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ELEIÇÕES 2018: Assista o debate debate na TV Aparecida promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

21.9.18

/ por casinhas agreste
Candidatos a presidente apresentam propostas em quarto debate na TV
TV Aparecida reuniu Alvaro Dias (Pode), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede).
Por Filipe Matoso, Gustavo Garcia e Lucas Salomão, G1 — Brasília*
Vídeo: youtube 

 Candidatos a presidente no debate da TV Aparecida; da esquerda para a direita: Guilherme Boulos, Fernando Haddad, Alvaro Dias, Ciro Gomes, Henrique Meirelles, Marina Silva e Geraldo Alckmin — Foto: Thiago Leon/Santuário de Aparecida Candidatos a presidente no debate da TV Aparecida; da esquerda para a direita: Guilherme Boulos, Fernando Haddad, Alvaro Dias, Ciro Gomes, Henrique Meirelles, Marina Silva e Geraldo Alckmin — Foto: Thiago Leon/Santuário de Aparecida
Candidatos a presidente no debate da TV Aparecida; da esquerda para a direita: Guilherme Boulos, Fernando Haddad, Alvaro Dias, Ciro Gomes, Henrique Meirelles, Marina Silva e Geraldo Alckmin — Foto: Thiago Leon/Santuário de Aparecida
Sete candidatos a presidente da República participaram na noite desta quinta-feira (20) de um debate na TV Aparecida promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O debate reuniu Alvaro Dias (Pode), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede) – veja mais abaixo as propostas apresentadas pelos candidatos.
O debate desta quinta-feira foi o primeiro com a participação de Fernando Haddad. Inicialmente registrado como candidato a vice-presidente pelo PT, ele passou a ser o candidato à Presidência no último dia 11, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.

Assista o debate na íntegra ( o debate inicia a partir do 15 minutos)




Antes de o debate começar, a mediadora Joyce Ribeiro informou que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) não participaria porque ainda está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, por ter levado uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) no último dia 6.

A mediadora também informou que o candidato Cabo Daciolo (Patriota) foi convidado para o debate, mas a assessoria dele alegou incompatibilidade de agenda.

O debate foi dividido em cinco blocos:

1º bloco: Os candidatos responderam à pergunta: "Os senhores acreditam ser possível retomar o caminho da ética, restituir a credibilidade à política e fortalecer a democracia no Brasil?";
2º bloco: Candidatos fizeram perguntas entre si;
3º bloco: Candidatos responderam a perguntas de jornalistas;
4º bloco: Candidatos fizeram perguntas entre si;
5º bloco: Candidatos responderam a perguntas de bispos e fizeram as considerações finais.
Propostas
Conheça abaixo as propostas apresentadas pelos candidatos:

Observação: A ordem dos candidatos abaixo segue a ordem de respostas dadas no primeiro bloco do debate.

GUILHERME BOULOS (PSOL)

Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Presidência — Foto: Reprodução Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Presidência — Foto: Reprodução
Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Presidência — Foto: Reprodução

'Justiça social': Eu sou candidato a presidente da República pela primeira vez, mas tenho uma vida dedicada à luta social, por justiça ao lado dos excluídos. Sou coordenador do MTST, enfrentando essa violência que é a falta de moradia digna. No Brasil tem mais casa sem gente do que gente sem casa. Nossa luta se inspira muito pela mensagem do Papa Francisco, com seus três t's: teto, terra e trabalho. Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos. A igualdade social é essencial para qualquer país. Assim como a ética pública, porque o Brasil não vive apenas uma crise econômica, não vive apenas uma crise política. Vive também uma crise de destino, onde os valores éticos deixaram de ser o centro que guia a política e a vida. É preciso restaurar isso, não apenas com palavras. É preciso fazer isso com ações, com uma profunda reforma política no Brasil, que vai enfrentar de verdade o sequestro que existe do poder público pelos interesses privados, que se manifestam desde as campanhas eleitorais, quando interesses econômicos, empresários, banqueiros, agronegócio financiam campanhas eleitorais e depois cobram em troca fidelidade aos seus interesses. Nós somos contra esse tipo de promiscuidade entre o público e o privado. Ele tem que acabar. Assim como nós propomos outro modelo de governabilidade, que não é o do toma lá da cá, de trocar voto no Congresso por cargo em ministério e em governo. É preciso refundar a democracia política, para poder, de verdade, enfrentar a corrupção no Brasil. Nós vamos ter que enfrentar os grandes interesses."
Reforma no sistema político: "O sistema político brasileiro está podre. Está podre em primeiro lugar porque o poder econômico prevalece sobre a política. Como já disse inicialmente, desde o financiamento de campanha eleitoral pelos grandes interesses, pelos empresários, pelos banqueiros, pelos latifundiários, e que depois recebem isso de volta em projetos de lei, em licitações, em favorecimentos. Por isso, nós queremos acabar com qualquer tipo de financiamento privado de campanha eleitoral. Essa é uma primeira medida necessária. A segunda é trazer o povo para participar do centro das decisões. O Brasil é muito maior do que a Praça dos Três Poderes. Não dá para entender que governabilidade é apenas uma reunião entre o presidente da República e o presidente do Congresso. Ainda mais quando isso se faz trocando voto no parlamento por cargo em governo e ministério. Nós somos contra. Democracia não pode ser apenas apertar um botão a cada quatro anos, e os representantes fazem o que querem como se fosse um cheque em branco. O povo tem que ser chamado a decidir com plebiscitos, com referendos, com conselhos. A participação popular é essencial para reformar o sistema político. E, por fim, é preciso ter transparência. Transparência nos negócios públicos, seja por participação direta, seja por participação digital por meio de aplicativos, que é o nosso programa democracia 5.0. O poder pode tá na mão das pessoas, consultando e definindo sobre os negócios públicos. Agora, Álvaro, é importante que se tenha coerência. Eu tenho coerência. O meu partido, o PSOL, tem uma bancada extremamente combativa que assinou inclusive o plano de reforma política da coalizão e da CNBB que propõe todas essas medidas e muitas outras para mudar o sistema político brasileiro."
Erradicação do trabalho infantil e reforma trabalhista: "É fundamental dar oportunidade às crianças. As crianças precisam ir para a escola e não trabalhar. Um parlamentar nosso do PSOL tem a proposta da lista suja do trabalho infantil e queremos levar essa proposta para todo o Brasil. Qualquer empresa pega com trabalho infantil tem que ter o registro cassado. Não pode ter meio termo, não pode ter tergiversação. Se for no campo ou em fazenda, tem que ter desapropriação. É fundamental. Com trabalho infantil não se brinca, se enfrenta. Não pode acontecer, é preciso ampliar o serviço de educação pública para as crianças estarem na escola. O trabalho infantil é só uma das faces do trabalho no Brasil. Quero falar do absurdo que é a aprovação da reforma trabalhista por este desgoverno. A reforma trabalhista permitiu o 'libera geral' da terceirização. Os trabalhadores terceirizados ganham menos, trabalham de maneira precária. A reforma tralahista permitiu que mulheres grávidas trabalhem em lugar insalubre. Gerou maior informalidade e desemprego. Prometeram que a retirada de direitos levaria ao emprego. Nunca foi um bom negócio. O trabalhador quer emprego, 13º, férias, auxílio-doença, quer todos os direitos. Além de retirar direitos, a reforma gerou desemprego. Essa política dos não eleitos pelo povo, nós vamos revogar".
Segurança pública: "Olha, Marina, primeiro, nós temos que reconhecer que a violência é um dos problemas mais graves do país. O Brasil teve 63 mil mortes violentas no último ano. Isso é mais, proporcionalmente, do que a Síria, que é um país que está em guerra. Agora, nós temos que reconhecer uma segunda coisa. Não é com violência que se combate a violência. Não é distribuindo arma para as pessoas. Isso não funcionou em nenhum lugar do mundo. Não é insistindo num modelo que mata. Aliás, num sistema que lucra com as mortes. Esse é um ponto importante. Há a indústria da morte. Há aqueles que ganham com isso. Há a indústria de armas, através do tráfico de armas e munições. Há toda uma bancada que se alimenta da violência, que se alimenta do medo e que se alimenta do ódio. Nós vamos enfrentar esse problema, primeiro, com prevenção. Nós não queremos construir mais presídios. Nós queremos construir mais escolas. Nós não queremos que o nosso jovem tenha a primeira arma. Nós queremos que ele tenha o primeiro emprego. Porque onde tem igualdade de oportunidades, especialmente, para a juventude, se reduz a violência. Nós não podemos reproduzir um modelo de segurança que na verdade criou a polícia que mais mata e a polícia que mais morre. Por isso, nós vamos desmilitarizar as polícias. Isso é fundamental. Hoje há um verdadeiro genocídio da juventude pobre e negra nas periferias desse país. Nós precisamos de um outro modelo de segurança. Uma polícia desmilitarizada e acabar com essa política de guerra às drogas, que, em nome do combate ao narcotráfico, está matando os jovens nas favelas e periferias. Nós temos que descriminalizar, tratar a questão das substâncias químicas e do abuso de substâncias químicas como um tema do SUS, de saúde pública, e não como um tema do Código Penal. Esses são os primeiros caminhos para um outro modelo de segurança no Brasil."
Diálogos com os poderes e com os movimentos sociais: "Olha, primeiro, dizer de que polarização nós estamos falando. A polarização que produz o ódio, que produz a violência no lugar do debate político e dos argumentos deve ser totalmente rechaçada. Agora, é importante também reconhecer que o Brasil está polarizado não por acaso. Tá polarizado porque existe um profundo abismo social, onde seis bilionários têm mais riquezas que 100 milhões de pessoas. É preciso tocar nessa ferida. A ferida da desigualdade. Enquanto não se mexer nisso, jogar a desigualdade para baixo do tapete, as diferenças e a polarização vão continuar na política brasileira. Agora, a respeito do diálogo e da relação dos poderes, é preciso, sim, que haja um diálogo democrático. Mas diálogo democrático não é compra de apoio. Não é o modelo de governabilidade desse sistema político podre que gerou desesperança e desilusão nas pessoas. Não pode ser troca de cargo em estatal e em ministério por voto no Congresso Nacional. Isso as pessoas não aguentam mais. Isso o Brasil não aguenta mais. É preciso que a governabilidade não seja feita apenas entre as instituições. Seja feita também com a sociedade. E por isso é importante que pergunta tenha também a questão dos movimentos sociais. A sociedade organizada tem que ser ouvida. O povo tem que ser ouvido. O povo tem que ser chamado a decidir no centro das decisões. A democracia brasileira não pode ser como aquele programa da televisão do Big Brother, onde as pessoas decidem quem fica na casa, quem sai da casa, mas não decidem o que acontece dentro da casa. Tá na hora de o povo brasileiro decidir o que acontece dentro da casa com plebiscito, com referendos, com participação popular, conselhos, ouvindo os movimentos sociais e ouvindo a população. Essa é a governabilidade."
Considerações finais: "Nós estamos a 15 dias da eleição. E muita gente está preocupada com o futuro do país, com riscos de retrocesso. Nós também estamos muito preocupados e vamos fazer de tudo para combater o atraso. Agora, isso tem feito algumas pessoas pensarem em votar com ódio ou com medo. Primeiro turno é momento de se votar no projeto que acredita. Acreditamos no projeto de justiça social e de mudança para o Brasil, um projeto que foi sonhado por Dom Paulo, Dom Hélder Câmara, Irmã Dorothy. Um projeto que tem lado, o lado dos que defendem reforma agrária. Se este é seu lado, vote 50. Se não recua na defesa do direito das mulheres. Se este é seu lado, vote 50. Nenhum trabalhador sem direitos, nenhum camponês sem terra, nenhuma família sem casa. Vote contra o sistema. Vote PSOL, vote 50".
FERNANDO HADDAD (PT)

Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência — Foto: Reprodução Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência — Foto: Reprodução
Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência — Foto: Reprodução

Combate à corrupção: "Eu vejo essa questão da ética na política, a partir de dois pontos de vista: o primeiro, fortalecer todas as instituições que combatem a corrupção no estado sem preferência partidária, sem identidade religiosa, política, de nenhuma natureza. Individualizar aqueles que cometeram ilícitos e punir exemplarmente. Para isso, nós precisamos ter uma controladoria forte. Uma polícia federal forte, um Ministério Público forte, e uma Justiça forte e apartidária. E foi isso que nós procuramos fazer ao longo dos anos que governamos o país. Fortalecemos, e isso é dito por essas instituições, todas elas, para que a sujeira não fosse para baixo do tapete. Nós não podemos enfrentar a corrupção a não ser fortalecendo as instituições doa a quem doer. Um segundo aspecto da ética na política é favorecer os mais pobres. Fazer programas que atendam à juventude, que faça a juventude chegar às portas das escolas dignas, das universidades, das escolas técnicas. Oferecer médico para quem não tem, remédio para quem não tem, casa para quem não tem. E os programas sociais desenvolvidos ao longo de 12 anos de governo foram muito exitosos no sentido de oferecer dignidade ao povo brasileiro em geral, mas, sobretudo, para aqueles que mais precisam. Portanto, fazer o dinheiro chegar ao pobre e combater exemplarmente a corrupção pelo fortalecimento das instituições."
Revisão de leis aprovadas pelo governo Temer: "A terceirização, a chamada 'pejotização', que tira recursos da Previdência, inclusive, porque eles não contribuem com a Previdência do mesmo jeito que o trabalhador de carteira assinada, e o teto de gastos que congela praticamente os serviços sociais do Brasil por 20 anos, e que foram aprovados pelo PSDB sob o comando do ministro Meirelles à frente do Ministério da Fazenda do governo Temer, colocam em risco a saúde social do Brasil. Se nós não olharmos para o sofrimento do povo nesse momento, para quem está faltando creche, para quem está faltando remédio, como disseram aqui Ciro e Marina, para quem está faltando gás a preço justo, para quem está faltando renda para terminar o mês. Se nós não olharmos para esse trabalhador brasileiro agora, nós vamos colher frutos muito ruins. Nós temos que rever a legislação aprovada durante o seu [Meirelles] mandato a frente do Ministério da Fazenda para recuperar a confiança do povo, porque talvez o senhor tenha recuperado a confiança dos banqueiros da Faria Lima, mas do povo esse governo não recuperou a confiança. Nós vamos voltar a sermos felizes de novo, investindo no social e fazendo do povo parte da solução. Porque a exclusão social é que gera tamanha desigualdade e o baixo desempenho da nossa economia. Povo com dinheiro, a economia cresce, gera emprego e gera oportunidade."
Política de imigração: "Nossa tradição, a tradição brasileira, é de acolhimento. Acolhimento a todos os povos que migraram, que escolherem o Brasil para morar. Sou filho de um imigrante libanês que era agricultor familiar no Líbano e encontrou no Brasil a oportunidade para formar uma família e criar os filhos. Prezo muito o tema do acolhimento aos imigrantes porque minha família dependia do acolhimento para sobreviver. Vivemos na cidade de São Paulo, onde fui prefeito, um grande fluxo migratório. Você [jornalista] citou alguns, como o do Haiti, da Bolívia, da Venezuela, da Síria e recebemos todos mediante políticas públicas que se transformaram em leis. Sancionei a lei da migração em São Paulo em meio ao fórum social mundial com o tema migração. São Paulo serviu de exemplo para o mundo de como acolher os imigrantes. Prentendemos alargar a política para o território nacional. Entendemos que o Brasil tem um grande papel nesse tema, primeiro pela tradição que tem e, em segundo lugar, para combater por parte de outros povos a intolerência, que está crescendo muito no mundo e o Brasil tem que dar exemplo de paz. O Brasil é um país de paz e temos de cultivar a paz interna. A violência não vai levar a lugar nenhum. Os países que optaram pela violência colheram violência. O Brasil precisa plantar a paz para colher a paz".
Reforma tributária: "Realmente, esse é um dos maiores problemas brasileiros, porque quanto mais pobre você é, mais imposto você paga proporcionalmente à sua renda. Quanto mais rico você é, menos imposto você paga proporcionalmente a sua renda. Isso no Brasil. E isso tem que mudar. Dois colaboradores do governo Lula, durante os últimos dois anos, elaboraram uma proposta que me parece muito viável. A proposta consiste no seguinte: você garantir a estados e municípios que a receita deles de impostos não vai cair ao longo da transição do sistema tributário e fixar um imposto de valor agregado que congregue todos os outros impostos sobre consumo para simplificar e diminuir a carga tributária sobre consumo, justamente beneficiando os mais pobres. Porque o pobre paga imposto ao consumir. Eu estou falando de dois colaboradores do governo Lula, Bernard Appy e Nelson Machado, que elaboraram esse projeto, que foi muito bem avaliado pelo presidente Lula e por mim e consta do nosso plano de governo. Do outro lado, do lado da renda e do patrimônio, aí sim. Nós temos que cobrar dos milionários o que não pagam de impostos. Por exemplo: os brasileiros muito ricos, quando recebem dividendos das suas empresas, bancos, etecetera, não pagam imposto de renda, ao contrário do trabalhador que paga na fonte, até 27,5% do seu salário, o imposto de renda que é retido. O que se recebe de dividendos, desde 1995, que não se paga, é preciso corrigir essa distorção. Imposto sobre patrimônio, sobre grandes patrimônios também não são alvo de fiscalização. E o imposto sobre a herança no Brasil, sobre grandes patrimônios herdados, é um dos mais baixos."
Combate à violência: "É um tema que aflige a todos os brasileiros e brasileiras. E nós devemos tratar dela em conjunto. Em primeiro lugar, voltar a investir no social. Deus distribuiu talento democraticamente. Cabe aos homens distribuir as oportunidades democraticamente. Se nós não distribuirmos as oportunidades, a violência vai aumentar. Quanto mais oportunidades oferecemos para os jovens, para os trabalhadores, mais alternativas eles vão ter à questão da violência. A segunda coisa é coibir a violência e aí o estado tem que ser firme, tem que ser duro. A violência, o sistema de segurança hoje cabe majoritariamente aos estados. E os estados não estão dando conta da situação. É preciso criar um sistema único, mas a partir de pressupostos diferentes dos que foram apresentados aqui. Em primeiro lugar, os prefeitos precisam trabalhar com os governadores na organização dos territórios para coibir a violência. É raro o governador que trabalha com prefeito. Isso precisa ser uma prática estabelecida em lei. Em segundo lugar, nós precisamos federalizar alguns crimes que tenham a ver com organizações criminosas. Algumas organizações criminosas estão atuando no plano nacional. Elas não estão atuando mais no plano local. Exigir que um governador combata uma facção que opera em nível nacional, ele certamente vai fracassar com isso. Portanto, a Polícia Federal vai ter que ser fortalecida para ter um contingente que atue no território estadual e municipal para liberar essas forças públicas para coibir os crimes que mais afetam as pessoas: homicídio, estupro e roubo."
Considerações finais: "Estive ao lado do presidente Lula durante seus oito anos de governo. Ele que foi o maior estadista da história desse país tinha duas obsessões: trabalho e educação. Foi o presidente que mais gerou empregos na história do país, e eu cuidei da parte da educação durante seis anos do seu governo. Dobramos o investimento público por aluno na educação básica e abrimos as portas das universidade para os jovens trabalhadores, para o filho do agricultor, para o filho do pedreiro, para o filho da lavadeira. Nunca houve tanta democratização de acesso à educação superior e à educação profissional como durante esse período. Ampliamos as oportunidades. Deus deu talento para todos nós. Cabe ao Estado garantir oportunidade para que esse talento se revele. E nós podemos voltar a ser felizes de novo. O povo pode comer, beber, trabalhar, estudar."
ALVARO DIAS (PODEMOS)

Alvaro Dias, candidato do Podemos à Presidência — Foto: Reprodução Alvaro Dias, candidato do Podemos à Presidência — Foto: Reprodução
Alvaro Dias, candidato do Podemos à Presidência — Foto: Reprodução

Combate à corrupção: "O combate à corrupção é prioridade no país. O Brasil não pode ser governado por organizações criminosas. Nos últimos anos, este país foi assaltado e, segundo as autoridades judiciais, foi governado por uma organização criminosa. O combate implacável à corrupção começa, evidentemente, na valorização das instituições como a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça. A eliminação dos priviégios, como foro privilegiado, que é um guarda-chiva protetor de mais de 55 mil autoridades neste país e que nos coloca em campos diferentes, porque não somos iguais perante a lei".
Lava Jato e 'refundação' da República: "A Lava Jato será prioridade e deve ser institucionalizada como uma política de Estado no combate à corrupção. A questão ética é fundamental porque combater a corrupção é melhorar a imagem do Brasil no exterior. Precisamos acabar com frase do 'rouba, mas faz'. Chegou a hora de fazer mais, muito mais que se fez sem roubar, sem deixar roubar e botando na cadeia quem rouba. A refundação da República é o início de um novo tempo onde todos deveremos ser iguais perante à lei, com eliminação dos privilégios".
Igualdade de gênero: "Em resposta à sua indagação [feita por Boulos], nós temos uma legislação que defende a igualdade, o que o governo pode fazer é monitorar a legislação vigente para que o respeito à lei ocorra. No Brasil, nós elaboramos a lei muitas vezes bem, outras vezes mal, mas muitas a lei é ignorada, ela é interpretada ao sabor de conveniências e de interesses pessoais. Nós queremos, sim, monitorar a legislação para estabelecer como premissa básica o respeito à dignidade humana. Somos um país de várias crenças, de várias religiosidades, de várias raças, e obviamente esse respeito à igualdade é essencial. Não só em relação aos valores, mas especialmente em relação ao protagonismo econômico e à participação política, à igualdade de gênero."
Segurança pública: "Em relação à segurança, uma política de Estado de segurança pública que elenca três itens fundamentais: financiamento, capacitação e indução políticas corretas. No entanto, é preciso restabelecer a autoridade. Quando a autoridade não se impõe, a marginalidade se sobrepõe e avança. Os marginais se consideram mais poderosos do que as autoridades constituídas. É por isso que se fala em tolerância zero contra o crime. Começamos pela faixa de fronteira. Dezessete mil quilômetros de fronteira aberta ao tráfico de drogas e ao contrabando de armas. O SISFRON não é instalado porque o governo diz que não tem dinheiro, aliás, diz sempre que não tem dinheiro para nada. São R$ 12 bilhões. O cronograma vai para 2035. Nós temos que antecipar e instalar. Armamento pesado não pode chegar às mãos erradas, às mãos dos bandidos. Porque lá explode a violência. Tem que chegar nas mãos corretas dos policiais, nesse enfrentamento contra o crime. O bandido no Brasil tem que voltar a ter medo da lei. E é desta forma, investindo em inteligência, integrando as instituições policiais – na faixa de fronteira, o Exército, a Polícia Federal, a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Receita Federal, valorizando os profissionais da segurança pública que devem ser bem remunerados em razão do risco que enfrentam no dia a dia, no combate à corrupção. Nós entendemos que dinheiro no Orçamento que não for aplicado em Segurança Pública deve se responsabilizar o presidente."
Desigualdade social: "Há pouco dias, eu sobrevoei as montanhas de Minas Gerais. E o prefeito de Betim me dizia: 'olha, aquela montanha tem uma das maiores reservas minerais do mundo'. Eu vi montanhas ricas e embaixo um povo pobre. A fotografia do Brasil. Desigualdades sociais. Caminhar pelo país é conhecer a riqueza, potencialidades econômicas extraordinárias, belezas naturais que fascinam a humanidade, mas é esta ilha de abastança, de prosperidade, em meio ao oceano de dificuldades, infortúnio, pobreza e miséria. Temos que mudar esse país a começar pela refundação da República, oferecendo igualdade de oportunidades. Lá em Uberlândia um morador de rua chega e me diz: 'não fale em pobreza, fale em oportunidade, fale em emprego, ofereça oportunidade e nós acabamos com a pobreza'. Valorizar o trabalho, valorizar a produção, valorizar o emprego, valorizar o salário é o início do combate verdadeiro à pobreza nesse país. E, para isso, reformas essenciais. Sim, reforma do Estado, reforma da Previdência, reforma tributária, reforma trabalhista para valer com foco no trabalho, na geração de emprego, combate à corrupção para atrair investimentos produtivos, gerando emprego, renda e receita pública. Regulação competente, segurana jurídica para o empreendedor ter coragem de investir, acabando com a burocracia, desburocratizando, simplificando. Um modelo tributário progressivo, tributando mais na renda, menos no consumo, para distribuir justiça social. A pobreza acaba porque esse país é rico e tem um pvoo extraordinário."
Considerações finais: "Agradecendo a oportunidade, eu termino lembrando o papa Francisco, que, há poucos dias, disse que a extrema esquerda e a extrema direita ousam falar em nome da sociedade sem ouvir a população, as suas aspirações e os seus reclamos. E o Brasil da descrença que se generalizou ameaça um confronto entre esquerda e direita que nos levará certamente à intolerância e a ausência de solução para os problemas mais graves deste país. Não é alimentando os extremos que superaremos as dificuldades. Certamente, não é apostando na palavra fácil da campanha eleitoral, é olhando para trás, investigando, conhecendo e colocando na balança os prós e contras de cada candidato para definir pelo melhor. Lucidez e inteligência levará ao país ao seu futuro."
CIRO GOMES (PDT)

Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência — Foto: Reprodução Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência — Foto: Reprodução
Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência — Foto: Reprodução

Combate à corrupção: "Palavras sem testemunho não representam nada. O enfrentamento da corrupção no Brasil, e a pergunta específica é se é possível sinalizar com seriedade ao nosso povo se a ética pode voltar a ser uma característica do comportamento republicano dos homens públicos, há de se aperfeiçoar em dois planos. O primeiro plano é o exemplo, porque os corruptos eles se adaptam a todas as leis. Pouco importa as formalidades, os protocolos. Os corruptos sempre acharão caminhos porque essa é uma fragilidade da obra humana. O que importa aqui é a exemplaridade. E eu, apenas para me apresentar ao povo brasileiro, tenho a honra de completar 39 anos de vida pública, nunca respondi por nenhum mal feito, nem sequer para ser absolvido. O que não é vantagem nenhuma, é apenas a minha obrigação, mas eu estou me apresentando ao povo brasileiro porque acho que o exemplo é melhor do que muitas palavras. Segundo, é entender que esses últimos 20 anos de democracia fracassaram porque estão replicando a mesma prática".
Combate à polarização política: "A pretexto de superar a fragmentação partidária, nós estamos permitindo ciclo após ciclo, e assim foi com o PSDB e com o PT, e o resultado foi desastroso para o país, que a cooptação de deputados se faça pelo suborno, pelo aliciamento, pela fisiologia, pelo clientelismo que coopta e ocupa os cargos públicos. É preciso substituir isso por quatro alternativas, que se somam entre si. A primeira, propor as ideias antes para que o povo brasileiro eleja ideias, e não caudilhos, ou pessoas, ou personalidades. Segundo, propor na primeira hora, onde está viva a força popular, mantendo energizada a política. Terceiro, redesenhar um pacto de atacado, trocando as reformas por um pacto federativo novo. E quarto, quando persistir o impasse, chamar o povo a decidi-lo diretamente por meio de plebiscitos e referendos."
Saúde: "Pude testemunhar que, em números a atenção bástica está preticamente universalizada no Brasil, mas não tem um melhor resultado porque, primeiro, a distribuição de remédios, não só os de alta linhagem, tecnológicos e custos mais graves, que estão sendo judicializados e importando em abusos por aí afora, mas, também, pela falta de regras no Brasil de acesso a especialistas e a exames mais sofisticados de imagem. Nossa ideia é que tem que centralizar toda a licitação dos remédios, unindo um conselho de municípios ou todos os municípios e o estado para fazer licitações e acompanhar o fluxo por ondem os remédios saem. Há um certo caos na necessidade do remédio aqui e ali, mas é possível fazer a estatística. Estamos avançando com o sistema no Ceará e estamos conseguindo um relativo êxito. Completamos a distribuição dos remédios em grande fluxo de pessoas como terminais de ônibus. A lista dos 124 remédios distribuidos há descontinuidade, mas haverá uma central para unificar a compra dos estados e isso minimizará as ausências. Às vezes a licitação está deserta, mas há também o problema da distribuição. Isso me põe a lembrança de que o Brasil precisa, de novo, de projetos industriais para ter autonomia na produção de insumos para a saúde, deixando de comprar lá fora".
Política de urbanização: "Esta é uma questão central da vida brasileira. 85 de cada 100 de nossos irmãos e irmãs moram hoje nas cidades e o Brasil, infelizmente, consequência de uma brutal concentração de renda, impôs no simbólico e no real essa brutal desigualdade e a lógica de privilégios na geografia das cidades, fazendo o que? Grandes conjuntos habitacionais, muito longe do centro, onde estão as atividades econômicas, obrigando nossa gente a um terceiro turno de trabalho pelo qual, através dessa selvageria que é a reforma trabalhista, que foi feita sem discutir com ninguém, as pessoas não recebem nada por isso. Duas horas para ir para o trabalho, duras horas para voltar, destruindo a possibilidade de ter carinho em casa, de ver os filhos dormirem, para a maioria das famílias pobres do Brasil. É evidente que temos que trazer para o centro de um projeto de desenvolvimento, e hoje estive no instituto dos arquitetos do Brasil, e assumi o compromisso de promover reforma urbana. A tarefa aqui é evitar aquilo que é o esvaziamento dos centros, e o Boulos que é especialista nisso, e tem toda razão, o Brasil tem mais imóveis vazios nos centros das cidades, boa parte deles públicos, do que as 6,5 milhões de famílias que estão vivendo em barracos, palafitas, casebres, sofrendo frio e chuva pelo Brasil afora. Precisamos começar por aí: a lei do menor esforço. Se já tem patrimônio público, é adaptar isso para que as populações sem teto possam vir, e as populações que vivem longe virem morar perto dos seus trabalhos. Há muito dinheiro no mundo disponível para bons projetos".
Agronegócio e agricultura familiar: "As duas atividades cumprem funções distintas. A agricultura familiar responde por 80% da comida da nossa mesa é uma atividade que emprega muitas pessoas. Para ela, o que precisamos fazer? Garantindo o zoneamento econômico e ecológico, a proteção das populações tradicionais, a preservação dos biomas, dos acervos hídricos do país, e nós temos avançado bastante nisso, e podemos aperfeiçoar, nós precisamos fazer chegar o crédito com volume na hora certa, especialmente o Pronaf, o grande drama da assistência técnica, porque crescentemente a agricultura tende a ser extraordinariamente produtiva , quando é custo muito alto para o pequeno acessar isso de forma privada, é preciso fazê-lo de forma pública, e fazer o programa de compras governamentais e acesso ao mercado inovando formas de operação conjunta. O agronegócio não gera muitos empregos porque é extremamente mecanizado, não gera tributos porque é muito isento e por regra paga muito pouco imposto. Esta é a questão. Porém, cumpre função vital porque o Brasil desaprendeu a indústria. Nosso modo de consumo é referido a um padrão de indústria, queremos celulares modernos, remédios modernos, e o Brasil devastou a sua indústria por essa política econômica estúpida que nos governa há 15, 20 anos. Então, nós precisamos resolver essa equação financiando o equilíbrio das contas do Brasil no estrangeiro. Enquanto nós crescemos qualquer coisa, e apresentamos um buraco de R$ 160 bilhões, eles botam 100 bilhões de dólares nas contas do Brasil".
Considerações finais: "Quero agradecer a você, Joyce, mulher e negra que nos liderou com toda autoridade sem perder a delicadeza. Agradecer a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil na pessoa de Dom Sérgio e na lembrança do grande brasileiro que não será jamais por mim esquecido Dom Aloisio, a quem devo parte relevante da minha formação e que não está mais entre nós. E agradecer cumprimentando a todos os demais candidatos. Agradecer ao brasileiro e à brasileira que nos acompanham. O Brasil precisa mudar. São 13,7 milhões de desempregados, 32 milhões de brasileiros na informalidade, 63 milhões com nome sujo no SPC, que eu vou ajudar a tirar. Mas a mudança que nós precisamos fazer é que tem que entender o que está acontecendo. Esse extremismo, essa radicalização, que nós inclusive vimos acontecer em alguns momentos mais ásperos desse debate, estão infernizando o Brasil desde 2014. Eu quero ser aquele que consegue reunir os grupos brasileiros de todos os credos, de todas as inteligências."
HENRIQUE MEIRELLES (MDB)

Henrique Meirelles, candidato do MDB à Presidência — Foto: Reprodução Henrique Meirelles, candidato do MDB à Presidência — Foto: Reprodução
Henrique Meirelles, candidato do MDB à Presidência — Foto: Reprodução

Combate à corrupção: "E começarmos falando aqui sobre a ética, a honestidade também oferece um simbolismo especial. Aqui na Basílica nós podemos olhar para o país e ver como o que dizemos aqui pode de fato se tornar realidade. A principal coisa é pessoas que são honestas e competentes ocupando os cargos públicos. Começa por aí. No meu caso, eu trabalhei 33 anos em empresas, 10 anos no setor público, nunca tive uma denúncia por corrupção, não tenho nenhum processo. Mas, além disso, tão ou mais importante, todo o meu período de governo, seja no Banco Central, seja no Ministério da Fazenda, toda minha equipe nunca foi denunciada ou sequer investigada. Uma equipe competente e que dá um exemplo de honestidade. E terceiro é muito importante também criar estruturas para isso. Por exemplo, eu criei estruturas nos órgãos sob a minha direção, por exemplo, num órgão subordinado, que era a Caixa Econômica Federal, onde no próprio estatuto da instituição eu mandei colocar que o executivo tem que ter uma vida séria, de honestidade, não pode ter sido sujeito a nenhum tipo de corrupção e tem que ser escolhido por uma empresa".
Segurança pública: "A segurança pública tem que ser administrada com capacidade e competência porque a violência se combate com inteligência. Em primeiro lugar, é necessário que os estados possam equipar suas polícias. Existem estados que há 20, há 10 anos não contratam um policial. É importante que a economia cresça, que os estados possam ter aumento de arrecadação para comprar equipamentos, armamentos, viaturas e contratar policiais. A partir daí, as polícias, estando equipadas, é necessário um sistema nacional de informações. Porque um dos grandes problemas do Brasil é que o crime está um passo à frente ou, pior, temos líderes de facções que estão comandando o crime de dentro das prisões. Precisamos ter um serviço nacional de informações que coloque as forças de segurança, em vez de um passo atrás, um passo à frente do crime, podendo dar informações em tempo real para a Polícia Militar de um estado, que não se comunica com a Polícia Civil. E equipar a Polícia Federal, dar condições para a PF administrar o sistema nacional. E também uma política eficaz de fronteiras porque o contrabando de armamentos e etc. é o que, de fato, alimenta o crime no Brasil. Então, temos que fazer tratados com os países para combater dos dois lados a violência".
Desemprego: "Esta tragédia foi criada por uma série de equívocos econômicos que foram praticados no governo Dilma. Nesse momento, se fez toda uma série de ações que desorganizaram a economia, intervencionismo, estatização do pensamento econômico, tentativa de aumentar o tamanho do Estado. Então a dívida pública começou a aumentar muito e isso levou a um aumento do custo da dívida, isso levou ao aumento também da inflação, um aumento dos gastos públicos, um juro alto com inflação. Tudo isso foi herança do governo da Dilma e do PT. Nós tivemos então o aumento do desemprego, porque a produção começou a cair, as empresas começaram a demitir e esse foi o grande problema do Brasil. Agora, nós começamos um trabalho de recuperação, o país começou um trabalho de recuperação. Quando eu estive no Ministério da Fazenda, apenas no ano de 2017, nós criamos 2 milhões de empregos no Brasil, mas foi só o início, porque encontramos 14 milhões de desempregados. Então é necessário muito mais. Por isso eu sou candidato a presidente da República para, em quatro anos, criar 10 milhões de novos empregos no Brasil, como já tive oportunidade de fazer em outra época. Portanto, agora sim como presidente, adotando as políticas corretas, o que é necessário? Crescimento da economia, para isso uma política econômica de quem entende, de quem tem competência, experiência, e mostrou que sabe o que fazer. A partir daí, existe a expansão dos empregos, além do reinício das obras públicas, que também empregam".
Retomada do crescimento: "A proposta é aplicar uma política econômica adequada que leve o Brasil a crescer, como já fiz outras vezes. Quando fui presidente do Banco Central, estabilizei a economia, controlei a inflação e o Brasil cresceu durante oito anos seguidos como resultado disso. Foram criados 10 milhões de empregos naquela época. Agora, pegamos o Brasil no fundo do poço, no meio de uma crise extraordinária, e com 14 milhões de desempregados. Foram criados 2 milhões de empregos, mas ainda é apenas o início, nós temos que prosseguir com uma política econômica certa e com uma coisa fundamental. Nada disso vai funcionar se não existir credibilidade, confiança, alguém que desperte confiança na população brasileira que a economia vai funcionar, que o país vai crescer, que ele ou ela vai ter emprego no próximo ano ou nos anos seguintes e portanto possa comprar. Que os empresários possam comprar máquinas e equipamentos, contratar trabalhadores. Que os investidores internacionais possam aplicar recursos no Brasil fazendo que o país cresça, aí sim os empregos são criados. E aí nós vamos enfrentar os problemas básicos como, com os recursos que o governo arrecada mais, seja na esfera municipal, estadual, ou federal, aí, por exemplo, os estados tendo mais recursos podem investir mais na educação secundária, os municípios tendo mais recursos podem investir na educação fundamental e também em segurança. Portanto nós temos que enfrentar a raiz de todos os problema, a má administração econômica, a incompetência."
Aborto: "Eu sou favorável à vida. Eu defendo sim a vida, e a preservação do ser humano. Também sou favorável aos direitos da mulher. Isto é, a mulher tem e deve ter o direito de, em situações em que se justifique, ela tome essa decisão, uma decisão difícil, dramática, mas temos que preservar os direitos da mulher. Esse equilíbrio é garantido pela legislação, e a legislação atual já estabelece uma série de condições que permitem com que se possa definir com clareza, porque é uma definição da sociedade, em última análise. Não se pode radicalizar o tema. Por outro lado, eu defendo com muito vigor o direito das igrejas de defenderem a sua fé, defenderem os seus valores, e acho que não pode haver restrição nisso. A igrega defende os seus valores, tem as suas escolas, podem inclusive nas suas escolas, na minha visão, ensinar religião, e também dentro do princípio da liberdade, dentro do princípio da liberdade de opinião. Agora, para olharmos tudo isso precisa de bom senso, precisa de inteligência, e precisa de equilíbrio. Não é possível, e o Brasil não aguenta mais conviver em todos os assuntos com radicalismo."
Considerações finais: "O Brasil hoje vive momentos de preocupação que se refletem em diversas situações. Isso em virtude de uma aparente polarização entre dois extremos. Um extremo governando governando o Brasil vai trazer de volta a recessão, aumentar o desemprego e criar mais crise. Nós precisamos de um candidato competente, candidato do centro democrático e que tenha experiência comprovada. Eu, além de ter criado 10 milhões de empregos, colaborando e permitindo que a economia crescesse criando a estabilização no Brasil, também tivemos a oportunidade de tirar o Brasil da crise nos últimos dois anos. Agora é o momento de criar 10 milhões de empregos novos no Brasil em quatro anos. Eu tenho condição de fazer isso. Preciso apenas da sua confiança e do seu voto".
MARINA SILVA (REDE)

Marina Silva, candidata da Rede à Presidência — Foto: Reprodução Marina Silva, candidata da Rede à Presidência — Foto: Reprodução
Marina Silva, candidata da Rede à Presidência — Foto: Reprodução

Combate à corrupção: "Nosso país está sendo derrotado por uma corrupção que é sistêmica e institucional, praticada dentro dos órgãos públicos, se utilizando de mecanismos espúrios de uso do dinheiro público, o mesmo dinheiro que falta para a saúde, para a educação, para a segurança pública e para a moradia digna. Essa corrupção é inaceitável e vem sendo praticada desviando bilhões e bilhões, em torno de 6% do orçamento, o equivalente ao que se deveria investir em educação vai para a corrupção. Se existe um momento em que Jesus ficou indignado foi quando viu a corrupção e entrou no templo com chicote para combater os que estavam profanando o templo. Neste momento, o templo da política, que o Papa diz que a política é a forma mais elevada do exercício da caridade, porque é na política que a gente pode exercitar o servir, a política está endo usada para enriquecimenteo ilícito e precisa isso precisa ser combatido com autonomia para o Ministério Público, a Polícia Federal precisa investigar e criar mecanismos de inteligência porque a corrupção funciona às escuras. Nossa proposta de combate à corrupção, e recebemos contribuições da transparência internacional, fui a primeira a dialogar, vamos implementar as medidas para prevenir e combater a corrupção e, sobretudo, promover uma gestão pública ética, competente e comprometida".
Saúde: "Nós lançamos recentemente o plano Vida Digna. No plano Vida Digna nós tratamos de três questões essenciais: o atendimento à infância em educação, a saúde das pessoas para que a gente possa resolver um problema dessa magnitude e o cuidado com a primeira infância. Na saúde, eu e Eduardo Jorge estamos propondo fazer com que se tenha uma cobertura correta para o atendimento das pessoas. Nós queremos dividir o país em 400 regiões onde criaremos uma autoridade nacional para cuidar da saúde em parceria com a autoridade do município e do estado. Essa autoridade será escolhida por concurso, para blindar da politicagem. Vamos fortalecer o atendimento dos médicos de saúde da família nos postos de saúde, inclusive ofertando os remédios essenciais, como acabei de falar. O trabalho ambulatorial para que os pronto-socorros não fiquem sobrecarregados. E o que nós queremos é uma saúde que atenda rápido a pessoa, porque hoje as pessoas ficam meses, que tenha eficiência nesse atendimento, e que trate as pessoas com respeito. Eu sei o que é entrar num hospital e antes de olhar para você, você já tem a receita. Nós queremos um atendimento que seja humanizado, que trate as pessoas com respeito e dignidade, combatendo corrupção, usando cada centavo do dinheiro da saúde para melhorar a vida das pessoas. Porque o dinheiro é pouco: apenas R$ 3 por paciente/dia. Mas se a gente usar corretamente, dá para fazer muito. E eu e Eduardo temos o compromisso de aumentar os recursos para a sáude para que ela atenda as pessoas na hora que elas mais precisam. Nesse caso eu tenho a felicidade de ter a pessoa que aprovou a lei dos genéricos e que ajudou a idealizar o Sistema Único de Saúde."
Combate ao feminicídio: "As mulheres são vítimas de todo e qualquer tipo de violência. Foram mais de mil feminicídios, foram mais de 200 mil mulheres agredidas em suas casas vítimas de violência doméstica, foram mais de 60 mil estupros, 70% desses com crianças e adolescentes. Isso é inaceitável. Além de mulheres receberam salários menores, terem todo tipo de discriminação na hora de procurar um emprego para poder trabalhar. Nosso programa vai combater a violência, a discriminação contra as mulheres. Eu fiz questão de ir no Instituto Maria da Penha me comprometer com as propostas de combate à violência contra a mulher. Para isso, nós vamos punir o feminicídio, combater toda e qualquer forma de discriminação, fiscalizando com o Ministério do Trabalho em relação a salários desiguais, nós vamos ajudar as mulheres a ter autonomia, porque uma das formas de sofrer a violência é depender do agressor. E nós vamos fazer com que as mulheres possam voltar a trabalhar e estudar oferecendo 2 milhões de vagas em creches para que elas possam deixar os seus filhos. Vamos estimular o empreendedorismo para as mulheres, para que elas possam desenvolver os seus negócios. E vamos criar uma rede de proteção com as delegacias especializadas das mulheres, de atendimento a violência contra a mulher. Nós vamos criar uma rede de proteção e de acolhimento para quando as mulheres fizerem a denúncia elas não serem agredidas quando fazem a denúncia e muitas vezes assassinadas. Isso é um compromisso. A sociedade brasileira não pode continuar no blá blá blá, no consenso oco, enquanto mulheres negras, pobres, em todas as classes, estão sendo agredidas."
Reforma tributária: "Nós vamos fazer uma reforma tributária que vai descentralizar os recursos, que vai acabar com a injustiça tributária. E vamos fazer uma reforma tributária que ajude na simplificação e não é necessário criar mais tributos. Sou contra a reedição da CPMF até porque foi usada de forma pervertida em vez de ser usada para a saúde. Fiquei vendo essa confusão entre o candidato Bolsonaro e o seu economista, que é o 'Posto Ipiranga' e, no começo da história, vejo que está tendo um incêndio no posto. Alguma coisa está acontecendo lá porque não estão se entendendo. É difícil querer ser presidente da República com um 'Posto Ipiranga'. Você tem que saber o que quer fazer e para onde ir. E é por isso que temos que fazer a reforma tributária que ajude o dinheiro não ficar só na mão da UNião, descentralizar para os municípios não ficarem com os pires na mão. E a sociedade paga muito tributo e recebe péssimos serviços de saúde, segurança pública, infraestrutura, educação decente. Precisamos deixar de querer cada vez mais que os pobres paguem a conta. Chegou a hora de a gnte fazer o princípio da justiça tributária. Quem ganha mais temque pagar mais. E quem ganha menos tem que se beneficiar de bons recursos, utilizados com competência, eficiência e sem corrupção."
Política indigenista: "É um tema que deve calar fundo no coração de cada um de nós. Sobretudo, neste momento, em que as populações indígenas estão cada vez mais sendo abandonadas na defesa de seus direitos por governos que retrocederam na questão indígena. O governo Dilma-Temer foram os que menos demarcaram terras indígenas: 0,20% no governo Temer; apenas 4% no governo Dilma. Quando, em governos anteriores, Fernando Henrique foi em torno de 40% das terras que existem. No governo Lula, em torno de 35%. Esse retrocesso é inaceitável. E nós ainda temos a situação de um candidato que diz que não vai demarcar um centímetro. E uma PEC no Congresso Nacional, a PEC 215, que quer transferir para o Congresso a demarcação das terras indígenas. Essa pergunta, que o senhor me faz, me dá a oportunidade aqui de fazer um apelo a todos os candidatos de que façam um chamado com veemência as suas bancadas para que essa PEC não seja aprovada. O meu compromisso é de demarcar a terra dos índios. De respeitar a sua cultura. E de manter, sob as minhas mãos, a prerrogativa constitucional de demarcar terra de índio. A bancada ruralista quer transferir para o Congresso porque o Congresso não tem representação indígena. E eles sabem que, se for para a mão dos 513 deputados e 81 senadores, nunca mais se demarcará uma terra indígena. Que fique como prerrogativa do presidente da República. É isso que eu vou fazer. Ordenamento territorial e fundiário. Demarcação das terras das comunidades tradicionais, dos índios, e das unidades de conservação para proteger os direitos."
Considerações finais: "Quero cumprimentar a Rede Aparecida pelo debate, agradecer a Deus por essa oportunidade de estar aqui. É o quarto debate que estamos participando e eu quero falar com você. Você que está acompanhando essa situação do Brasil entre a cruz e a espada. Entre a violência, os que têm saudade da ditadura militar, desrespeito aos direitos humanos, e aqueles que são incapazes de fazer uma autocrítica, que tiveram uma oportunidade para melhorar o Brasil e não fizeram. Polarizaram, incitaram a cultura do ódio, da polarização. PT, MDB, PSDB e DEM tiveram a sua chance. Agora, é a hora de ficarem quatro anos no banco de reserva e escolher quem pode unir o Brasil. Eu estou aqui em legítima defesa do direito à liberdade, ao amor, à união".
GERALDO ALCKMIN (PSDB)

Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência — Foto: Reprodução Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência — Foto: Reprodução
Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência — Foto: Reprodução

Combate à corrupção: "Ser bem objetivo: quem enriquecer na política, é ladrão. L-A-D-R-Ã-O. Não tem meio termo. A política é uma atividade essencialmente ética, ou não é política. Nós defendemos sim uma reforma política, porque o modelo está errado, e o modelo errado não pode dar bons frutos. Nós não podemos ter um sistema com 35 partidos políticos, não temos 35 ideologias. Onde as pessoas se elegem pela televisão, e não pelo seu vizinho, pelo seu bairro, pela sua cidade. Defendo o voto distrital misto. Melhorar as nossas instituições de controle, todas elas. Fortalecer instituições independentes. Melhorar a nossa legislação. Por que campeou a impunidade do chamado crime do colarinho branco? Por não ter punição. A Lava Jato vai ser uma marca, vai ser um marco na política brasileira, ela muda a história e precisa ser fortalecida. O enriquecimento ilícito nós defendemos que ele seja tipificado como crime no código penal. E defendo também o modelo americano, de inversão do ônus da prova. Para agentes políticos, senadores, deputados, presidente, governadores, prefeitos, funcionários, estatais. Se não provar a origem do seu patrimônio tem perdimento, confisco de bens. Inversão do ônus da prova. Exemplaridade."
Reforma trabalhista: "Primeiro, em relação à reforma trabalhista. Nós somos favoráveis, ela acabou com o cartório verdadeiro que era esse escandaloso imposto sindical. O Brasil tinha 17 mil sindicatos e o mais absurdo é que, entre estes, um terço, 5,7 mil sindicatos são patronais. Tudo vivendo de dinheiro de imposto sindical. Nós teremos agora sindicatos, realmente, legítimos que vão fazer convenção coletiva. O Brasil modernizou a sua legislação e nós estamos frente a 13 milhões de desempregados, herança do PT, da Dilma e do PT. Quebraram o Brasil. Destruíram as empresas estatais. O petrolão foi o maior escândalo do mundo de desvio de dinheiro público. O Brasil terá, ano que vem, sexto ano de déficit primário. Não precisaria PEC do Teto, se não fosse o vale tudo do PT, que não tem limites. Para ganhar a eleição, vale tudo. E quem paga a conta é o povo. 63 mil assassinatos no Brasil. Pobreza. 9 milhões de pessoas levadas para a linha abaixo da pobreza. Todos.. Mortalidade infantil piorou. Todos os indicadores pioraram. O Brasil vive um período duríssimo e não é fácil colocar a casa em ordem. Vou fazer grande reformas já no comecinho do ano para trazer confiança de volta, para o Brasil voltar a crescer, ter emprego. O Brasil não vai crescer sem investimento. E em relação ao governo Temer, quem escolheu o Temer foi o PT, ele era vice da Dilma. Aliás, reincidentes, porque escolheram o Temer duas vezes."
Reforma política: "Responder ao Júnior, dizendo que a reforma política ela é essencial. Há um princípio em Medicina que diz: ‘sublata causa, tollitur effectus’, “suprima a causa, que o efeito cessa”. Nós temos um modelo político totalmente exaurido, aliás, só no Brasil para ter 35 partidos políticos, pior do que isto, 25 com representação na Câmara Federal. Tenho uma boa notícia: o Congresso já aprovou para a próxima eleição municipal de 2020 a proibição da coligação proporcional. Então, nós vamos reduzir aí significativamente. Precisamos ter menos partidos, partidos mais programáticos, com fidelidade. Defendo o voto distrital misto. O vizinho fiscaliza. Sabe o seu padrão de vida, onde é que você vive, acompanha o teu mandato, participa do mandato. Defendo o voto facultativo, voto é direito, é preciso conquistar o voto. E vem a pergunta: ‘mas será que é possível aprovar a reforma política?’. Eu entendo que sim. Defendo quatro reformas já no comecinho do ano que vem. A reforma política. A reforma tributária para ter o IVA, o imposto de valor agregado, cinco impostos, virarem um só. Simplificar o modelo tributário. Reforma da Previdência para acabar com privilégios que existem hoje no Brasil. E reforma de estado, apertar o cinto do governo para não apertar o cinto da população. Quem for eleito presidente vai ter mais de 55 milhões de votos. A força do povo é muito grande. E tem que tá dialogando, prestando contas, trabalhando juntos com a sociedade."
Bancos e sistema financeiro: "O Brasil tem os juros dos mais caros do mundo, quatro vezes mais que a média mundial. Aliás, o Brasil é um país caríssimo e por isso perdeu competitividade. Um veículo aqui custa duas vezes e meia o que custa nos Estados Unidos. O minuto de celular custa sete vezes o que custa nos Estados Unidos. Os juros do banco, quatro vezes a média mundial. Por isso não cresce. Nós defendemos uma agenda de competitividade para beneficiar a nossa população. Custo do dinheiro, capital de giro. O primeiro decreto que eu vou fazer é acabar com essa história do presidente da República ter que autorizar para entrar um banco estrangeiro no Brasil. Nada disso. Vamos revogar isso imediatamente. Os Estados Unidos têm quatro mil bancos. Quatro mil. Nós temos meia dúzia. Abrir, desregulamentar, competição, reduzir custos, lei geral de garantias, Fintecs, cooperativas de crédito. Agenda da competitividade. Simplificar o modelo tributário. Segundo momento, reduzir impostos. O mundo está reduzindo imposto para investimento produtivo. Porque o desafio do mundo moderno é emprego, emprego. A tecnologia desemprega. Esse é o desafio do mundo inteiro. Nós vamos trabalhar muito para trazer investimento e rapidamente recuperar emprego. Desburocratização, que leva a custos eleva à corrupção, para vender facilidades. Desburocratizar, simplificar, logística, infraestrutura. Enfim, um conjunto, uma agenda de competitividade. Fui buscar os melhores economistas, Pérsio Arida, Edmar Bacha, José Roberto Mendonça de Barros, os pais do Plano Real, para essa agenda da competitividade.
Teto de gastos: "Em São Paulo não temos déficit primário, nunca tivemos, temos responsabilidade e não precisou nenhuma PEC. Agora, é inegável que a situação que o PT deixou as contas públicas é gravíssima, veja a Argentina, um país de educação elevadíssima, culturalmente elevado, com as melhores terras e, pelo descontrole das contas, a inflação pode chegar a 40% este ano, a taxa básica de juros, a 60%, e a moeda, derretendo. Veja a Venezuela, milhões de pessoas abandonando o país por fome e falta de emprego. Na realidade, educação e saúde não estão vinculados, podem crescer mais que as outras áreas. E vou priorizar, nao como é feito hoje, emque dois terços vão para o ensino superior. Vou investir na educação básica, no ensino infantil, para as mães terem segurança de que o filho estará nas creches. Na saúde, vou ajudar os jovens a sair da dependência química, além de um grande trabalho com idosos."
Considerações finais: "Agradecer e cumprimentar a CNBB por este importante debate, trazer uma palavra de esperança e de preocupação. Nós vemos de um lado o PT querendo voltar, depois de ter levado o país à maior recessão econômica das últimas décadas e de todos os escândalos que assombraram a população brasileira. E o outro lado da moeda, os que têm medo da volta do PT e estão indo para uma aventura de um modelo autoritário, intolerante, que acha que mulher tem que ganhar menos do que homem, que defende a tortura. O Brasil perde com qualquer um desses extremos. Agora é hora de fazermos uma grande conciliação nacional. Todas as vezes que houve um esforço conciliatório, o Brasil ganhou, a democracia se consolidou, a economia avançou mais, e os avanços sociais foram maiores."
* Colaborou Fábio França, do G1 Vale do Paraíba


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