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PERNAMBUCO: Secretaria de Saúde de PE investiga morte por doença rara no sistema nervoso

18.12.16

/ por casinhas agreste

Segundo nota enviada pela pasta, neste sábado (17), o óbito sob suspeita tem relação com doença de Creutzfeldt-Jakob, conhecida como doença priônica.
G1 PE

Morte de homem está sob investigação (Foto: Arte TV Globo) Morte de homem está sob investigação (Foto: Arte TV Globo)
Morte de homem está sob investigação (Foto: Arte TV Globo)
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, neste sábado (17), por meio de nota, que investiga a morte de um homem de 58 anos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), na área central do Recife. O óbito sob suspeita teria sido causado pela doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), conhecida como doença priônica. De acordo com o Ministério da Saúde, a moléstia, que atinge o sistema nervoso central, é rara e não infecciosa, na maioria das vezes. A incidência é de um a dois casos para cada um milhão de habitantes.
Em todo o mundo, uma variante dessa doença ficou conhecida popularmente como ‘Mal da Vaca Louca’. Caso seja confirmada a suspeita, será o sétimo caso de doença priônica desde 2005, em Pernambuco, segundo dados do Ministério da Saúde. No mesmo período, ocorreram 14 notificações no estado. É o primeiro caso investigado em quatro anos.
A suposta vítima é Gabriel Bráz da Silva. Ele estava internado na unidade de saúde desde agosto deste ano, segundo a família, e morreu na noite da sexta-feira (16). Conforme a secretaria, o corpo foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), centro com capacidade de realizar a retirada das vísceras cerebrais, única forma de investigação da doença.
De acordo com o sobrinho dele, Márcio Batista, o homem sofria com os sintomas da doença há dois anos. Porém, só foi internado pela primeira vez há nove meses, em Goiana, na Mata Norte. “Ele começou sentindo as pernas fracas e com dificuldade para mastigar”, relembrou. O quadro, no entanto, evoluiu rápido. Logo em seguida, Gabriel não andava nem falava mais.
Márcio diz que os médicos não sabem como o tio contraiu a doença. Entretanto, a família comenta que ele costumava comprar carnes na feira livre de Goiana, onde morava. “Mandaram a gente queimar as roupas dele e cremar o corpo, mas enterramos no município por falta de orientações”.
A SES garante que a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) foi acionada para explicar as medidas de segurança para manipulação do corpo. A moléstia atinge o sistema nervoso central. Ela se manifesta de várias formas. Os sintomas são demência progressiva associada a tremores musculares de extremidades.
Ainda segundo a pasta, a transmissão da doença pode ser prevenida ao evitar ingestão de carne. Principalmente, o cérebro ou outro tecido nervoso de animais doentes. Há ainda a contaminação por transfusão de sangue ou transplante de órgãos.
Explicações
Segundo a nota de Secretaria Estadual de Saúde, as doenças priônicas constituem um grupo de patologias crônicas, progressivas, de ocorrência imprevisível, invariavelmente fatais e afetam principalmente o sistema nervoso central, que acomete tanto homens como animais.
Na maioria dos casos registrados no Brasil, a doença não tem origem infecciosa, ocorrendo normalmente num padrão espontâneo (sem antecedentes na familia) ou familiar (quando há relatos de casos entre parentes).
Nos anos 80, a partir de um surto de doença ocorrido no rebanho bovino da Inglaterra, foi amplamente divulgado nos meios científicos que a existência de um agente transmissível como causa da moléstia e de outras doenças priônicas.
Esse agente causador não é um vírus ou qualquer organismo conhecido naquela época, e sim um novo agente. O príon é uma partícula proteinácea com capacidade infectante. A secretaria ressalta que que a expressão 'Mal da Vaca Louca' é utilizada, de forma equivocada, como sinônimo de Doença de Creutzfeldt-Jakob. "Nenhum caso dessa variante foi notificado no Brasil", informa a nota.
Estatísticas
A vigilância epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde captou, de 2005 a 2014, 439 notificações de casos suspeitos de DCJ, dos quais 38 (8,6%) foram confirmados definitivamente pelo exame neuropatológico, 15 (3,4 %) foram classificados como DCJ possível, 54 (12,3%) se enquadram como DCJ provável, 38 (8,6%) foram descartados e 294 (67%) não possuem dados complementares suficientes para definição de caso ou ainda aguardam informações.

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