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Todos os dezesseis PMs afastados devido a violência durante protesto são identificados. Confira

17.6.21

/ por casinhas agreste
G1 PE

Dezesseis policiais militares, sendo 13 praças e três oficiais, foram afastados pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) devido à
repressão violenta ao protesto pacífico contra Bolsonaro (sem partido) em 29 de maio (veja vídeo acima).
A TV Globo teve acesso a documentos com nomes e patentes de todos os agentes de segurança que foram retirados das ruas para serem investigados pela Corregedoria Geral.
Durante o ato, dois trabalhadores que sequer participavam da manifestação perderam a visão de um dos olhos após serem atingidos por balas de borracha disparadas por policiais.
Outras pessoas ficaram feridas e a vereadora do Recife Liana Cirne (PT) foi agredida com spray de pimenta no rosto por PMs, que também negaram socorro ao adesivador de táxis Daniel Campelo, que perdeu o olho devido à violência da polícia.

Terceiro sargento foi identificado como autor do disparo de bala de borracha em trabalhador que perdeu a visão de um olho, no Recife — Foto: Reprodução/TV Globo
O então secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de Pádua, e o então comandante da Polícia Militar, Vanildo Maranhão, deixaram os cargos devido à repercussão da atuação da PM para reprimir o ato. Na terça-feira (15), Vanildo foi transferido para a reserva remunerada.


O único afastamento disciplinar que ocorreu até agora, 18 dias depois da conduta violenta da PM, foi o terceiro sargento Reinaldo Belmiro Lins, do Batalhão de Choque. Ele foi identificado como responsável por atirar no olho do arrumador de contêiners Jonas Correia de França, que não participava do protesto e estava apenas passando pelo Centro do Recife.
O boletim-geral da SDS trouxe, no dia 5 de junho, a informação de que a Corregedoria instaurou um Conselho de Disciplina para apurar a conduta do terceiro sargento. Ele foi afastado por meio de portaria publicada na terça-feira (15). O documento considera "a conduta atribuída a ele" como motivo do afastamento de 120 dias, que pode ser renovado por igual período.

Daniel Campelo, de 51 anos, foi atingido no olho por policiais militares durante protesto contra Bolsonaro no Recife — Foto: Hugo Muniz

Reinaldo Belmiro Lins é o único dos 16 policiais identificados pela PM que teve que entregar o armamento e a carteira funcional da Polícia Militar, e o único submetido ao Conselho de Disciplina.
De acordo com o Sistema Eletrônico de Informação do governo do estado, a Corregedoria abriu uma investigação preliminar em 30 de maio, dia seguinte ao protesto. Na quarta-feira (16), o processo foi remetido à Polícia Civil, que também investiga o caso.

Foram afastados os seguintes agentes de segurança 


Policiais do Batalhão de Choque:

Segundo sargento Caetano Marcelino da Silva;
Terceiro sargento Daniel José dos Santos;
Terceiro sargento Ivson Pereira da Silva;
Terceiro sargento Everlane Laine Tavares Silva;
Terceiro sargento Reinaldo Belmiro Lins;
Terceiro sargento Rodrigo Félix de Lima;
Terceiro sargento Jairton Galdino da Silva;
Cabo Wellington José da Silva;
Cabo Severino Everton Lira de Lima.

Oficiais:
Tenente Tiago Carvalho da Silva, do Batalhão de Choque;
Capitão Élton Máximo de Macedo, do Batalhão de Choque;
Major Gilson Monteiro da Silva, do 13° Batalhão.

Policiais da Radiopatrulha:

Sargento Ronaldo Santos de Lima;
Soldado Paulo Henrique Ferreira Dias;
Soldado Aberlryton José Mendes de Aguiar;
Soldado Lucas França da Silva.

Investigações


Secretário Humberto Freire afirma que dispersão de manifestantes pode ocorrer seguindo critério emergencial
A ordem para dispersar manifestantes foi dada pelo Comando Geral da Polícia Militar, de acordo com um documento de comunicação interna da PM, publicado em um site do governo do estado. O novo secretário de Defesa Social de Pernambuco, Humberto Freire, justificou que a ação de dispersão pode ocorrer em determinados casos, de acordo com um "critério emergencial" (veja vídeo acima).

nove investigações em curso na Corregedoria-Geral da SDS. Entre os problemas investigados na ação truculenta da corporação, estão desvio de conduta, uso irregular de balas de borracha e legalidade de atuação da PM.
De acordo com a SDS, os trabalhos "estão sendo conduzidos com dedicação, técnica, isenção e dentro da legalidade para, no menor tempo possível, elucidar os fatos ocorridos e responsabilizar policiais que porventura tenham cometido infração disciplinar".




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