
Os atos são considerados antidemocráticos e inconstitucionais. As pessoas que participaram da organização dos protestos serão alvo de processo e podem até ser presas por atentarem contra a democracia. Investigadores da PF acreditam que por trás dos grupos há financiadores dos protestos.
Durante o encontro com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro (PL) condenou os bloqueios e disse que eles não eram "orgânicos", mas "espontâneos".
Não é, no entanto, o que as investigações estão levantando. As apurações apontam para a existência de uma organização dos protestos. E que até parlamentares bolsonaristas podem estar envolvidos na operação para questionar o resultado das urnas, embora o próprio presidente Bolsonaro já tenha admitido a derrota.
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A avaliação de ministros no STF é que a crise provocada pelos bolsonaristas só começou a ser enfrentada no momento em que o Supremo deu respaldo para as polícias militares atuarem em vias municipais, estaduais e até federais, diante da ação burocrática da Polícia Rodoviária Federal.
Foram, inclusive, identificados policiais rodoviários que estão atuando "em parceria" com integrantes de grupos que estão bloqueando estradas no país.
Segundo ministros, a ala ideológica do bolsonarismo não contava com a atuação das polícias militares, que passaram a agir a partir de uma articulação do ministro Alexandre de Moraes. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que já foi ministro da Justiça, tem bom trânsito com os secretários estaduais de Segurança Pública e comandantes das polícias militares no país.
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