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Manifestantes fazem ato contra Bolsonaro, contra o racismo e a favor da democracia em São Paulo

7.6.20

/ por casinhas agreste
A manifestação acontece na região do Largo da Batata, na Zona Oeste de SP. Na Avenida Paulista, um grupo a favor do presidente protestou em frente ao prédio da Fiesp; PM montou operação especial de segurança para os atos.
Por G1 SP, GloboNews e TV Globo — São Paulo
Manifestantes se reuniram na tarde deste domingo (7) em um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), contra o racismo e o fascismo e a favor da democracia no Largo da Batata, em Pinheiros, Zona Oeste da capital paulista.

O ato começou por volta das 14h de forma pacífica e foi convocado por movimentos negros, torcidas organizadas dos quatro grandes clubes de São Paulo e por movimentos sociais integrantes da 'Frente Povo Sem Medo'. O protesto foi transferido para Pinheiros depois de uma decisão judicial que proibiu atos antagônicos na Avenida Paulista.

Nas redes sociais, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou neste domingo (7) que convidou membros do Ministério Público de SP e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para acompanharem a operação montada pelo governo paulista para garantir a segurança dos manifestantes.

"Nosso governo convidou representantes do Ministério Público e da OAB para acompanhar do Centro de Operações da Polícia Militar a ação da PM nas manifestações que acontecem hoje na Capital. Compromisso com a transparência no trabalho da Polícia Militar de SP", disse Doria.

Por volta das 16h15, parte pequena dos manifestantes começaram a andar pela Rua dos Pinheiros, próxima ao ponto de concentração. Às 18h, eles continuavam na via próximo da Rua Matheus Grow, sendo escoltados pela polícia.


Integrantes dos movimentos sociais da "Frente Povo Sem Medo", declaram a manifestação encerrada no Largo da Batata e não saíram em caminhada junto o grupo na Rua dos Pinheiros.

Quando caminhavam pela rua dos Pinheiros, um pequeno grupo de manifestantes mascarados quebrou a vidraça de uma agência bancária, mas logo foi repelido pelos membros do movimento negro, que gritavam para que eles parassem de depredar o espaço e não desvirtuar a o objetivo da manifestação.

Houve um princípio de tumulto em que a PM tentou intervir, mas logo foi controlado por algumas lideranças, tidas, 'pacíficas'.

O ato
Além de cartazes contra Jair Bolsonaro, a manifestação na Zona Oeste de SP lembrou o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos, e do menino João Pedro, que morreu após ser baleado durante uma operação conjunta das polícias Civil e Federal, em 18 de maio, na Praia da Luz, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Os manifestantes também lembraram o menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, que morreu após cair do 9º andar de um prédio de luxo no Centro do Recife na última terça-feira (2).

Em analogia aos protestos nos Estados Unidos contra a morte de Floyd e de pessoas negras, os manifestantes em São Paulo se ajoelharam e reproduziram o ato de protesto que está sendo feito por vários atletas ao redor do mundo, para lembrar as vítimas do racismo.

Manifestantes negros ajoelham no Largo da Batata, em SP, e reproduzem o gesto que está sendo reproduzido no mundo inteiro, em protesto contra o assassinato de negros. — Foto: Guilherme Balza/GloboNews
Manifestantes negros ajoelham no Largo da Batata, em SP, e reproduzem o gesto que está sendo reproduzido no mundo inteiro, em protesto contra o assassinato de negros. — Foto: Guilherme Balza/GloboNews

Manifestantes ligados à torcida do Corinthians exibem bandeira em favor da democracia no Largo da Batata, em São Paulo. — Foto: Reprodução/TV Globo
Manifestantes ligados à torcida do Corinthians exibem bandeira em favor da democracia no Largo da Batata, em São Paulo. — Foto: Reprodução/TV Globo

O ato contra Jair Bolsonaro foi convocado no Largo da Batata depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu na sexta-feira (5) que manifestações antagônicas acontecessem na Avenida Paulista, para evitar confrontos como no último domingo (31), que terminou com seis pessoas detidas.

Por causa da decisão, os movimentos contra Jair Bolsonaro transferiram o ato para o Largo da Batata, enquanto os movimentos em favor do presidente da República mantiveram o encontro do grupo na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Fiesp.

Manifestantes no Largo da Batata, em SP, exibem cartazes lembrando vítimas da violência contra população negra. — Foto: Annelize Tozetto/Acervo Pessoal 
Manifestantes no Largo da Batata, em SP, exibem cartazes lembrando vítimas da violência contra população negra. — Foto: Annelize Tozetto/Acervo Pessoal

Os manifestantes do Largo da Batata também pediram no ato que o Ministério da Saúde volte a divulgar com transparência os dados sobre o avanço da pandemia de coronavírus no País.

Em forma bem humorada de protesto, um motorista circulou no Largo da Batata durante o ato com uma kombi branca com uma faixa que trazia a mensagem: "a terra é redonda", em lembrança aos militantes do terraplanismo, que afirmam que a terra é plana, não em formato esférico.

Manifestante no Largo da Batata, em SP, pede transparência do governo federal nos dados sobre a Covid-19. — Foto: Annelize Tozetto/Acervo Pessoal
Manifestante no Largo da Batata, em SP, pede transparência do governo federal nos dados sobre a Covid-19. — Foto: Annelize Tozetto/Acervo Pessoal

Manifestante passeia com kombi no Largo da Batata escrito "a terra é redonda"
Manifestante passeia com kombi no Largo da Batata escrito "a terra é redonda"

Reforço na segurança
Por causa dos protestos antagônicos realizados na cidade neste domingo (7), a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo montou um esquema especial de policiamento, com cerca de quatro mil policiais nas regiões onde acontecem os protestos.

Policiais de batalhões territoriais e especializados, como o BAEP, Trânsito e Choque, estão atuando nas regiões da Avenida Paulista e também do Largo da Batata.

Manifestantes protestam no Largo da Batata, Zona Oeste de SP, neste domingo (7) — Foto: Arquivo pessoal/Divulgação
Manifestantes protestam no Largo da Batata, Zona Oeste de SP, neste domingo (7) — Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

A operação conta com apoio de três helicópteros, seis drones e 150 viaturas, além de quatro veículos guardiões e um veículo lançador de água.

"As unidades da PM permanecerão de prontidão e, se necessário, serão deslocadas para prestar apoio às equipes. Mais de quatro mil policiais estarão a postos para garantir a segurança da população, a preservação do patrimônio e o direito à livre manifestação", disse a SSP em comunicado divulgado neste sábado (6).

No início da tarde deste domingo (7), pelo menos dois menores foram detidos na região da Av. Paulista portando gasolina, bastão e outros objetos proibidos pela PM.

Manifestantes protestam no Largo da Batata, Zona Oeste de SP, neste domingo (7) — Foto: Arquivo pessoal/Divulgação
Manifestantes protestam no Largo da Batata, Zona Oeste de SP, neste domingo (7) — Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Em reunião na sexta-feira (5) com os grupos manifestantes, a PM estabeleceu o controle de objetos e informou que revistas pessoais seriam realizadas e vários objetos vetados nos atos deste domingo.

Veja a lista de objetos vetados pela polícia:

Bandeiras e faixas com mastro ou hastes;
Guarda-chuvas;
Bastão para tirar fotos;
Materiais, objetos cortantes ou pontiagudos;
Bebidas alcoólicas;
Arma de fogo ou branca de qualquer espécie;
Fogos de artifício;
Taco de basebol, golfe e similares;
Outros objetos que possam causar riscos, dano ou importunação as pessoas;
Manifestantes protestam no Largo da Batata, Zona Oeste de SP, neste domingo (7) — Foto: Arquivo pessoal/Divulgação
Manifestantes protestam no Largo da Batata, Zona Oeste de SP, neste domingo (7) — Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Atos contra e a favor de Bolsonaro — Foto: Rodrigo Sanches/G1
Atos contra e a favor de Bolsonaro — Foto: Rodrigo Sanches/G1

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