Técnico do Náutico, Márcio Goiano, vai se reunir com dirigentes para observar jogos no exterior, analisando atletas estrangeiros
Por: William Tavares
Márcio Goiano, técnico do Náutico
Foto: Paullo Allmeida/Arquivo Folha
Assim que definir todas as renovações pendentes, o Náutico iniciará a busca por reforços, trazendo atletas que podem falar espanhol. Ao lado do gerente de futebol do clube, Ítalo Rodrigues, o técnico Márcio Goiano fará uma viagem internacional para observar nomes de outros países sul-americanos. A ideia é garimpar peças que podem chegar sem grande custo aos cofres, com potencial de crescimento.
"Queremos ver alguns jogos de fora e observar atletas que possam se ajustar ao perfil que queremos", afirmou o treinador. Nesta temporada, o Náutico contratou três atletas estrangeiros. Um deles, inclusive, não entrou em campo. O lateral-esquerdo colombiano Hugo Acosta sequer foi regularizado, passando apenas um mês no clube. Os demais foram os paraguaios Ortigoza e Jiménez. O primeiro foi o destaque da temporada, artilheiro do clube com 13 gols em 26 jogos. O Timbu até tentou segurá-lo para 2019, mas o centroavante optou por acertar sua transferência para o Paraná. O compatriota é o único que permanece. O volante participou de apenas seis partidas em 2018, marcando um gol.
Nos últimos 20 anos, o Náutico colecionou alguns nomes estrangeiros em seu elenco. Vice-artilheiro do Brasileirão 2007, com 19 gols, o uruguaio Acosta trouxe um retorno acima do esperado. Após passagem pelo Corinthians, ele voltou a atuar pelo Alvirrubro em 2009, sem o mesmo sucesso. Antes dele, o compatriota Cláudio Millar (1999 e 2001) não teve grande desempenho. Convivendo com problemas de sobrepeso, o lateral-esquerdo chileno Escalona (2007) ficou apenas quatro meses. Um ano depois veio colombiano Ricardo Laborde, contratado para suprir a saída de Acosta. O jovem atacante mostrou sérias deficiências (principalmente em finalização) e não brilhou. Em 2009, após vencer uma quebra de braço com o Sport, o Timbu trouxe o meia Daniel “Chucky” González, que marcou apenas um gol.
Outros nomes tiveram pouco sucesso no Náutico, caso dos argentinos Andrés Romero (2012) e Diego Morales (2013), e dos venezuelanos Breitner (2012) e Peña (2013). Lembrado apenas pelo gol marcado contra o Sport na Sul-Americana 2013, o centroavante uruguaio Olivera saiu brigado do clube após ser proibido de treinar pelos dirigentes da época. Compatriota do centroavante, o zagueiro Mario Risso vestiu a camisa alvirrubra em apenas oito jogos em 2014, mesmo ano em que o argentino Cañete atuou.
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