Blog do Albérico Cassiano
PM relatam oficialmente problemas as viaturas do 22o Batalhão
Policiais Militares do 22o batalhão estão aderindo à operação padrão e deixando de participar das escalas adicionais de serviço. De acordo com informações dos PMs, cerca de 30 militares do BPM de surubim já retiraram os nomes do Programa de Jornada Extra de Segurança - PJES, e não podem mais serem escalados para plantões extras.
A adesão segue decisão tomada pelas associações que representam a categoria, após assembleia que descartou a greve, mas deliberou pela operação padrão. De acordo com a Associação de Cabos e Soldados, cerca de 60% das jornadas do efetivo ocorrem com o horário estendido dos PMs.
Como a adesão ao programa PJES é voluntário, o policial adere se quiser. Ou seja, as associações podem causar os efeitos semelhantes a de uma greve, mas dentro da legalidade. A defasagem no efetivo pode afetar consideravelmente a presença dos PMs nas ruas.
Também seguindo orientação das Associações, além de não passar do horário normal de trabalho, os policiais militares não vão mais para utilizarem coletes vencidos, participarem de operações sem algemas e munições, não vão circular com viaturas com documentos vencidos ou sem condições de uso, nem vão sair dos quartéis em guarnições comandadas por praças, no mínimo, terceiro sargento. Além disso, apenas as ocorrências mais graves serão atendidas.
Na Região Metropolitana do Recife, a segurança ganhou o reforço de 3,5 mil homens das forças armadas. Com a operação padrão sendo realizada também pelos PMs do 22o, a presença deles nas ruas de Surubim e nas demais cidades atendidas, como esta se tornando constante, pode ficar comprometida. O Governo do estado ainda não sinalizou com o possível envio de tropas Federais para o interior.
SEM JORNADA EXTRA : Policiais abrem mão do serviço adicional. Neste domingo, seriam quase 30 adesões.
O militares locais estão se articulando, em conversas sigilosas, inclusive em grupos específicos de Policiais, nas mídias sociais, as quais nossa reportagem do Blog surubimeregiao teve acesso, com Exclusividade . Os policias tiveram as imagens e os nomes e preservados para se evitar possíveis punições. Entretanto, enviaram para nossa reportagem documentos oficiais como lista dos PMs comunicando afastamento do PJES, foto das viaturas do 22o Batalhão e varias fotos dos militares entregando o serviço extra ou baixando as viaturas sem condições de serem utilizadas no serviço.
SEM CONDIÇÕES: viaturas do 22o estão em situação precária
"Estamos aderindo ao movimento pela valorização da segurança pública, em Surubim e nos município da área do 22o batalhão. Estamos cansados do descaso com a segurança e buscamos melhorias nas condições de trabalho, tendo em vista a precariedade dos equipamentos, no quartel e nas viaturas", desabafa um PM.
De acordo com os policiais militares, "as viaturas do 22o circulam sem itens básicos dos veículos, e sem equipamentos de segurança policial. "As viaturas 'rodam' até sem maçaneta para abrir a porta ou levantar os vidros. As sirenes e as luzes 'giroflex' de alerta não funcionam. Há anos não tem rádio comunicação, no batalhão e nas viaturas, e a gente tem que se virar com o celular ou pelo whatsap" denuncia outro militar.
Os militares também reclamam da falta de armamento e de equipamentos de segurança. "No batalhão só há dois fuzis e duas metralhadoras à disposição do efetivo. Todo destacamento deveria ter arma longa, mas nem todo ele tem. Também faltam coletes à prova de balas. Temos que reservar coletes velhos para arriscar nossas vidas nas ruas", expôs um policial do BPM de Surubim.
Na tarde deste domingo, a viatura do Gati foi retirada de circulação "por estarem sucateadas. A 'amarok' está sem rádio, sem sirene, sem o 'giroflex', e o pior, não pode ultrapassar os 80 Km/h, pois está com defeito", alegam.
Amanhã, haverá uma avaliação local do funcionamento da Operação Parão realizada no 22o Batalhão da PM, com sede em Surubim.
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