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Recife PE: Gangue do 'boa noite, Cinderela', deu golpe em policiais e colocou sedativo até em sorvete

28.1.20

/ por casinhas agreste
Segundo delegado Carlos Couto, grupo era formado por três homens e uma mulher, que já está presa. Entre vítimas estão policial civil e PM e mais seis homens.
 G1 PE
A gangue do “boa noite, Cinderela”, que estava atuando no Grande Recife, deu golpes em oito homens, sendo um policial civil e um PM, marcando encontro por aplicativo de celular e site de relacionamentos. De acordo com o delegado Carlos Couto, responsável pela investigação, o grupo, liderado por uma mulher que já está presa, abordou uma das vítimas na praia, colocando sedativo em um sorvete.

O primeiro golpe da gangue foi desvendado na semana passada, pela Delegacia de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife. Na segunda (20), o delegado informou que um homem de 57 anos marcou um encontro por um aplicativo, adormeceu em um motel e teve prejuízo de R$ 8,1 mil. Na terça (21), Regina Rabelo, de 36 anos, foi presa em casa e confessou os crimes (veja vídeo abaixo).

Mulher que praticou golpe 'Boa Noite, Cinderela' em motel no Recife é presa pela Polícia


Em entrevista o G1, nesta segunda-feira (27), o delegado Carlos Couto afirmou que a gangue tinha quatro integrantes. Além, de Regina, são dois indivíduos, que fizeram o ”resgate” dela após o primeiro golpe no motel, e outro homem.

“Dois deles já estão identificados. São as pessoas que foram ao motel de táxi pegar a mulher e depois seguiram para o supermercado para fazer compras com cartão roubado”, afirmou o policial.

Um dos casos que chamaram a atenção do delegado ocorreu em uma praia, no Recife. A mulher marcou o encontro com a vítima e colocou o remédio controlado no sorvete dele.

“O medicamento fez efeito muito rápido e a vítima estava com a mulher no carro, indo para um motel ou para a casa dele, quando dormiu e bateu com o veículo. Ela levou o smartphone e cerca de R$ 200”, contou o delegado.

Ainda de acordo com Carlos Couto, cada integrante da gangue tinha uma função bem definida. Regina, disse o delegado, usava fotos falsas de mulheres bonitas, mais ou menos da idade dela, para atrair os homens, para o site de relacionamentos e para o aplicativo de encontros.

O segundo passo, era conversar com os alvos, geralmente pessoas com mais de 55 anos, pela internet. Quando ganhava confiança, ela começava a colocar fotos mais ousadas e, então, marcava os encontros.

“O homem que ainda estamos identificando chegou a ganhar uma espécie de comissão de R$ 1.500 pelo serviço. A mulher passou o cartão roubado no valor de R$ 4.700, e essa parte ficou com esse homem”, disse Carlos Couto.

Sobre o perfil das vítimas o delegado aponta que eles têm praticamente a mesma faixa etária. “Das oito vítimas, apenas duas eram mais jovens, mas todas caíram no golpe e perderam telefones e quantias em dinheiro. Ainda estamos ouvindo as pessoas para saber quanto a quadrilha levou”, afirmou Couto.


O delegado aprofunda, agora, a investigação sobre a origem dos medicamentos controlados usados nos golpes. “Temos uma informação de que uma pessoa ligada à mulher trabalharia em um hospital. Esses remédios estariam sendo desviados dessa unidade de saúde”, declarou.

Ocorrências fora levadas à delegacia de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife — Foto: Oton Veiga/TV GloboOcorrências fora levadas à delegacia de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife — Foto: Oton Veiga/TV Globo
Ocorrências fora levadas à delegacia de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife — Foto: Oton Veiga/TV Globo

Primeiro golpe
O primeiro golpe começou a ser investigado no fim de dezembro de 2019. De acordo com o delegado, ao longo das apurações, a polícia descobriu que a mulher colocou uma substância na bebida da vítima, em um motel na Zona Oeste da capital pernambucana.

Com a ajuda de dois comparsas, com o cartão de crédito do homem, ela foi até um supermercado da cidade e comprou vários itens, entre os quais dois smartphones.

Carlos Couto disse que a mulher também tentou adquirir outros produtos, totalizando R$ 5.700. O golpe poderia ter sido ainda maior, caso a administradora do cartão tivesse autorizado as outras compras.

Ainda de acordo com o delegado, o homem relatou que, depois de manter relações sexuais, disse para a mulher que gostaria de descansar por cinco minutos.

Ele passou, na verdade, seis horas dormindo. Acordou por volta das 18h, atordoado, passando mal, com náuseas e muito sonolento. Só despertou por causa da insistência dos funcionários do motel, que começaram a ligar para o quarto.


A vítima também contou ao delegado que, ao acordar, ficou sabendo que a mulher já tinha pago a conta, que custou R$ 110, e foi embora.

Como não tinha condições de dirigir, os funcionários do motel insistiram para a vítima do golpe permanecer no local. Ele disse que deveria ir para casa por causa da família.

Ele chegou em casa por volta das 19h e dormiu até o outro dia. Acordou com os mesmo sintomas e contou tudo para a mulher, que o levou para o hospital, segundo Carlos Couto.

Ainda de acordo com o delegado, a vítima foi atendida em uma unidade particular do Recife e não foi feito teste para detectar qual substâncias tóxica foi colocada na cerveja pela mulher, no motel.

Prisão
A prisão da mulher ocorreu na terça-feira à noite, em Areias, na Zona Oeste do Recife. Segundo a polícia, Regina está desempregada e tem três filhos.

No mesmo dia, a corporação disse que outras três pessoas denunciaram ter sido vítimas da mesma criminosa, desde agosto de 2019. Elas identificaram a mulher na Delegacia de Jardim São Paulo, na Zona Oeste.

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